Ubuntu também vai passar a recolher informação dos utilizadores
Quando o Windows 10 foi lançado, muitas vozes se revelaram contra a Microsoft por esta recolher dados sobre os utilizadores.
A Canonical parece estar agora a querer trilhar o mesmo caminho, ao anunciar que a próxima versão do Ubuntu vai passar a recolher dados dos utilizadores e das plataformas onde este vai correr.
Esta pode à partida parecer uma ideia pouco acertada, dada a experiência sobre este tema. Os utilizadores não gostam de ver os seus dados serem recolhidos, ainda para mais para proveito das empresas.
A recolha de dados que o Ubuntu vai realizar
O anúncio foi feito por Will Cooke, Diretor do Ubuntu Desktop na Canonical, e este novo mecanismo de recolha de dados deverá chegar já na versão 18.04 LTS (Bionic Beaver).
Queremos poder concentrar os nossos esforços de engenharia nas coisas mais importantes para os nossos utilizadores e, para fazer isso, precisamos obter mais dados sobre o tipo de configurações que os nossos utilizadores possuem e sobre o software que estão a executar.
A Canonical irá fazer esta participação facultativa, com a disponibilização de uma caixa de seleção que irá estar selecionada por omissão.
Que dados vai o Ubuntu recolher?
- Que versão do Ubuntu está a ser instalada
- Se tem conectividade
- Dados do hardware incluindo CPU, RAM, GPU, etc
- O fabricante do PC
- O seu país
- Quanto tempo demorou a instalação
- Se tem o auto login ativo
- As partições do disco
- Se decidiu instalar codecs de terceiros
- Se decidiu descarregar atualizações durante a instalação
A Canonical revelou também que a informação recolhida será totalmente anonimizada e que será possível aos utilizadores deixarem de fornecer os seus dados a qualquer momento, bastando alterar uma configuração no Ubuntu.
A privacidade da recolha de dados
Para garantir ao máximo a privacidade e a proteção dos dados dos utilizadores, toda a informação será transmitida para os servidores da Canonical de forma segura, através de HTTPS.
Do que pode ser lido no email que Will Cooke partilhou, toda a informação recolhida será processada e depois tornada pública, para que os próprios utilizadores possam fazer a sua avaliação.
A decisão da Canonical é arriscada e no passado valeu à Microsoft vários dissabores e até processos em tribunal. A diferença aqui é a possibilidade que a Canonical dá aos utilizadores de participarem ou não e a forma como usam os dados.
Este artigo tem mais de um ano
Se forem só mesmo estas as informações recolhidas, e visto que não solicitam dados do utilizador, só mesmo do hardware, comparado com o Windows não acho muito problemático, apesar de que todos começam assim e depois já querem recolher tudo e mais alguma coisa…vai ser um ponto negativo para a canonical… espero que os derivados como o mint não adotem o mesmo sistema…
Ao menos sabes que dados o windows recolhe?
Só nas apps de email e calendário, do utilizador já recolhem mais do que deveriam…
eu não vejo problema, vamos lá ver, se eu sou desenvolvedor, preciso de saber o que as pessoas usam, senão amanha vou fazer coisa Y e o que o pessoal precisa mesmo é coisa X… faz parte da personalização das coisas…
não obstante, assim como aconteceu no WIndows 10, isso tornou-o mais propricio a bugs e coisas desnecessárias, estás a personalizar as coisas para 90% das pessoas, e os outros 10% que não usam e são obrigados a ficar com isso?
no Windows 10 a recolha de dados não é má de toda, a ideia foi boa mas agora estão a concentrar o Windows para um nicho especifico, embora esse nicho seja a maioria dos seus utilizadores, o pessoal que foi excluido desse nicho agora toca viola…
só espero que os devs do ubuntu não cometam o mesmo erro e obrigue as minorias a usar a porcaria que a maioria usa, eu não precisa da porcaria de uma app do facebook a rastejar no menu…
ao menos que metam uma cena durante a instalação do tipo “avançado” e deixem o pessoal escolher se quer instalar os programas e definições “recomendados” ou não…
“o pessoal que foi excluido desse nicho agora toca viola…”??
Que nichos é que estas a falar? Achas que a Microsoft esta a fazer o windows para leigos?
acho que ele nao percebeu bem o conceito de “nicho”
RS
Um nicho é um grupo De pessoas que sao o alvo do que fazes.
Exemplo: se estou a desenvolver uma app android de vestir bonecas, o grupo alvo sao crianças femininas entre 4-12 anos, entao o nicho é isso, crianças femininas de 4-12 anos, isso é que é um nicho.
