Artificial Extinction, quando o feitiço se vira contra o feiticeiro
A questão da Inteligência Artificial e os seus perigos, quando não devidamente controlada, são o ponto de partida para o jogo Artificial Extinction.
Desenvolvido apenas por uma única pessoa, o jogo recebeu um novo trailer.
Esta é uma das temáticas mais prementes nos tempos que passam (se esquecermos o COVID-19): a Inteligência Artificial. Artificial Extinction é um jogo que vai precisamente pegar no tema e desenvolvê-lo de uma forma ... diferente. Vai precisamente pegar nos perigos da Inteligência Artificial.
E recentemente a 100Hr Games revelou um novo trailer para o jogo, que se encontra em desenvolvimento por uma única pessoa: Chris Dawson.
O jogo apresenta uma jogabilidade RTS com uma lógica de Tower Defense. Ou seja, consiste em estratégia em tempo real, forçando o jogador a ter que montar um sistema de defesa para a sua "base".
Artificial Extinction explora o assunto delicado do uso de Inteligência Artificial para controlo autónomo de armamentos e sistemas de defesa. Apesar de ser um jogo e de levar a questão para a direção de "revolta das máquinas" há aqui conteúdo para algo bastante interessante.
Até onde, a IA desses sistemas de armamento é "sensível o suficiente" para discernir entre ações necessárias e ações negativas? Como avaliar a questão dos danos colaterais? Quais os modelos de decisão usados? Quem os desenvolve?
Enfim, haveria muito por onde pegar e ir fundo nesta questão...
Mas, voltando ao jogo, em Artificial Extinction, o jogador veste a pele dum colono humano que se vê na necessidade de fugir com a sua família devido a uma insurreição dos sistemas de Inteligência Artificial, na Terra.
Um problema qualquer (quiçá inteligência a mais) levou a que os sistemas autónomos declarassem guerra aos humanos e o nosso personagem vê-se assim na obrigação de fugir e procurar santuário para a sua família num planeta recentemente encontrado e colonizado.
No entanto, nem tudo são rosas neste novo planeta...
O planeta foi, durante muito tempo, "trabalhado" e terraplanado por robôs para preparar a chegada dos colonos e a IA não vai dar tréguas também. O jogador terá de encontrar um local onde minerar combustível para a sua nave e, ao mesmo tempo, construir um sistema de defesa que lhe permite o tempo suficiente para tal.
Artificial Extinction será lançado para PC (via Steam) a 13 de Março, que por coincidência corresponde com uma 6ª Feira.
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Crescem as tentações para pôr de parte as 3 leis da robótica que Asimov enunciou.
Com os drones de guerra nos limites do aceitável (senão foi já ultrapassado) estamos à beira, pelos militares, da aceitação plena da auto determinação das máquinas de guerra. Que mundo cão!
E relembrando as 3 leis:
1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal.
2ª Lei: Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei.
3ª Lei: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.
Mais tarde Asimov acrescentou a “Lei Zero”, acima de todas as outras: um robô não pode causar mal à humanidade ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal.