Boom Supersonic quer construir o sucessor do Concorde. E já deu mais um passo em frente
Há uma década que a Boom Supersonic sonha dar um salto quântico para o transporte aéreo comercial que não se vê desde os tempos do lendário Concorde. A empresa americana quer concretizá-lo com o seu avião supersónico Overture que, para além de ser muito rápido, promete oferecer uma vasta gama de comodidades aos passageiros.
Boom Supersonic já tem uma fábrica
A ambição do projeto pode levar muitas pessoas a interrogarem-se se alguma vez se tornará realidade. Construir um avião é uma tarefa gigantesca. Se acrescentarmos a isso o facto de ter de ser supersónico, os desafios aumentam substancialmente. A Rolls-Royce, por exemplo, decidiu afastar-se há cerca de dois anos.
A Boom Supersonic, apesar dos desafios que surgiram ao longo do caminho, continua confiante de que vai conseguir o que pretende. Uma prova importante disso é que abriu recentemente o que chama "a primeira fábrica de aviões supersónicos da América". Isto se não tivermos em conta os aviões de combate que são produzidos no território.
O edifício da Overture Superfactory foi inaugurado a 17 de junho. Trata-se de uma moderna linha de montagem situada no Aeroporto Internacional Piedmont Triad, em Greensboro, na Carolina do Norte, onde a Boom tenciona construir o Overture. Como podemos ver, a empresa tem agora uma enorme fábrica à sua disposição.
A empresa de arquitetura BRPH foi responsável pelo design e a BE&K pela construção. No entanto, neste momento, a fábrica é um hangar vazio, sem todos os elementos necessários para construir o avião Boom Supersonic, incluindo os empregados. Prevê-se que o projeto crie cerca de 2400 postos de trabalho locais.
A Boom Supersonic diz que fez uma parceria com um fornecedor de ferramentas chamado Advanced Integration Technology (AIT) para começar a equipar a sua fábrica. O primeiro passo será a instalação de uma unidade de célula de teste avançada para desenvolver processos de fabrico, otimizar o fluxo da linha de montagem e preparar o pessoal para a produção de aeronaves.
A empresa americana também deu outros passos importantes nos últimos anos. Em meados de 2022, anunciou uma remodelação radical do seu avião Overture e completou recentemente o voo inaugural do seu demonstrador supersónico XB-1. Se tudo correr como planeado, é provável que acabemos por voar em aviões supersónicos no futuro.
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O conceito já foi provado como financeiramente inviável, funcionou durante algum tempo porque os governos subsidiavam, mas assim que pararam as companhias aéreas viram-se livre dos mesmos tão rapidamente quanto tiveram uma desculpa para isso (o acidente de um dos aviões).
Se tivessem a desenvolver aviões de alta velocidade pequenos, de grande alcance, e depois disponibilizar os aviões em regime de aluguer, então até faria algum sentido, pois permitia viagens rápidas, e os utilizadores não teriam aquela preocupação de serem proprietário de um avião que toda a gente sabe por onde anda no planeta colocando a privacidade em risco.
O avião vai ser começado a construir e tu vens dizer que o co ceito não foi viabilizado… hummm
O Concorde operou durante anos, com grande prejuízo, que só foi possível devido aos subsídios governamentais, mas até os governos se fartaram de subsidiar os mesmos, e as companhias aéreas pararam de operar os Concorde assim que tiveram uma desculpa (o acidente de 1 dos aviões concorde), note-se que só as companhias aéreas da França e do Reino Unido ficaram com os aviões porque eram públicas e foram obrigadas a ficar com eles, todas as outras companhias aéreas recusaram o avião.
Até a Rússia construiu a versão deles e passados poucos meses de operação desistiram dele.
Ser construído não é a parte mais difícil, por incrível que pareça, mas sim que ele seja economicamente viável, isso sim, é extremamente difícil, serão as pessoas desta empresa uns génios que vão descobrir como fazer um avião super rápido comercialmente viável? Isso sim, é o que quero ver.
Se fosse tipo um jacto executivo relativamente pequeno, com grande alcance e alta velocidade, para deslocar os bilionários e milionários de forma muito rápida sobre terra e extremamente rápida sobre o mar, até faria sentido, se conseguirem de alguma forma consumir +/- o mesmo combustível que um avião similar menos rápido, ou até menos combustível através de alguma nova tecnologia.
Então quer dizer o mundo parou de 1965 até hoje, certo, da forma que falas, é o que parece, em 50 anos não ocorreu evolução tecnologica…
Queres ver que em 50 anos não se desenvolveu alternativas que metem a tecnologia do concorde de há 50 anos a um canto…
É só pensar um pouco…
A Boeing tentou pôr o SST a funcionar eficazmente e nem ao segundo modelo conseguiu ter sucesso. A Sud-Aviation construiu alguns Concordes que só se mantiveram a voar pelas razões apontadas pelo @João Ptt.
Boa sorte para estes tipos, pode ser que consigam um motor de baixo consumo para garantir as velocidades superiores a Mach 1.
Mas vocês pararam em 1970???? que é o que parece…
Passado 50 anos não conseguem motores mais econômicos e materiais mais leves, numa era em que os foguetões vão fora de orbita e volta e aterram sozinhos para serem reutilizados…