Autocarro elétrico da Yutong atinge mais de 500 km de autonomia em condições reais
A transição para veículos elétricos exige que seja transversal. Não podemos apenas olhar para os ligeiros de passageiros, é importante que os pesados, de mercadorias e passageiros, estejam igualmente alinhados com esta obrigação. Nesse sentido, a empresa Yutong fez saber que o seu autocarro, testado em condições reais, consegue uma autonomia de 500 km. Mas será uma solução viável?
Serão estes modelos 100% elétricos alternativa de viagem ao gasóleo?
Os autocarros elétricos são uma ferramenta poderosa para reduzir as emissões e o custo das frotas de transportes públicos. O seu desempenho está a melhorar constantemente e os modelos comerciais já atingem valores de autonomia mais do que suficientes. É o caso do Yutong C12E, que conseguiu ultrapassar os 500 quilómetros de autonomia com um único carregamento em condições reais.
Este modelo desempenha desde há dois anos um marco importante, no transporte de passageiros, em condições reais, a operar na linha que liga o subúrbio de Preston, nos arredores de Melbourne, na Austrália, à cidade de Kiama. Uma viagem de ida e volta de 285 quilómetros, que conseguiu completar com apenas 50% da sua bateria.
A viagem incluiu uma variedade de condições de estrada, tais como estradas urbanas, de autoestrada e de montanha, carregadas com dezenas de passageiros e respetiva carga, onde o autocarro alcançou um consumo médio de 63 kWh por 100 km. Um valor muito surpreendente.
Com um preço estimado de cerca de 15 cêntimos de euro por kWh, este consumo teria custado cerca de 9,5 euros por 100 km em Portugal. Por outro lado, utilizando gasóleo, com um consumo médio de cerca de 22 litros por 100 km, e um custo de 1,6 euros por litro, os mesmos 100 quilómetros, contando apenas com os custos energéticos, teriam ascendido a 35,2 euros. Portanto, em termos práticos, o custo do gasóleo seria três vezes mais do que o da energia.
Manutenções são menos e mais baratas
Outro aspeto que a Yutong destaca nos autocarros elétricos, para além dos custos operacionais mais baixos, tanto em termos de combustível como de manutenção e peças de desgaste, como as pastilhas de travão, é a longa vida útil dos veículos, sendo que o modelo utilizado neste teste tem uma vida útil de pelo menos 1,5 milhões de quilómetros.
Este objetivo foi alcançado com o Yutong C12E. Um autocarro de 12 metros e 57 lugares baseado na plataforma tecnológica Yutong Electric Architecture (YEA), lançada em setembro, que é a primeira arquitetura da indústria concebida especificamente para autocarros elétricos e que integra software e hardware para evoluir e expandir-se de acordo com as necessidades do mercado.
Tem um sistema de propulsão de 350 kW (469 cv) e 3.500 Nm, que é alimentado por um conjunto de baterias de lítio-ferrofosfato de 350 kWh, que, como vimos, lhe permite desfrutar de uma longa autonomia graças ao seu baixo consumo de energia.
Na transformação da eletrificação dos transportes públicos, existem muitos desafios e obstáculos, como a limitação da autonomia, a segurança das baterias, a eficiência do carregamento, a fiabilidade operacional e a relação custo-eficácia, que temos de enfrentar no desenvolvimento de autocarros totalmente elétricos.
Disse Kent Chang, CEO da Yutong Asia-Pacific.
Não chega! É preciso 500.000km para a maioria dos comentadeiros do pplware.
Achas que chega?
Faz tu uma excursão de um dia em que vais de manhã e voltas de noite.
Vá assim na loucura, Lisboa – Serra da Estrela – Lisboa novamente, tudo no mesmo dia.
Carregas o menino nas torres lá em cima ne?
Mas vá, vamos assumir que sim que por algum milagre não existem outros autocarros a carregar.
Em menos de 8h (e já estou a puxar bastante nas horas que a excursão dura) consegues carregar este menino? É que isto não é um carro, é um autocarro por isso vai demorar mais.
Como fazemos agora? A empresa de autocarros dá tendas para a malta dormir e voltarem ao outro dia de manhã?
—
Não gostas desde cenário? Vamos então a outro.
Autocarro de cidades nas voltinhas urbanas.
Pesquisei e em média mais ou menos cada autocarro de manhã a noite faz uns 300km (dados da internet) de manhã a noite.
Ao outro dia este bad boy vai estar carregado para voltar a carga? Olha que eles geralmente param por volta da meia-noite 1 da manhã e depois as 6 da manhã já andam aí outra vez.
Nestes casos o bom é ter redundância? Ter dois, enquanto um carrega o outro trabalha?
Como se procedia? Ou mudávamos os horários das carreiras para estes bad boys da eletricidade carregarem?
E não esquecer os autocarros que fazem viagens internacionais Tipo Lisboa -> Paris ou por vezes mais. Um Autocarro que não der para fazer uma viagem dessas não tem utilidade nenhuma.
Desculpa, mas porque é que vais querer carregar o autocarro no cimo da serra da Estrela?
Não leste o que ele escreveu.
Vou explicar com calma.
Um autocarro faz em média 300km por dia, logo 500km de autonomia não chega .
E em percurso urbano ainda pior fazem 300km em 18h seguidas sem interrupções, logo 500km não chega.
E ele nem abordou a temática dos autocarros de longo curso em Portugal. Fazem aproximadamente viagens de 300km, logo 500km de autonomia não chega.
Não sei diz-me tu.
