Dinamarca trocará Windows e Office pelo Linux para não depender da Microsoft e Trump
Há muito que vários países se tentam libertar dos produtos da Microsoft, quer por razões económicas, quer por outras razões. A maioria dos casos não tem tido o sucesso esperado, mas há algumas situações em que a mudança tem acontecido. Agora, é a vez da Dinamarca procurar acabar com os produtos Microsoft, por questões de soberania.
Dinamarca quer o Linux em troca do Windows e o Office
Em novembro de 2021, o estado alemão de Schleswig-Holstein anunciou que estava a planear abandonar a Microsoft e produtos como Office e o Windows, para o LibreOffice e o Linux. Cerca de dois anos e meio depois, as autoridades estaduais confirmaram que os planos para a migração ainda estavam intactos.
Seguindo a Alemanha, a Dinamarca parece estar a procurar uma mudança semelhante. Esta iniciativa deverá ter bastante repercussão agora, dado que os programadores Linux, incluindo a The Document Foundation , incentivam os utilizadores a optar pelo GNU em vez de atualizarem o Windows 10 para o Windows 11.
Caroline Stage Olsen, atual Ministra dos Assuntos Digitais da Dinamarca, revelou os planos. Disse ao meio de comunicação dinamarquês Politiken que existem planos para eliminar gradualmente a Microsoft e os seus produtos no seu próprio ministério no próximo mês. Mais precisamente, migrando do Office 365 para o LibreOffice.
Tudo para não depender da Microsoft e de Donald Trump
Ao discutir os potenciais desafios da implementação destas implementações, Olsen partilhou um plano B claro que o seu ministério tem. Se o novo sistema se revelar demasiado desafiante no início, regressarão temporariamente à configuração anterior enquanto exploram outras soluções.
No geral, mantém-se firme na sua decisão, afirmando: “não nos aproximaremos mais do nosso objetivo se não começarmos”. O relatório acrescenta que, até à data, a resposta da sua equipa tem sido positiva. O ministro acrescentou ainda que esta iniciativa não diz apenas respeito à Microsoft. Em vez disso, é um passo no sentido de reduzir a dependência excessiva de apenas alguns fornecedores.
O relatório refere que a decisão pode estar relacionada com os acontecimentos recentes que envolveram o Tribunal Penal Internacional (TPI). Oo procurador-chefe do TPI, Karim Khan, perdeu o acesso à sua conta do Microsoft Office após as sanções de Trump. Há ainda a questão do grande interesse de Trump pela Gronelândia, que por acaso é uma região semiautónoma da Dinamarca.
Vai durar pouco tempo a voltar para a Microsoft.
“Se o novo sistema se revelar demasiado desafiante no início, regressarão temporariamente à configuração anterior enquanto exploram outras soluções.”
Talvez sim, talvez não. Agora há uma motivação extra para mudar. Veremos como corre.
Sim concordo, embora o eco-sistema linux esteja melhor do que há uns anos anos, creio que ainda não esta preparado para substituir o do Windows, pelo menos nos ambientes empresarias e domesticos.
Precisa de se simplificar (a nivel de setup, UI, patchs) e ganhar mais aplicações e ferramentas de produtividade compatíveis ou equivalentes às de outros sistemas operativos.
Andaluzia, Espanha, em 2009 anunciaram o fim de “código proprietário e passar para freeware, linux e Openoffice”. Em 2013, gastaram 430 milhões, sem contar com 1800 milhões, em formação. Se tivesse mantido Windows, teriam poupado 2000 milhões de euros. Voltaram ao Windows e mantiveram o Openoffice.
Munique, 2018: “Vamos passar, toda a administração pública para Linux e Libreoffice. Vamos poupar 1000 milhões, de euros, a curto prazo.” Em Novembro, de 2020, afinal gastaram 3200 milhões, a mais. E, voltaram atrás, sem dar conferências de imprensa, a anunciar isso.
Linux é excelente para casa e pequenas empresas. Para empresas médias e grandes, há, demasiados, problemas: qualquer hacker sabe 6500000 milhões de biliões, da falhas, de qualquer distro. São publicadas, diariamente, normalmente 90 dias, antes de chegarem ao mercado. Quem não tenha cursos, que saiba compilar a sua versão própria, removendo 40%, dos problemas, fica, ainda, pior que usar Windows; mesmo com, várias produtoras, a disponibilizar drivers, nem 5%, das versões linux, recebem suporte.
