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Teletrabalho: empresas obrigadas a pagar aumentos nas contas de internet

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Pedro Pinto


  1. Há cada gajo says:

    E pronto, é o principio do fim do teletrabalho. Não só pouparam com as despesas de deslocação para o trabalho como continuaram a receber subsidio de alimentação, mesmo estando em casa, e agora ainda querem reembolsos com os custos da internet, que normalmente estão associados a pacotes de serviços sem qualquer alteração de custos, quer consuma muito ou pouco. O tuga a ser tuga, só quer é mama. Assim, acaba-se com o teletrabalho !

    • Helder S says:

      Deve ser muito fixe só ver um dos lados da coisa: se como diz pouparam com as despesas de deslocação para o trabalho, e continuaram a receber subsídio de alimentação, não considera a “poupança” das empresas com espaços alugados ou próprios e sua manutenção, despesas com a energia, saneamento e até papel higiénico e álcool-gel nesses locais, além da venda de edifícios que deixaram de ter utilidade para as empresas (visto não terem lá ninguém a trabalhar in-loco), com a transferência desses mesmos custos para quem verdadeiramente dá lucros às empresas, nem considera os custos destes mesmos para ter condições de trabalho na própria casa, quer seja em material como cadeiras adequadas, uma almofada para as mesmas, um ou outro aparelho de climatização (desculpe dar-lhe esta informação mas nem todos têm ar condicionado em casa), já para não falar de custos de água e luz acrescidos! Enfim, numa coisa tem razão, os custos de internet provavelmente já estão associados a pacotes de serviços e não há alteração de custos, mas como quem paga são os mesmos que dão o lucro a essas empresas, é mais uma “moedinha” no bolso para estas. Fica tudo bem na mesma, não se preocupe, de certeza que “Há cada gajo” que vai continuar a lucrar e bem!!!

      • Estradiol says:

        1) teletrabalho ajuda os 2 lados: menos despesas para a empresa e empregado.

        2) as empresas deveriam pagar uma mini taxa pela electricidade gasta pelo equivalente das horas de trabalho e consumo de um desktop com gráfica integrada; se existem gastos de telefone fixo, a empresa deverá assumir também;

        3) se o trabalhador tiver a usar uma Internet “contada” (e não flat rate), a empresa deve assumir o gasto extra

        4) caso o trabalhador tenha flat rate já antes do teletrabalho, assim como telefone fixo, etc, a empresa não deveria pagar Internet, nem telefone, nem comidas, nada. Um trabalhador que não tenha que perder tempo a ir para o trabalho, que não tem gastos, etc que se dê por muito contente!!!

        5) se o trabalho é durante o dia, porque havia de pagar mais electricidade que a gasta pelo PC?!

        Infelizmente há malta que daqui a pouco quer receber pelo papel higiénico, água que bebeu, pela senhora que vem limpar as migalhas feitas durante o dia, etc… enfim…

        Eu não tenho uma empresa, mas infelizmente no meu caso não posso fazer teletrabalho … se pudesse já ficaria bem contente só com o receber o mesmo salário e não ter que sair de casa!!!

        • MMR says:

          Menos despesas para o empregado porquê? Não posso ir a pé para o trabalho?
          Também gosto da teoria onde em casa já não se almoça.

        • Helder S says:

          Aceitando alguns dos seus pontos de vista, há um que não concordo mesmo. Refiro-me ao ponto 5 do seu texto, pois estando em teletrabalho, durante o dia gasto electricidade em casa, caso que não faria estando em casa ( ao contrário de muitos não tenho o computador pessoal sempre ligado a fazer downloads e minerações, como alguns)!

    • Pedro V says:

      Pois é pa, com os brutos ordenados que ganham deviam era estar bem calados.

      • Helder S says:

        Brutos ordenados onde, onde? Só se forem dos executivos e administradores??? De resto vês umas migalhas ao fim do mês!

        • Zé Fonseca A. says:

          O que não falta por aí é executivos a administradores com menos de 5000€ brutos mensais.
          Os bons ordenados eram antes do euro, hoje em dia não tens os ordenados que tinhas antigamente, tens algumas areas como tech que facilmente ultrapassas os 5000€ brutos de resto ou vais para uma multinacional, ou tens de penar muito.

          • Helder S says:

            Tadinhos… 5000€ mensais… é pouco?! Já ficava feliz da vida se auferisse de ordenado mensal metade desse valor!!! Mas como tem de chegar esse valor para as férias e iates dos executivos e administradores… compreendo a tristeza e pobreza dos mesmos!!!

          • Zé Fonseca A. says:

            É pouco sim, claramente não sabes o custo de vida para a classe média alta.
            E com esse valor não consegues pagar iates, quanto muito consegues ir num cruzeiro ou pagar uma viagem diária de barco para as ilhas algarvias durante as férias.
            5000 para uma familia da classe media alta que tenha 4 pessoas no agregado familiar dá para umas férias medianas, basta ver os preços do hoteis no algarve em agosto, já para não falar no valor das casas com piscina.