Lisboa – serra da Estela são 300km.
Se isto tem só 500km como raio vais voltar novamente para Lisboa?
Há que ter noção que na Serra da Estrela e em torno dela não há eletricidade.
Então estás a dar-me razão estes autocarros de 500km tirando para voltinhas na cidade pequenas não servem de grande coisa (por agora)
A sério ? Loool
Claro que não, até porque a serra da estrela é ali por detrás da de Sintra.
@JL Ele nisso tem razão. Menos de 1000km não dá para deslocações diárias.
Imagina o pessoal de Braga apanhar um Autocarro para ir trabalhar e depois ficam parados em Alcácer do Sal á espera que carreguem o autocarro.
Depois a que horas é que chegavam a Faro? Ainda perdiam o emprego
Um veículo a descer reaproveita a energia cinética da travagem, ainda para mais um autocarro… portanto não faz sentido quereres carregar um carro elétrico no topo da Serra se vais carregar a bateria ao descer regenerando energia.
Segundo, voltas a dar-me razão, 500km realmente não chega! É preciso 500.000km para a maioria dos comentadeiros do pplware.
@Toni:
https ://www.jornaldenegocios.pt/empresas/transportes/detalhe/de-lisboa-ao-porto-num-autocarro-chines-100-eletrico-alema-flixbus-lanca-nova-rota-com-apoio-da-edp
E a empresa já possui 20 autocarros elétricos e opera desde 2022 a fazer Porto – Bragança.
https ://www.transportesenegocios.pt/flixbus-e-av-feirense-lancam-expresso-100-electrico/
Assim o @Fusion é que entende disto e nós devíamos estar calados, porque um autocarro com 500km de autonomia é para dar “voltinhas”.
Do cimo da Serra da Estrela o autocarro já carrega pelo simples facto de descer. Não esquecer que a descer o eléctrico faz consumos negativos: quanto mais gastas, mais tens.
Quando se faz excursões o pessoal nem sai do autocarro, é ir lá e o motorista diz:
-vejam o que têm a ver pelas janelas e voltamos já para baixo.
Não esquecer, que a vinda é sempre a descer, por isso até chega com quase a mesma bateria com que saiude Lisboa. Principalmente se todos tiverem comprado um ou dois queijos da serra.
Faz uma diferença enorme em termos de poluição do ar e sonora, menor desgaste nos travões e é mais fácil e seguro de conduzir.
E o espaço ocupado pela bateria e o peso extra?
E o motor que é mais leve, a área de combustível que desaparece.
Partes mecânicas que desaparecem… no final das contas, um autocarro elétrico poderão não estar assim tão fora de peso face a um térmico. Os benefícios depois são outros, no que toca à poupança de combustível e manutenções (já para não falar no benefício das emissões de gases poluentes e ruído).
Normalmente os veículos elétricos têm mais espaço livre.
Não é o caso deste.
Onde estão essas especificações?
No comparativo entre o modelo a Diesel e o modelo elektro.
https://www.busnews.com.au/test-drive-yutong-c12-and-c12e/
Viste o vídeo?
O Homem diz que o autocarro elétrico está num patamar acima… trololol
Pelo que dizem não faz diferença.
Acho muita piada a este tipo de projeções:
– “vida útil de pelo menos 1,5 milhões de quilómetros”, mas ainda nenhum lá chegou na mãos de um cliente em utilização normal.
– “custos operacionais mais baixos, tanto em termos de combustível como de manutenção e peças de desgaste”, mas neste valor não incluem eventuais trocas de baterias, nem o carro comprovou a sua fiabilidade nas mãos dos clientes.
– Ninguém falou de preços.
– Etc.
Estás apenas a basear a tua opinião na tua parca informação. Podes dar dados concretos?
Então não há baterias com mais de 1,5 milhões de quilómetros? 😀 Não faltam atualmente, ou esqueces-te que há elétricos com mais de 10 anos de mercado?
Os custos operacionais nos elétricos são mais baixos, sim, pelo menos no que toca às manutenções que não têm de fazer. E está provado que o tempo útil de vida das baterias é substancialmente maior que o esperado aqui há uns anos. Logo, segundo dados existentes, um elétrico é 30% a 50% mais barato no que toca a custos de manutenção ao longo da vida útil do veículo.
No que toca a preços, e de mercado para mercado, temos visto o valor dos elétricos a chegar mais perto dos valores dos térmicos. Não deverá faltar muito tempo para haver um alinhamento entre ambos. Isto é normal, à medida que se vão esbatendo os custos de introdução de novas tecnologias.
Mas porque haviam de trocar baterias ?
O futuro dirá quais as consequências para a saúde dos utilizadores.
Segundo o que se vê hoje, há benefícios na saúde, menos poluição dos gases nocivos e menos poluição sonora.
E quais as vantagens em termos de saúde se fosse tudo a diesel?
Morres mais depressa.
E também mais natalidade ? lol
A Flixbus não tem um destes em circulação na linha Lisboa – Porto?
https ://www.google.com/amp/s/amp.sicnoticias.pt/pais/2022-06-09-Ja-circula-em-Portugal-o-primeiro-autocarro-100-eletrico-de-longo-curso-7a1e9277
Se naquela zona for como a Austrália ocidental as estradas parecem o Alentejo praticamente tudo a direito, ponham lá um autocarro desses numa zona como a serra da estrela manteigas ou guarda e depois falamos.
Está visto que a serra da estrela é o centro e a referência mundial na tópica de Autocarros.