No caso do Libreoffice, aí sim, 99,9999%, do que é feito, no office 365, pode ser feito no libre. Exige uma curva, de aprendizagem, pois há designações diferentes, localização das opções são diferentes e aplicação de acções também. E há a vantagem super gigantesca colossal, que é o Libre Office ser local, ao contrário das últimas versões Office 365, que dependem, a 100%, de serviços web. No dia 28 de Abril, de 2025, 100%, dos utilizadores office 365 ficaram sem capacidade de trabalhar, pois 100% de ficheiros online, exigem ligação web, mesmo que tenham portáteis, com bateria para 8 horas. Se a APU, da empresa, não suportou, mais de 1 hora, não puderam fazer nada. Quem usa o Libre, pode continuar, a trabalhar, até ficar sem bateria, no portátil. Foi assim, que dezenas de empresas, portuguesas, não perderam o dia. Mas, já foi esquecido. Pagamentos, por mbway e apps disparam 735% em 2025. Bancos e empresas, gestoras de pagamentos, já validaram pagamentos de 563687 milhões de euros, até 8 de Junho, de 2025. Valor recorde de 2024, 811003 milhões, deverá ser batido, neste verão. Lucros devem passar 80000 milhões, de euros, para 2025, num aumento de 77%, em relação a 2024. E 90%, dos portugueses, afirmam “Não pago nada por usar as apps, é 5000000% mais seguro e mais prático.” Já não se lembram do que passaram a 28-04-2025.
Então estas a dizer que a CISCO, a Dell, a Amazon, a IBM, a Oracle e a Samsung são empresas pequenas?
Ou será que não sabes pesquisar antes de escreves asneiras. 🙁
Parace-me uma boa opção Linux tem melhoramentos enormes. e muitos drives compatíveis além de ter um repositório gigante código aberto em que a Microsoft também utiliza essa fonte como por exemplo o programa Inkscape ou GIMP entre muitos outros..Linux é dos sistemas operativos mais seguros, eu estou a utilizar Mabox Linux é bastante leve e tem praticamente tudo
Eles pensam que é só dizer que vão sair do windows e meter linux que tá resolvido.Têm de dar formação ao pesoal e provavelmente vão ficar dependentes de algumas das soluções empresariais de linux como a RedHat. Ou seja, mais valia estarem quietos a não ser que tivessem malta sobredotada em linux que criasse uma distro personalizada para cada uma das necessidades dos serviços dinamarqueses com base no arch linux.
Não é difícil, mas o problemaé haver malta confiável a fazer isto certo? hehe
RedHat é um cancro no Linux.
+1
É complicado. As pessoas são resistentes à mudança e se poderem sabotar, sabotam …
Nesses casos só uma firme postura do governo pode ultrapassar tais resistências, basta monitorizar atentamente e caso exista “areia” a encravar a “engrenagem” é despedir o funcionário e impedi-lo de voltar a trabalhar para o Estado.
É uma boa forma de emagrecer o Estado, e dos restantes funcionários se esforçarem a sério para se adaptar.
Curioso, e como vão fazer com serviço de e-mail?
Proton, tutanota por exemplo.
E como gerem 100k ou 200k e-mails aí? E funcionalidades como shared mailbox, caixa delegada, calendário delegado, calendários de grupos/equipas, legal holds, etc?
É simples para quem não percebe nada do assunto
Thunderbird
Email – sympa com postfix — Permite criar DL, spam detection, etc
Calendário – Nextcloud, radicale
O que não falta é software que eles podem adoptar, ou então criam a sua própria solução.
On-prem? Lol… e vao triplicar a workforce?
Poder pode-se fazer tudo, é preciso é ter noção dos custos
Linux e pior e limitado, criem um SO europeu a serio. Nunca entendi como deixaram os americanos ficar com facebook, google, microsoft, apple e a europa nada. Tinhamos a Nokia, Siemens, Motorola, foi tudo a vida
Pior é subjectivo mas em que raio é que é limitado ? btw a Motorola é Americana
Há aí uma falha na lista: a Motorola é americana. Mas podemos acrescentar Olivetti, Bull, DataSaab e por aí fora, engulidas pelo saloísmo europeu a achar que o que vem da América é que é o melhor.
Houvesse investimento por parte da UE para o linux e outros galos cantariam. E obvio que a ser feito essas coisas demoram anos. Mas se comecassem agora daqui a 10 anos la se iam as dependencias dos softwares proprietarios. O linux nao tem mais porque nao querem investir nele, e toda a gente sabe que existem contratos com a Microsoft que nao podem ser desfeitos agora. E obviamente e nao menos importante, entregar esse projecto a pessoas competentes e capazes, nao a amiguinhos do costume, e tudo funcionaria na perfeicao.