          • Zé Fonseca A. says:

            Tudo depende do nível de vida que se leva.
            Para mim 5000€ é aceitável, não é bom nem mau, felizmente ganho mais que isso.
            Para muita gente metade disso já é muito bom.
            Lamento informar-te mas com 5000€ não fazes férias em iates, possivelmente nem 1 noite pagas em iate com esse valor. Quem faz férias em iates tipicamente ganha acima de 1M anual.

  2. Gates says:

    O estado é o principal incumpridor para os seus empregados…

  3. F*** PS, BE, PCP e PSD says:

    Como lixar o Teletrabalho e dissuadir uma empresa para ter este tipo de politicas 101.
    Este Bloco de esquerda e PS são uma cambada de ignorantes. Quem não quer pagar luz e net e agua a mais que peguem nas tralhas e ide trabalhar para a empresa, a minha esta perguntar quem quer ir para la a 100%. Isto é so dar, eu em teletrabalho consigo poupar ao final do mes 200 Euros. Por amor de deus isto e uma completa ignorância.

  4. rjSampaio says:

    “Por agora é apenas uma possibilidade, mas com enorme probabilidade de tal vir a acontecer.”

    Então o titulo devia ser “…empresas poderão ser obrigadas …” mas não chamava tanto a atenção…

  5. Ricardo says:

    Estupidez completa, eu trabalho em casa e continuo a pagar o mesmo que pagava antes disso…
    Lá vai tudo voltar para os escritórios e trabalhar em estilo de aviário, debaixo de luzes irritantes e rodeados de gente barulhenta…
    Isto é ideia de Boomers ou completos atrasos mentais só pode…

    • Xéliba Monodulifacia says:

      pois. no máximo um ligeiro aumento na luz mas nem se deve comparar ao que é gasto em gasolina ou passes para se deslocar para o trabalho

    • rjSampaio says:

      não tiveste um aumento de consumo energético?

      • Toni da Adega says:

        Para quem vai a pé para o trabalho trabalhar em casa não trás vantagem nenhuma, só despesa

        • sómaisum says:

          pagas as sapatilhas 😀 perdes tempo, nem que seja 5 minutos… mas, infelizmente, nem todos vivem a 5/10/15 minutos a pe do trabalho..
          os custos, na maior parte da populacao, duvido que tenham aumentado… tanto é, que nao houve consumo energetico (a nivel nacional) superior, antes pelo contrario..

      • Ricardo says:

        Não, pago praticamente a mesma coisa. Tive foi aumento de qualidade de vida, fazer turnos de 12 horas e perder quase 4 ou 5 horas em deslocações não é piada nenhuma…

        • rjSampaio says:

          Ninguém discute os benefícios, mas tens de ter um aumento de energia, mesmo que mínimo ne?

          Se for por exemplo 150w x 8h x 22d x p
          0.15€ é qualquer coisa da como 4€ +IVA ao mês.

          É pouco mas não é zero.

          Eu também estou em casa e prefiro, mas tive aumentos, em casa que são mais que anulados vs as despesas de ir ao escritório.

          PS as despesas até podem ser bem mais altas se a malta tiver avac.

          • Blam-O says:

            “É pouco mas não é zero.”

            ” perder quase 4 ou 5 horas em deslocações não é piada nenhuma…”

            Tenho a certeza que o tempo livre adquirido vale MUITO mais do que uns míseros 4€+IVA.

          • rjSampaio says:

            Mas alguém disse que não?

            Tens palas nos olhos ou leste na diagonal?

          • FAR says:

            Não é zero, mas vai justificar a papelada, os processos e a formação do pessoal para esta nova “regra” – lado da empresa? E vai trazer algum beneficio REAL para quem vai beneficiar dele – lado do colaborador? Desculpe, mas não vão ser os 4€ mensais que vão fazer diferença (e se fazem então o problema é claramente outro).

            Isto parece mais uma medida de desincentivo do que de incentivo mascarada de ação populista a uma forma de estar e trabalhar que muita gente está feliz por ter conhecido e mudado para.

            Por favor, não compliquem. Obrigado.

  6. paulo says:

    claro que faz sentido se eu nao estiver em casa nao gasto electricidade e outro!! é sempre o pequeno que suporta tudo?

