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85% dos patrões acreditam que o teletrabalho não é tão produtivo, diz estudo da Microsoft

A pandemia da COVID-19 obrigou a sociedade a adaptar-se a uma situação totalmente desconhecida e imprevista, tendo que alterar toda a sua rotina, nomeadamente ao nível laboral. Neste sentido, deu-se prioridade ao trabalho a partir de casa, como forma de manterem as suas funções, permitindo que as empresas continuassem a funcionar, embora de uma forma diferente.

Contudo, passados mais de dois anos desde o início da propagação do vírus, muitos trabalhadores continuam a realizar as suas tarefas em suas casas. Mas um recente estudo da Microsoft concluir que, para a grande maioria dos patrões, o teletrabalho não é tão produtivo quanto o formato normal.


Maioria dos patrões acha que o teletrabalho não é tão produtivo

Alguns estudos realizados anteriormente sobre o teletrabalho indicavam, por exemplo, que o aumento da felicidade sentida pelos trabalhadores ao estarem nas suas casas, se traduzia em funcionários mais eficientes. Mas parece então que os gerentes discordam destes resultados.

De acordo com um recente inquérito realizado pela Microsoft, 85% dos patrões consideram que o teletrabalho não é tão produtivo, uma vez que o conforto das suas casas leva a que os trabalhadores possam produzir menos. No fundo, estes patrões indicam que a mudança para o trabalho híbrido se tornou num desafio no sentido de ter confiança de que os funcionários estão a ser produtivos. Apenas 12% indica ter total confiança na produtividade da sua equipa.

Por outro lado, os resultados também mostram que 87% dos funcionários consideram que trabalhar em casa aumenta a sua produtividade.

Relativamente ao teletrabalho, Satya Nadella, CEO da Microsoft, disse à BBC que “temos que superar a ‘paranóia da produtividade’, porque todos os dados mostram que mais de 80% das pessoas se sentem muito produtivas, apenas a gerência entende que não são produtivas“.

Uma parte das razões que leva a esta opinião da maioria dos patrões, é o facto de deixarem de ver, na realidade e pessoalmente, os trabalhadores a realizarem as suas funções. Além disso, alguns funcionários acabam por perder muito tempo a mostrar uma produtividade exagerada e desnecessária para dar crédito aos gerentes sobre o seu trabalho. E tal, curiosamente, acaba por fazer com que os trabalhadores se tornem menos produtivos ao tentar parecer mais produtivos, uma vez que dispendem muito tempo nesse esforço.

Para este estudo, a Microsoft inquiriu 20.000 funcionários de 11 países e analisou milhares de sinais de produtividade do Microsoft 365, juntamente com as tendências de trabalho do LinkedIN e os resultados da Glint People Science.

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