Mas nicho é muito mais do que isso, por exemplo, o windows mixed reality, ambos temos os aparelhos, mas tu usas eu nao. Entao, apesar disso, ambos fazemos parte do mesmo nicho, embora eu nao use.
Um nicho tem muitas definicoes interligadas, mais vale ires pesquisar a net, como conselho recomendo procurares a definicao de nicho aplicada ao conceito de gestão ja que sao mais elaboradas e concisas.
Concordo a 100%. Esses dados servem mais para um programador, do que uma outra “coscuvilhice” sobre a vida do utilizador. Para já, e para mim, não me parece nada de mais. (A não ser que nos tenha sido omitida informação de modo propositado por essas empresas, claro. E também, já não seria a primeira vez…)
“esse nicho seja a maioria dos seus utilizadores”
adoro paradoxos
Victor
Um nicho, tenha 5 alvos ou 5 mil milhoes, continua a ser um nicho 🙂
+1
Então tinha o conceito errado da palavra
A diferença é que neste caso qualquer pessoa pode ver quais são os dados que são recolhidos, tendo em conta que se trata de um sistema operativo de código aberto.
Para alem que os dados que vão ser recolhidos parecem-me bastante “inocentes” e cheira-me que se trata de uma forma da ubuntu melhorar o processo de instalação.
Ai e tal no Linux… XIU!! XIUUU!!
Windows rules.
Linux é um bolo muito grande. Ubuntu é apenas uma fatia… por isso, XIU tu!
Não é Linux…é na distribuição Ubuntu, o que é TOTALMENTE diferente. E além do mais, todos se encontram avisados com antecedência, do que vai ser recolhido pela Canonical, sendo que os dados vão ser públicos. Assim fica transparente o procedimento da Canonical.
Esses dados, NÃO são críticos para a integridade do Ubuntu e muito menos para a segurança do utilizador.
Mas existem mais distribuições para além do Ubuntu, caso se sintam “melindrados” com essa tal recolha de dados.
Não quer usar Ubuntu, não usa, quer usar, sabe de antemão o que tem a fazer, caso não pretenda enviar esses dados.
Todavia não vai passar de uma questão académica/filosófica para a EEF e a FSF, voltarem a esgrimir armas e quem vai rir é mesmo a Linux Foundation.
Windows, Mac, Linux, etc…cada um escolhe o que melhor se adequa às suas necessidades…o resto é…conversa para adormecer!
Windows uma Empresa “americana”
Linux ” varias empresas”
xiiiiiiiiiiiiiiuuuuuuuuuuu
LOL…Whatever…
É mais “Windows`s rules 🙂 🙂 🙂
A Canonical, já no lançamento do Ubuntu 12.10, com a busca integrada no Unity, em que os dados pessoais dos utilizadores eram recolhidos, como tendo o FIM de aprimorarem as pesquisas, NÃO convenceu ninguém à época.
Depois, no Ubuntu 13.04, que ainda iria recolher mais dados…mas que dava ao utilizador a possibilidade de a busca ser desactivada.
Vamos esperar pelo 18.04 LTS e ver…no entanto já vão levar com a EEF e a FSF.
Ops…eu não espero nada…não uso Ubuntu.
Os search lens não recolhia dados pessoais do utilizador para além do termo pesquisado.
Quem acha haver invasão de privacidade tem duas opções. 1 não compartilhar dados 2 usar outra distribuição. Não vejo motivos para “pânico”!
Se as distros mais conhecidas derivam do Ubuntu… é fácil de prever o que vai acontecer.
Eu estou farto de dizer, recolha de dados do utilizador é algo muito importante hoje em dia para o desenvolvimento e inovação.
As distros mais conhecidas derivam do Ubuntu? Oi?
Não devemos conhecer as mesmas distros.
….derivam mais do Debian, mas esta é a vantagem do Linux ….mudamos de Distro simples
Tlim :grinning:
Dizes bem, derivam. Podem pegar no que querem e esquecer o que não querem, como por exemplo cenas que bisbilhotam.
Aguardemos pacientemente, os próximos desenvolvimentos.
Vai ser agora que vai começar a ser um Sistema Operativo aserio 😉
– Eu até penso que essas empresas (proprietárias dos SO) deveriam colocar esses dados à disposição para a polícia (por causa do assédio a crianças, ceitas, gangs, grupos secretos, ações suspeitas, liguagem agressiva e ameaçadora para outros, etc, etc, etc), mesmo por iniciativa própria!