    • sómaisum says:

      e se for para fora de casa, gasta combustivel/pass de transportes publicos….
      se fizer bem as contas, se calhar até sai mais barato trabalhar em casa…

      • GM says:

        Não esquecer custos de manutenção da viatura, custos extra com alimentação, tempo dispendido que pode muito bem ser aproveitado para fazer algumas lides domésticas, enfim, ter mais alguma tranquilidade. Estou a referir todos estes benefícios, apesar de ser trab. independente e trabalhar em casa em grande parte da minha actividade. Já a minha esposa, entre outras coisas também formadora, está em vias de regressar a 100% a regime presencial, com todos os custos que acarreta.

      • Pedro V says:

        A sola dos sapatos, o nariz para respirar porque na rua há mais poluição, roupa para vestir que em casa o pijama chega.

    • Estradiol says:

      O Paulo é “pequeno”? Então o “grande” tem o dever de lhe pagar tudo (atenção que não tenho uma empresa, por isso devo ser o “pequeno” também), que que lhe paguem a pasta de dentes também?

      Se estás em casa, abre a janela e troca o desktop (certamente com gpu topo de gama para os jogos) por um portátil em 2a mão com CPU de 15W ou menos e assunto resolvido. Muitos dos “pequenos ” que reclamam, gastam muito mais electricidade com os seus GPUs de 300W a jogar COD ou mineração e não reclamam da electricidade; quando é para trabalhar “é tudo caro”

  7. joana faria says:

    É desta que não volto para o teletrabalho. As empresas preferem ter os empregados ao monte a pagar esse tipo de estupidezes. Era bom num país fora de Portugal. Aqui não há respeito nenhum pelos trabalhadores. Senão não era preciso esse tipo de leis. Tomem nota que esse tipo de regras só vai servir para entupir o trânsito

    • Toni da Adega says:

      Num país fora de Portugal é igual. E num país fora de Portugal opção de trabalho remoto é considerado um benefício e não algo repugnante.
      A trabalhar em casa poupo mais de 500€ por mês.
      Entre ganhar horas livres +500€/mês e ter que gastar 20€ ou 30€ em Internet, a escolha não deve ser difícil

      • Pedro V says:

        500 EUR por mês de poupança. Descreva-a para não lhe chamar aldrabão.

        • Ricardo Outor says:

          Se viver com os Pais é possivel, eu facilmente poupo 300€ por Mês

        • jonas says:

          Não é o meu caso, mas se tiveres de fazer 70 ou 80 Km todos os dias “para cada lado” , faz lá as contas a gasolina/portagens/manutenção do carro.
          Pode não ser 500 paus, mas olha que não há-de ficar muito longe.
          Nem toda a gente se pode dar ao luxo de gastar 40€ num passe mensal e buummmm, despesas de deslocação para trabalhar resolvido.

        • Toni da Adega says:

          Deixei de gastar €€ com deslocações. Almoço em casa.
          Já não tenho que pagar a alguém para ficar com os putos enquanto estou no trabalho.
          Não fácil fazer as contas

          • Zé Fonseca A. says:

            Meu caso:
            1- Deslocações, o carro e combustivel são dados pela empresa.
            2 – Refeições, gastava 330€ a almoçar fora, em casa gasto na mesma o mesmo dinheiro, ou mando vir ou vou almoçar fora à mesma, não vejo a logica de parar o trabalho, ir cozinhar, almoçar e ainda arrumar a cozinha, fazem 2h de almoço ou comem massa com atum?
            3- Os miudos ficam na escola.

            Condições:
            A empresa deu 1000€ como complemento para o escritorio de casa que foram directamente para a conta porque já tinha escritorio montado pois já fazia home office quando me apetecia.

            Não preciso que obriguem a empresa a dar-me nada, e sinceramente isso só vai prejudicar muitas pessoas que efectivamente conseguem ter mais qualidade de vida e mais dinheiro disponivel, pois essas pessoas vão ser recambiadas para trabalho presencial.
            Conheço casos de pessoal que faz mais de 120km por dia e ainda paga portagens que chega a gastar acima de 400€ por mês só em deslocações, faz muita diferença na vida dessas pessoas estar nem que seja 2/3 dias em teletrabalho e com politiquices vão estragar tudo.

  8. eachtime says:

    Gasto bem mais a deslocar me ao trabalho do que em tele trabalho. Ideias ridículas que vão despromover o tele trabalho que tantos benefícios tem

  9. ToFerreira says:

    Se a empresa obriga o trabalhador a ter Internet para trabalhar, é normal que seja a mesma a pagar.

  10. R!cardo says:

    Pagarem eletricidade sim, pagarem a internet não faz muito sentido para quem já tem porque vai pagar o mesmo se não a usar.

    • Ricardo Outor says:

      Também não devem pagar a electricidade, se não vem a chico-espertice e trafulhice típica do tuga.
      Um bom exemplo no inverno, metem o aquecedor ligado o dia todo, mesmo fora dos dias de
      trabalho, chega os 300€ de Luz no final do mês e mandam a empresa pagar…

      Mas alguma se vai sujeitar a isso? Gasta-se mais em gasolina ou noutros tipos de deslocações do que um pouco aumento da electricidade.
      Se isto for para à frente o que vai acontecer é, as empresas espetam-vos com o dedo do meio e volta tudo para os aviários…

    • Pedro V says:

      Então e proporcionais, já ouviu falar?