Mas que asneira andas a escrever? Limitado? Sabes que a maior parte das melhorias que acontece no Windows apareceram antes no Linux certo? Sem o Linux ainda usavas o Windows 98 e nem sequer havia smartphones certo?
Nokia e Siemens andam aí, continuam a ser europeias e muito bem no seu segmento.
As restantes são todas americanas, assim o nasceram, era suposto termos roubado?
Para quê criar algo novo se o código pode ser usado?
Não era preciso entender, funcionava, estávamos todos “satisfeitos”, até que apareceu o Trump
Como administrador de sistemas sei perfeitamente que é perfeitamente funcional migrar tudo para Linux e nuncs mais olhar para trás, ou se pretenderem algo ainda mais robusto optem por sistemas da IBM para mainframes. Sempre foi o ideal para sistemas críticos e muito mais seguro que qualquer outro sistema, linux incluído. Tudo o resto, pode ser perfeitamente substituído pela Microsoft sem qq problemas, independentemente de toda e qualquer opinião diferente. É um facto, funcional, mais seguro e melhor.
Optar pela Microsoft ou outra é meramente uma opção de gosto, ou formação académica que por segurança prefere, e bem, manterem-se nas soluções da Microsoft.
Projeto EU OS – Sistema Operacional Soberano para Instituições Públicas Europeias
O projeto EU OS é uma iniciativa de prova de conceito (Proof of Concept) que visa desenvolver um sistema operacional moderno, seguro e modular, projetado especificamente para atender às necessidades de instituições públicas da União Europeia. A proposta parte de princípios fundamentais como soberania digital, interoperabilidade, gestão centralizada, suporte a hardware diverso e desempenho consistente em ambientes institucionais.
Atualmente, o EU OS utiliza como base o Fedora com ambiente gráfico KDE Plasma, em conjunto com a tecnologia OSTree para proporcionar atualizações atômicas, rollback seguro e um sistema de arquivos imutável. Essa arquitetura garante maior estabilidade, previsibilidade e facilidade de gestão para grandes ambientes organizacionais. O uso de OSTree e a estrutura Atomic Desktop permite ainda a implementação de camadas modulares — uma característica essencial para adaptar o sistema a diferentes contextos nacionais, regionais ou setoriais dentro da União Europeia.
Apesar da robustez técnica do Fedora, surgem questionamentos legítimos sobre sua origem norte-americana, já que o projeto é mantido pela Red Hat, hoje subsidiária da IBM. Em um contexto de busca por soberania digital europeia, torna-se estratégico considerar alternativas cuja governança, infraestrutura e desenvolvimento estejam plenamente dentro do território da UE.
Entre as opções avaliadas, destacam-se o openSUSE/SUSE — com origem alemã e presença consolidada em administrações públicas europeias —, o Debian e o Ubuntu — projetos com base comunitária e ampla adoção global —, além de abordagens mais flexíveis como sistemas baseados em Arch Linux, Gentoo ou compilações personalizadas via Yocto/OpenEmbedded. Cada uma dessas bases traz vantagens e desafios específicos em termos de suporte, complexidade, tempo de desenvolvimento e alinhamento com os objetivos institucionais da UE.
Considerando os critérios de modularidade, atualizações seguras, tempo de implementação e viabilidade técnica, a recomendação atual é continuar com a base Fedora + KDE + OSTree. Essa escolha permite avançar rapidamente no desenvolvimento do protótipo, beneficiando-se da maturidade do ecossistema Fedora Atomic e da familiaridade do ambiente KDE para usuários institucionais.
No entanto, para reforçar os princípios de soberania tecnológica, é fundamental iniciar desde já a transição da infraestrutura de desenvolvimento para ambientes hospedados e mantidos na União Europeia. Isso inclui forkar os repositórios do Fedora, KDE e OSTree em plataformas como o GitLab europeu, criar um espelho próprio de pacotes (RPMs e Flatpaks) e estabelecer uma infraestrutura CI/CD independente. Com essa base, torna-se possível construir um upstream europeu, com governança local e controle sobre decisões técnicas e políticas.
Paralelamente, deve-se considerar a viabilidade de uma linha de desenvolvimento futura baseada em alternativas como o openSUSE Aeon (KDE imutável) ou um spin Debian com suporte a OSTree, criando um ecossistema europeu mais diversificado e resiliente. Projetos como LiMux (Munique), GendBuntu (França), LliureX (Espanha) e MAX Madrid mostram que é possível estruturar sistemas operacionais adaptados ao setor público com base em distribuições consolidadas, desde que haja suporte técnico, planejamento institucional e compromisso político.