– Mas dar esses dados a governos (e outras organizações políticas) isso não!!
…seitas….
isso! 🙂
pera mas qual e a diferenca entre dar os dados a policia ou ao governo, alguem acha que o primeiro ministro quer saber se um gajo gosta de grannies ou teens?!
Não. Qualquer pessoa sabe que não são esse tipo de dados que um governo quer. Mas existem muitos outros dados que ajudam na localização da pessoa e dos seus bens, como o IP, a rede utilizada, etc, etc… Pensei que o comentário que era bem simples de entender… Mas enfim…
Sou contra o estado, logo sou contra sua ideia.
+1 for making me laught 🙂 🙂 🙂
Para isso já tens o facebook…
Sim, também.
já uns paises em que isso é feito com grande sucesso. a china e a arábia saudíta são dois exemplos do tipo de intromissão sem controlo na vida privada que tu sugeres.
o que não falta é gente a ser presa e morta por “acções suspeitas” como consultar um site que veicula uma opinião diferente da do regime ou “linguagem ameaçadora” como se encontra em várias conversas de pessoas sobre o seu regime.
mas, claro, isso nunca aconteceria cá porque somos todos muito civilizados nem a ti porque és um santo, certo?
nos estados unidos nunca iriam invadir a casa de/prender alguém por procurar mochilas para os filhos ou panelas de pressão para a cozinha. em inglaterra não se controla o acesso e barra o dito acesso a sites de opiniões “diferentes” ou de temas “complicados”… não, isso nunca aconteceria cá, nós somos diferentes, melhores, puros…
/s
?…
Já recolhia dados, vinha por defeito seleccionada, basta ir ao Software Sources, menu Statistics e desabilitar.
Cada vez mais a tendência será esta.
E defendo que caso exista transparência sobre o que é partilhado nem vejo motivo para existir uma opção de desabilitar a recolha.
Têm de perceber que a ideia é melhorar o SO, logo servir os utilizadores.
Ao contrário da Microsoft, a Canonical avisa o que quer, para o que quer, e há opção (que aparenta funcionar, no Windows 10 bem podem desabilitar tudo que a informação continua a fluir) para não partilhar essa informação. Na parte que me toca não me melindra.
No Windows activando ou não a opção para recolha de dados não fazemos ideia se mesmo assim estão a ser enviados, no caso do Ubuntu….é a mesma coisa para leigos! Portanto, e à parte que me toca é indiferente mas como em (quase) tudo é preciso fazer um trabalho de pesquisa para saber a opinião das massas sobre o que é mais relevante. Poderiam fazer inquéritos mas assim é muito mais directo e fácil
Entendo e tens ai um ponto, mas, ponham é a opção de escolha para o utilizador aceitar ou não o envio dos dados de instalação ANTES de começar a própria instalação, porque se for depois da instalação quando formos desactivar os dados, entretanto já foram enviado, certo! A outra coisa é na migração da versão 16.04 LTS para a 18.04 LTS; a questão da opção de escolha DEVE SER FEITA ANTES da nova instalação. Por último, se alguem por uma questão de principio não aceitar a situação tem sempre o Debian…
Ah! Ah! Ah!
Tudo bons rapazes! Porque não têm nada a esconder, obviamente…
Com esse tipo de forma de pensar e agir, com certeza que vão longe. Nem nunca ouviram falar da maldade das pessoas, da natureza humana ou das sacanices que o acesso a determinada informação permite praticar…
Coitados: ninguém é pobre senão de espírito…
Ah! Ah! Ah!
Tudo bons rapazes! Porque não têm nada a esconder, obviamente…
Com esse tipo de forma de pensar e agir, com certeza que vão longe. Nem nunca ouviram falar da maldade das pessoas, da natureza humana ou das sacanices que o acesso a determinada informação permite praticar…
Coitados: ninguém é pobre senão de espírito…
como uso arch é para o lado que durmo melhor mas a Canonical tem vindo a perder usuarios para outras distro e não acho seja este o caminho para os recuperar…
+1
Mais tarde ou mais cedo outras distros poderão seguir os passos, basta elas começarem a crescer mais e os argumentos virão …
Na instalação do Ubuntu vai ter a opção de compartilhar ou não as informações do PC, coisa que no Windows 10 tu é forçado a aceitar.
Isto é só no Linux Ubuntu. Ora bem, eu uso o Linux Fedora, por isso, nada se passa. E mesmo no Linux Ubuntu a Canonical está a avisar com antecedência o que vai recolher e diz como podemos optar por não enviar. O Windows fez o que quis , não disse a ninguém e pronto.