  11. SANDOKAN 1513 says:

    Nunca concordei nem concordarei com o regime de teletrabalho seja onde for.Esta é a minha opinião pessoal.Mas visto que já nada há a fazer quanto a isto acho muito bem que as empresas paguem do próprio bolso e ajudem quem para eles trabalha.Isso é mais que justo.

    • rjSampaio says:

      E já agora, porque? Em qualquer cenário ou em alguns em particular?

    • Blam-O says:

      “Nunca concordei nem concordarei com a possibilidade de uma empresa proteger a saúde dos seus trabalhadores, ao mesmo tempo que continua a obter alguns resultados produtivos dos mesmos e ainda oferece algum beneficio e conforto em troca ao evitar a deslocação a um escritório para trabalhar diariamente”

      Realmente repugnante! Quem já pensou nisto.. uma empresa a tentar manter-se activa e pessoas empregadas, enquanto oferece a possibilidade de dar algum beneficio aos trabalhadores. Coisa de comunistas só pode..!

    • Zé Fonseca A. says:

      Sandonkan, até o tractor que conduzes um dia vai ser controlado remotamente 😉

  12. Sardinha Enlatada says:

    De certo que ha varios trabalhos que servem a ideia de teletrabalho mas muitos outros nao. Em todo o caso tambem faz falta a relacao com as pessoas e o convivio, reunioes presenciais, e umas piadas pelo meio. Claro que tudo isto no foco de sermos o mais profissionais possiveis.

  13. Tony says:

    Sendo assim, todo o colaborador que trabalhe no escritório deve ter direito ao valor do combustível / estacionamento ou transporte para se deslocar até à empresa.

    Assim é mais justo para todos!

  14. Pedro V says:

    Países Baixos. A partir de 15 km de distância recebemos subsídio para transporte. Em alguns setores de atividade o Estado paga os km de deslocação em transporte privado. Recebemos da empresa mas é do Estado que o dinheiro vem. Não há portagens nas aes e o combustível, hoje, meti a 1,80 por litro (95). A partir das 5, 6 da manhã as aes parecem as tugas em hora de ponta. Aquilo que o Estado gasta vai buscar nos impostos pela pujante atividade económica. Vocês aí em pt brincam ao faz-de-conta.

  15. Carlos says:

    A minha empresa apesar de eu ter internet meteu um router deles em casa pagando eles a despesa. Em relação à eletricidade mesmo aumentando o consuMo um pouco estou mais que satisfeito Nem quero que me paguem a eletricidade extra.

  16. Ricardo Jose says:

    Confundem-se várias questões sobre o regime de teletrabalho. O teletrabalho já existia e tinha dois tipos de situações maioritárias.

    Ou era uma realidade do posto de trabalho que permitia contratar alguém que não residia perto das instalações da empresa e cujas capacidades interessavam e eram compatíveis com este regime de prestação do trabalho, ou era um “direito” do trabalhador de ficar a trabalhar de casa ocasionalmente quando isso lhe era útil.
    De notar que neste segundo caso a empresa acaba por ganhar ao não perder o trabalho do dia em casos em que possivelmente o trabalhador meteria o dia p.e. no apoio a uma criança.

    Ambas as situações normalmente com formas de gestão de equipas e do trabalho menos típicas em Portugal, com delegação de responsabilidades, gestão com base nos resultados e menos em ver os dedinhos a mexer e ritmos de trabalho menos contínuos.

    A primeira obrigatória porque faz parte do regime de trabalho acordado entre as partes, a segunda opcional e com o direito do trabalhador de ter posto de trabalho se não tiver condições em casa.

    O problema é o chico-espertismo dos que viram com a pandemia a hipótese de aproveitar o teletrabalho para ganhar mais dinheiro e reduzir as responsabilidades pelas condições de trabalho.

    O que estes chico-espertos querem é um regime de teletrabalho obrigatório, imposto por uma das partes, em que o trabalhador passa a assumir a responsabilidade total pelas suas condições de trabalho mesmo que não as tenha. É isso que está em cima da mesa e por isso a necessidade de regular.

    Os chico espertos não querem equipar dois postos de trabalho e muitos deles não querem equipar sequer um e querem passar a responsabilidade para o trabalhador e por isso a necessidade de regular.

    Por muita desinformação que coloquem para justificar o vosso ponto de vista, a realidade de quem tem que pagar as suas contas é que para manter um posto de trabalho saudável implica acréscimo de electricidade e água e nos equipamentos. Pode ou não ser coberto com as poupanças nas deslocações mas essa componente é muito variável e, mais uma vez, o que se quer é impôr independentemente da situação do trabalhor.

