A crise chips afetou largamente a cadeia de fornecimento e, consequentemente, a produção de muitos setores. Se de um lado está a Bosch a reforçar a sua produção, por acreditar que o fim pode não estar à vista, do outro está a Volvo, cujo CEO alegou que a escassez faz parte do passado.
Pelo menos para a Volvo…
Assim como aconteceu com várias outras fabricantes de uma série de indústrias, a Volvo Cars, uma das principais marcas de automóveis da Europa, sofreu com a crise global de chips. Depois de dois anos de uma penosa jornada, que estremeceu a capacidade de dar resposta ao mercado, o CEO da fabricante diz acreditar que o pior da crise de fornecimento de chips já passou.
Tínhamos sido guiados no primeiro trimestre, fomos afetados por um semicondutor específico que dificultou a produção em grande parte da nossa gama.
Disse Jim Rowan, na quarta-feira, ao “Squawk Box Europe” da CNBC, acrescentando que o inventário de semicondutores da empresa está de volta “ao fornecimento completo”.
Tínhamos previsto, de um modo geral, que passaríamos por isso até ao final do segundo trimestre, e foi isso que vimos. Já ultrapassámos essas questões relacionadas com os semicondutores.
Na quarta-feira, a Volvo Cars publicou um conjunto de resultados do segundo trimestre, que dão conta de uma quebra de 27 % nas vendas a retalho, com 143.006 unidades vendidas. No mesmo dia, as ações da fabricante caíram 7 %.
Segundo a Volvo, os resultados são resultado de várias condicionantes, desde a inflação nos preços das matérias-primas, até às restrições da cadeia de abastecimento provocadas pela COVID-19, na China.
Com os lockdowns da China agora atrás de nós, estamos agora de volta com semicondutores em pleno fornecimento – pelo menos para a Volvo Cars.
Anunciou o CEO, acrescentando que as perspetivas relativamente à procura dos consumidores também melhoraram, uma vez que “não vemos qualquer abrandamento na procura”.
Apesar de os números não parecerem animadores, a Volvo revelou ter visto uma “melhoria acentuada na estabilização da sua cadeia de abastecimento com a produção a regressar com força em junho”.
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