Condutores de carros elétricos podem vir a ganhar dinheiro…
O segmento dos carros elétricos tem vindo a crescer significativamente. As vendas têm alcançado recordes e todo o ecossistema tem também vindo a evoluir. Condutores de carros elétricos podem vir a ganhar dinheiro com venda de energia à rede.
Carros elétricos: Venda da energia à rede...
A notícia está a ser avançada pelo JN que refere que as baterias dos veículos elétricos (VE) também podem ser uma fonte de rendimento para os proprietários de automóveis. Com esta "ajuda", os países podem mais facilmente estabilizar as suas redes elétricas. Esta ideia é baseada num facto simples: os veículos estão parados muito mais frequentemente do que estão em movimento, refere o jornal.
Joana Mundó Olivé, diretora-executiva da consultora Ecoserveis em Espanha, referiu que...
Os veículos estão estacionados 95 % do tempo, por isso podem oferecer flexibilidade ao fornecer eletricidade quando há mais procura e armazenando-a quando há menos procura. Tal pode ajudar a equilibrar a rede e, ao mesmo tempo, o utilizador final pode receber um rendimento adicional
O projeto V2Market, decorre até 2024, e tem como objetivo testes-piloto na área metropolitana de Barcelona, Espanha, no final deste ano, envolvendo veículos municipais e proprietários de VE individuais.
O V2Market irá analisar os dados relativos ao consumo de eletricidade e flutuações nos preços de energia em diferentes alturas do dia para ajudar as pessoas a prever as melhores horas para consumir energia ou fornecê-la à rede. Artigo originalmente publicado na Horizon, a Revista de Investigação e Inovação da UE.
A partir de meados de 2023, serão criadas cerca de 60 estações de carregamento automático no maior projeto deste tipo na Europa. O Parlamento Europeu aprovou a proibição da venda carros a gasolina e gasóleo a partir de 2035. Apesar de ainda faltar muitos anos para 2035, há objetivos intermédios de redução das emissões para 2030, tendo sido fixados em 55% para os automóveis de passageiros e em 50% para os veículos comerciais ligeiros.
Leia também...
Este artigo tem mais de um ano
pode ser que em Espanha valha a pena vender energia à rede. Em Portugal valerá? Quantas pessoas com painéis solares o fazem relativamente à energia que não consomem?
Vale, basta vender aos pelo menos 7 operadores que compram ao preço do mercado OMIE, eles ficam com uma comissão de 20%.
claro que vale a pena de qualquer das maneiras é desperdício
Finalmente, podemos explorar o fato de que nossos carros ficam parados a maior parte do tempo. Quem precisa de um carro para se locomover quando você pode ganhar dinheiro com ele estacionado? E vamos ser honestos, quem se importa com a redução das emissões de carbono e com a saúde do planeta quando podemos ganhar dinheiro extra? Com essa nova oportunidade de negócio, quem sabe, em breve, poderemos ver os proprietários de carros elétricos ricos e poderosos, dirigindo seus carros enquanto contam suas notas de dinheiro. Que futuro emocionante!
Fica parado nos quilometros, mas não no gasto de ciclos de carga. Será que o ganho paga a substituição da bateria?
Sim, vou mesmo a correr comprar um carro para o transportar um bloco de baterias até casa e ter de o remover com um reboque por ter as baterias tão degradadas que ele nem sai da garagem.
A sério ? Viu isso num filme? Ou está incomodado por não ter essa hipótese num carro a combustão ?
+1
Vamos já todos a correr desgastar as nossas baterias para o bem comum.
Já estou a ver o tugão a ir ao escritório (naqueles que ainda têm como perk carga à borla) carregar o carro para depois ligar em casa e vender à rede…
sé me falta a parte de vender a rede o resto ja faço ahah
Se os comercializadores comprarem a energia ao mesmo preço que compram o excesso da produção fotovoltaica não vale a pena o investimento. Contar também com o aumento do nº de ciclos de carga e descarga das baterias e consequente diminuição do tempo de vida útil.
É um caso para ver a viabilidade. O número de ciclos já não é tido em conta para a duração da bateria, porque depende de muitos fatores. Uma descarga lenta como é o caso não vai tirar a mesma vida da bateria que uma descarga com o carro a circular, são potências muito diferentes.
Não é nada de novo:
https://www.uve.pt/page/v2g-azores-tecnologia-inovadora-em-acao-nos-acores/
Ora bem, deixa ver se percebi.
Se “esta ideia é baseada num facto simples: os veículos estão parados muito mais frequentemente do que estão em movimento” quer dizer que o carro pode acumular energia solar e depois injectá-la na rede é isso?
Sim, a ideia é carregar o carro quando a energia é mais barata e depois devolver à rede quando estiver parado a um preço mais caro.
É lógico que não convem retirar a carga toda porque depois o carro não anda 🙂
Nop. Ninguém falou em energia solar. É simplesmente funcionar com uma “pilha” auxiliar à rede de distribuição.
Solar é muito avançado para a cabeça destas pessoas ainda.
As pilhas não carregam, só descarregam.
Mas pode aproveitar o solar sim, eu já o faço, mas com uma bateria estacionária.
Aliás, nem descarregam, apenas produzem energia com oxi-redução dos meus elementos.
Mas como é que podem fornecer energia?
É preciso estarem equipados com sistemas bidirecionais… E o meu não têm isso.
Qual é o seu ?
Ainda poucos têm, isto porque a norma CCS ainda não foi homologada para ser bidirecional, no caso da chademo que está a ser abandonada, sempre foi bidirecional.
Não é boa ideia usarem as baterias para injetarem na rede. Pois isso aumenta os ciclos de uso da bateria do automóvel e anticipata a degradação sem propriamente usar o véhiculo.
Talvez quem queira vender um carro com 1000km e com uma bateria degradada tentando o vender como quase novo, vale a pena usar esta opção. O que leva a aumentar as vendas fraudulentas.
Mas é mais uma opção de negócio ligado a este novo consumo.
Como assim ? Porque é que alguém ia fazer isso ?
Então e de aumentar os ciclos ? Que mal faz isso ? A degradação não é linear aos ciclos de utilização, tanto é que já não se usa esse número para se designar duração.
Ainda estou à espera de receber estorno das seguradoras pelo período do confinamento em que o risco nos seguros automóvel foi quase nulo.