    Para aqueles que vêem apenas o metro de espaço que ocupam na terra o que fariam se tivessem que estar em teletrabalho e…

    … só tivessem a sala de casa para trabalhar e o fossem penalizados no salário e possível despedimento se se ouvir uma criança no atendimento?

    … não pudessem prestar o vosso trabalho porque o circuito de internet de vossa casa, doméstico e sem sla de reposição, estivesse avariado e fossem com isso penalizados no salário?

    … não pudessem prestar o vosso trabalho porque já não têm posto de trabalho na empresa e a vossa casa tiver que ter obras incompatíveis com o vosso trabalho.

    And so on and so on… várias situações que ocorreram já durante o período da pandemia na ausência de regras.

    É muito fácil falar como alguns acima que não têm a mínima noção da realidade do trabalho e dos salários em Portugal. Como dizia o outro… pimenta no… dos outros para mim é refresco.

  17. Alpha says:

    Uma imagem representativa da doutrinação das medidas inúteis.

    Nada como colocar um indivíduo sozinho em casa com açaime…

  18. Costa says:

    Aquilo que seria na sua base uma boa ideia foi transformado em algo eventualmente descabido, porque a variedade de circunstâncias é enorme e com esta legislação estão a colocar tudo no mesmo saco.

    Dou apenas o meu exemplo, em casa desde Março de 2020.

    Antes trabalhava perto de tudo o que era comércio e serviços e facilmente resolvia qualquer coisa após o horário de trabalho. Agora, para tratar seja do que for tenho de me deslocar de propósito, logo não poupo assim tanto em combustível.

    Com o trabalho em casa passei a gastar bastante mais electricidade, não só pelo equipamento mas pela necessidade de climatização permanente nos dias mais quentes e mais frios.

    Em termos de internet, dado que onde resido só tenho 4G e com velocidade baixa, tive de adquirir do meu bolso um segundo equipamento + serviço 4G, o que sai bastante caro. Nem todos têm internet em casa com qualidade de sinal e largura de banda suficientes para trabalharem devidamente. Esta é uma despesa que, existindo necessidade, claramente a empresa deve assumir. No meu caso não me posso queixar, a empresa assumiu, sem discussão e sem qualquer problema, um serviço 4G para me colocar em casa.

    A mesa que tenho para trabalhar em casa, suficiente para trabalho ocasional, é insuficiente e inadequada para trabalhar 8, 9 ou 10H por dia. Já não falo da cadeira. Este por exemplo é um caso que um dia destes terei de abordar junto da empresa.

    No local de trabalho tinha dois monitores, para casa apenas veio um. Trabalho à mesma com 2 monitores porque estou a usar o da empresa e um meu.

    Durante algum tempo chegámos a estar os dois em casa e aí a despesa da electricidade aumentou bem como a necessidade de termos duas instalações de trabalho deslocalizadas pois era impossível, na mesma divisão, eu estar em reuniões e a minha mulher a dar aulas ou em reuniões. Tivemos de adquirir uma mesa adicional para quando era necessário um de nós mudar de divisão.
    Durante esse período o estado – a minha mulher é professora – nunca disponibilizou um serviço 4G adequado para que ela pudesse realizar o seu trabalho nas devidas condições, dado que a nossa internet é mesmo “curta” em largura de banda. Aqui o estado foi o pior a dar o exemplo.

    Em contra partida, também para as empresas nem tudo são rosas. Em muitos casos perdeu-se espírito de equipa, solidariedade entre colegas, capacidade de colaboração. Em alguns casos, nomeadamente as que tinham muitos trabalhadores a perder muito tempo em viagens, isto foi compensado pela maior disponibilidade e pelo menor cansaço dos trabalhadores. Para as empresas que tinham a maior parte dos trabalhadores perto das suas instalações, caso muito comum fora dos grandes centros urbanos, o tele-trabalho reflectiu-se na dinâmica das equipas.

    E podiamos continuar.

    Resumindo, dependendo do local onde se vive, da qualidade e disponibilidade de serviços de internet, da distância a que se vive do local de trabalho e de se ter ou não previamente condições para trabalhar em casa, as poupanças e/ou as despesas adicionais de quem veio para casa variam muito.

    Aquilo que poderia ser uma boa legislação, até porque muitas empresas passaram a poupar muito, tornou-se afinal em algo restrito, sem flexibilidade e que coloca todas as situações no mesmo saco.

    Sou a favor de uma legislação que obrigue as entidades patronais a assumir os custos adicionais que o trabalhador suporta, mas de forma equilibrada, ponderada e justa, não desta forma.
    O que seria uma ideia, pode afinal transformar-se numa factor contra o tele-trabalho.