Os próximos passos do EU OS incluem a validação de sua base atual em um piloto real — preferencialmente em uma instituição pública com hardware legado —, a implantação de repositórios próprios com suporte a atualizações atômicas, e a definição de perfis modulares adaptáveis às necessidades de cada país ou setor. A médio e longo prazo, o projeto poderá evoluir para um modelo federado de distribuição, com múltiplas variantes (ex: educação, saúde, segurança) mantidas sob uma governança europeia transparente, colaborativa e aberta.
Com essa visão, o EU OS não se propõe apenas como um sistema operacional, mas como uma infraestrutura digital estratégica para fortalecer a autonomia tecnológica da União Europeia.
Interessante.
Se eu fosse dono da UE usaria como base para esse projecto o Slackware, das poucas distros que nao usa systemd.
Alguns sites com alternativas europeias de serviços e produtos.
Alternativas europeias para produtos digitais. european-alternatives.eu
Produtos e serviços europeus. Um diretório orientado pela comunidade que ajuda você a comprar produtos e serviços europeus, com base em recomendações pessoais. http://www.goeuropean.org
Está na hora de escolher a Europa. Está nas nossas mãos fortalecer a economia europeia através das nossas escolhas de consumo. Neste site, encontra uma série de marcas a evitar e excelentes alternativas europeias.
Escolha Europa. escolho.eu
Não compreendo como há quem goste de estar dependente das todas poderosas”big tech” com o comandante supremo Trump a pavonear-se. Todas as mudanças e procedimentos custam de início. Se a Dinamarca não for uma ilha e ela outros países se juntarem vai ser um bom virar de página. Desejo que tenham sucesso.
Estar dependente, como se tivesses alternativas
A europa toda e o mundo deveriam SIM deixar de consumir produtoa made in usa….nedte momento já yrabalho com libtroficoe e sem problema nenhum.. os americanos são isto, finalmente se revelaram exactamente como são….
Completamente de acordo, apoio a Dinamarca. Já que a EU não se decide que seja um dos seus membros, e conhecendo os nórdicos, tem grandes possibilidades de ter sucesso. Mas atenção é preciso não boicotem o seu esforço, lendo os comentários de muitos por aqui não vai ser fácil.
Os europeus so querem saber dos USA para os defenderem na NATO, de resto não valem nada, emigrem todos para a Russia , Coreia do Norte e China, cada engenheiro.
O que acho interessante por parte da Dinamarca (autoridades da Dinamarca):
1) “Linux” é muito vago. Significa que ainda não sabem qual a “Distribuição” de Linux.
2) “LibreOffice” já é claro e objetivo. É preto sobre branco.
Resta saber quanto tempo irá demorar a Dinamarca a determinar a Distribuição certa para usar.
Pois!
Quando virem que não vão poder utilizar os programas que sempre utilizaram no Windows, vão-se arrepender. E que nem as lamparinas o vão permitir em todos os programas.
As partições que existem no Windows, não existem em Linux. O que torna tudo, ainda mais complicado e confuso.
Eu não sou e jamais serei utilizador do Linux. Deixei de utilizar o Windows da Microsoft. Sim, uso o Windows, na mesma, mas Microsoft, nunca mais.
Não digo que um dia, não migrarei para Linux. Mas só quando puder instalar programas Windows, sem necessitar de lamparinas, como o Wine, Bottles ou outra qualquer. E também, quando no Linux existirem as partições, tal como no Windows!
Eu não sou e jamais serei utilizador do Linux, tal como ele existe. Sem puder instalar programas Windows, sem necessitar de lamparinas, como o Wine, Bottles ou outra qualquer. Sem ver que as partições existem, tal como no Windows. Este Linux sim, jamais serei usuário!
Usuário? querias dizer usurário? mas também não faz sentido no contexto do teu texto, porque usurário é quem se apodera indevidamente de algo que não lhe pertence, geralmente sem autorização ou por meios ilícitos. certo?
O grande problema são as aplicações desenvolvidas por terceiros e que só funcionam em Windows, enquanto essa mentalidade existir poucas opções existem.No meu trabalho “Hobby” vou migrar para Linux até conseguir, mas tenho a certeza que algumas APP’s que uso não vou conseguir migrar e como ta o Windows vai ter que se manter.