    • Zé Fonseca A. says:

      “Sou a favor de uma legislação que obrigue as entidades patronais a assumir os custos adicionais que o trabalhador suporta, mas de forma equilibrada, ponderada e justa, não desta forma.
      O que seria uma ideia, pode afinal transformar-se numa factor contra o tele-trabalho.”

      Problema disso é que dessa forma o teletrabalho vai acabar, até mesmo para muitas empresas que já permitiam teletrabalho antes da pandemia, na minha empresa sempre foi permitido teletrabalho opcional até 3 dias por semana, eu se ficasse em casa 1 dia por mês era muito. Davam 1000€ para equipamento de escritorio, 2 monitores, dock, rato, teclado e o portatil é o mesmo claro. Com isto não sei se não vão mudar de ideias e reverter essa possibilidade, garantidamente que muitas empresas o vão fazer.
      Acho que pagar ou não devia ser opcional, tal como há muitas empresas que dão subsidio de deslocação ou pagam o passe, devia ser igual, apenas paga quem quer e o trabalhador pode escolher não exigir isso da empresa.
      Eu nunca pediria à empresa para me pagar uma despesa de casa, nem nunca o permitiria, era a mesma coisa que ser trabalhador independente e colocar nos meus serviços, água, luz, internet, etc.
      Se o estado quer ajudar aí, permita a dedução dessas despesas em sede de IRS num patamar separado, obrigar as empresas ao quer que seja é só andar para trás.

  19. Há cada gajo says:

    Como seria de esperar, o egocentrismo nacional veio ao de cima. Lendo os comentários anteriores e salvo raras exceções, a minha opinião mantem-se inalterável : todos querem mama. Todos acham que gastam mais , mesmo sem fazer contas. Todos atiram ao ar com um suposto acréscimo de despesas só porque lhes cheira a um possível ressarcimento da mesma…mesmo que não saibam quanto é que efetivamente gastam. Não vi ninguém dizer que deixou de receber subsidio de alimentação, mesmo estando em casa. E desconhecem o que está por detrás da sua criação. E transportes ? Vão do quarto para o escritório de patins ? Pois, é uma despesa grande. E depois ainda há quem não tenha despesas com as suas deslocações para o trabalho, mas e então, esses o que querem mais ?

    • Ricardo Jose says:

      E tu? Sabes porque é que existe um subsídio de alimentação?

      É que parece que não. Elucida lá as pessoas com a tua cultura sobre direitos laborais em vez de fazer afirmações vazias e cheias de frases feitas mas sem apontar um facto qualquer.

      Mas provavelmente estou enganado… és daquelas pessoas que pratica o que diz, daqueles que não come durante o horário de trabalho, não usa a casa de banho, trabalho sem luz e sentado no chão?

      Acho curioso que digas “todos querem mama” e “todos acham que gastam mais, mesmo sem fazer contas” mas é curioso que só apontas aos trabalhadores esse epíteto.

      Aos patrões não colocas essa tua exigência de fazer as contas ao que pouparam? Não… isso é só para os malandros dos trabalhadores que só querem mama, certo?

      Também não questionas se trabalhar em casa numa cadeira da sala, sem climatização, nem iluminação saudável, tem algum impacto na saúde das pessoas, certo?

      De facto é mais do mesmo… o egocentrismo daqueles que só vêem o metro de espaço que ocupam na terra. Volto a dizer… pimenta no… dos outros para mim é refresco.

      Subscrevo a ideia acima do impacto do teletrabalho na dinâmica das equipas e na maior dificuldade de manter coesão nas equipas. É por isso que mudar simplesmente de trabalho presencial para remoto sem ajustar a dinâmica e a gestão das equipas é um erro.

      O problema não é o teletrabalho… O problema é o aproveitamento que alguns querem fazer dela e por isso a necessidade de regular.

      • Há cada gajo says:

        Não te ofendas com as verdades. Só concordo num ponto: as dinâmicas das equipas de trabalho tendem a ser prejudicadas com o teletrabalho, mas até isso é um custo para a empresa e não para o trabalhador. E aproveita para te informares melhor sobre o subsídio de alimentação, pois julgas que sabes… Não andes à mama.

        • Ricardo Jose says:

          Verdades??? E depois vens falar de egocentrismo dos outros…

          E sobre o subsídio de alimentação? Nada???

          Só frases feitas e depois quando não se tem resposta diz-se para os outros irem ler. Lindo!

          Vivam os pontas de lança das redes sociais. Muito insulto e frases feitas mas discussão séria e construtiva, ZERO.

          P.S.
          Um dos problemas de muitas empresas portuguesas é exactamente o estarem mais preocupados sobre como aproveitar esquemas para poupar mais algum à custa dos funcionários para poder comprar o próximo carro do que em criar estruturas e equipas fortes e lutar por fazer crescer de forma sustentável as empresas.

          Já percebi qual o tipo de empresas tu defendes…

          • Ricardo Jose says:

            E já agora uma coisa…

            Não defendo que a solução passa por dar subsídios nem pelo pagamento das contas de casa.

            Tem que ser uma solução equilibrada que tenha em conta ambas as partes.

            Mas ter em conta ambas as partes não pode ser uma solução unilateral em que diz que se o trabalhador quer ter trabalho tem que passar a assumir as obrigações do empregador e perder a possibilidade de prestar o seu trabalho nas instalações da empresa.

          • Há cada gajo says:

            Tens de lutar contra a visão estereotipada das coisas. Não perco tempo aqui a escrever sobre o subsídio de alimentação. Se és inteligente encontrarás na rede muita informação sobre o tema e depois é só juntar as peças. E onde é que te insultei?? Essa dos esquemas para comprar carros… é para rir. Visão retrógrada. Vai ler, anda. Faz-te falta informação.

          • Ricardo Jose says:

            Visões estereotipadas e retrógadas…
            Mais do mesmo, frases feitas mas coisas concretas nada.

            Não preciso de procurar informação para saber a origem do subsídio de alimentação
            Nem sequer é um direito na legislação laboral. Só existe no serviço público, no privado existe nas contratações colectivas onde as empresas acabam por acompanhar o sector público.

            Aquilo que a tua bolha ou a wikipédia não te dizem mas que é uma realidade é que o subsídio de refeição aparece como alternativa às empresas disponibilizarem as vulgas cantinas para garantir as refeições dos trabalhadores no decorrer do seu trabalho.

            Além disso, em muitos sectores na contratação colectiva antes da alteração dos limites, muitas vezes o aumento no subsídio de alimentação em vez de no base foi usado com vantagem para as empresas pois não o pagam nas ausências ao trabalho.

            O subsídio de alimentação só se torna importante na remuneração por causa dos belos salários que se praticam cá pelo burgo. Mama não é? Só se for para ti.

            Pergunta para queijinho… Se não são obrigadas porque é que as empresas incluem o subsídio de alimentação nas propostas de trabalho?

            Aliás pelo teu princípio, quem leva comida de casa para aquecer nos micro ondas da empresa dev ter o seu subsídio de refeição retirado. É essa a tua visão avançada?

            Isso é que é mais recesso que o pão com bolor e por muito que o embrulhes em papel de lustro não deixa de ser velho.

            P.S. Apesar de falares em “andar à mama” sem me conheceres de lado nenhum, não é a mim que me insultas.
            É às pessoas que tu esterotipas como “mamões” e que te servem todos os dias a troco de salários que deviam envergonhar qualquer português que veja para além do metro de espaço que ocupa na terra.
            Está descansado que não te peço esse esforço.

          • Há cada gajo says:

            Afinal foste à procura da informação. Vês, assim já sabes mais alguma coisa. Mas não distorças as coisas a teu favor. Eu só sublinhei o facto de que mesmo em teletrabalho, aqueles que reclamam por terem tido mais custos com a internet continuaram a receber subsidio de alimentação. O resto é só invenção tua.

      • Zé Fonseca A. says:

        Subsidio de alimentação existe para quando uma empresa não pode ou não quer dar a refeição ao colaborador o mesmo possa realizar a mesma “perto” do trabalho, por isso o valor de referencia para o subsidio de alimentação varia conforme o custo da refeição mais barata num raio de 5km.
        Antigamente, antes de tudo isto havia pessoas que trabalhavam em teletrabalho e que prescindiam do subsidio de refeição por isso mesmo.
        Contra mim falo mas por isso quando em casa não se deveria ter direito a subsidio de refeição, o governo deliberou que o direito ao mesmo seria mantido apenas para facilitar a mandar toda a gente para casa pois há pessoas que veem o subsidio de refeição como parte do salario, quando isso está errado.

        • PTO says:

          Nenhuma empresa é obrigada a dar subsidio de alimentação, e as que dão, dão o que quiserem, não têm de seguir referência nenhuma.

          Eu, por exemplo, recebo 10,49€ por dia de subsidio de alimentação na empresa onde trabalho. Todos os anos aumenta cerca de 1%.

          • Ricardo Jose says:

            Se calhar devias ler melhor o que eu disse, não disse que eram obrigadas aliás até disse o contrário.

            As empresas usam o subsídio de alimentação como parte do pacote de retribuição pelo trabalho e isso é uma realidade. Até o teu exemplo o comprova.

          • Zé Fonseca A. says:

            Caso não dê refeição é obrigada a dar subsidio de refeição, logicamente não existe maximo para o subsidio de refeição, apenas minimo que se rege pela regra que evidenciei, isto não vem no codigo do trabalho, apenas é uma regra aplicada pelos RH de cada empresa.
            Maioria das empresas do sector privado tem em consideração o valor de 4,77€ da função publica e paga de acordo.
            Na minha empresa recebo 12,5€ e até quando estou de férias continuo a receber, mas isto é porque preferem isso do que ter o calculo no SAP para excluir o beneficio nos dias de férias.

  20. Aitoh says:

    Já se sabe o que vai acontecer as empresas, tal como hoje, fazem para dar mais liquides vai utilizar este suplemento para manter o bruto e pagar uma parcela em “Despesas teletrabalho”…

  21. PTO says:

    Os pequenos aumentos de custos que tive em casa, foram largamente compensados pelas poupanças em não ter de ir para a empresa.

    A única coisa que estes “génios” vão conseguir é as empresas nem sequer permitirem o teletrabalho, com exceção nos casos que a a lei possa prever como obrigatório.

    São uns “iluminados”.

    • Ricardo Jose says:

      Claro, desde que eu esteja servido, não quero saber o que acontece aos outros.

      Se têm condições, se lhes aumenta os custos, se a saúde é afectada ou não, desde que me sirva a mim está tudo bem.

      Voltamos ao metro de espaço que cada um ocupa na terra. O individualismo no seu melhor…

      Isso é que é iluminação!

      • Zé Fonseca A. says:

        Se estás assim tão prejudicado fala com a tua entidade patronal. Certamente que conseguem chegar a um concenso, não queiras é prejudicar 99% das pessoas que estão efectivamente bem com obrigações por causa de 1% que estão mal e de 10% que querem chupar uns euritos a mais.

        • Ricardo Jose says:

          Eu até nem estou mal na minha situação mas mais uma vez não olho só para o meu umbigo.

          Acho piada essas estatísticas a olhómetro. Em que te baseias? Na tua opinião e dos teus amigos? Olha que o mundo vai para além da tua porta de casa e do teu local de trabalho.

          Mesmo que falássemos de 1%, é muito fácil falar para os outros. Gostava de saber como reagirias se fizesses parte dessa percentagem.

          A regulamentação não afecta a possibilidade de existir teletrabalho, principalmente quando existe acordo entre as partes.
          Deve sim para existir para impedir o aproveitamento e abuso por QUALQUER das partes envolvidas.

          Visão enviesada é a vossa em que os trabalhadores (os outros, vocês não) são todos “mamões” e os patrões todos santos.

          Isso é que são estereótipos velhos.

          • Zé Fonseca A. says:

            Não sei se tens andado por aqui desde que começou o teletrabalho, mas tal como noutros foruns, a opinião de quem está “prejudicado” é sempre em torno de 1%, e sempre aquele que vive ao lado do trabalho e ia a pé e comia na cantina por 3€ e em casa não sabe cozinhar por 3€.

            Eu não olho para o meu umbigo, eu sempre tive direito a teletrabalho sempre que quis e sempre terei, e financeiramente até saio “prejudicado”, carro da empresa, gasoleo galp frota da empresa, via verde da empresa, se antes gastava 15€ numa refeição hoje gasto 15€ + taxa de entrega do uber ou então tenho de pegar no carro e ir comer fora. Além disso tenho custos acrescidos com luz e água (rede), também águas, águas com gás, café, chás, fruta e alguns dias bolos, que era gratuito na empresa aqui em casa tenho de pagar por tudo.
            Como vês, fico “prejudicado” e não olho para o meu umbigo, olho sim para o umbigo de 99% das pessoas que querem continuar em teletrabalho ou misto e com estas medidas vão deixar de o poder fazer porque o patrão vai torcer o nariz.
            Não importa se o patrão é um diabo e se poupa dinheiro com o pessoal em teletrabalho, importa que muitos vão perder essa benece que até dava para equilibrar as suas contas ao final do mês.

          • Ricardo Jose says:

            Ou seja estatísticas a olhómetro e resumes a realidade a essa amostra.

            Ainda por cima generalizas que quem não tem a tua opinião é quem “comia na cantina e não consegue cozinhar por 3 euros”.

            Não há nada como desvalorizar as opiniões contrárias à nossa e usar do preconceito para uma discussão séria. Grande nível…

            Se estiveres mais atento e tiveres interesse se calhar descobres que a realidade é um bocadinho diferente da tua.

            Se calhar era bom fazer uma sondagem para saber quanta malta recebeu 1000 euros para equipar o seu posto de trabalho em casa. Claramente ia dar nos 90%, não?

            Mas olha, o maior problema nem sequer está nas despesas, mas na obrigatoriedade ou não de garantir o posto de trabalho em casa.

            Claramente não concebes que a tua realidade pode mudar mas olha que a das pessoas reais muda.

            Se não tiveres internet em casa, o operador demorar uma semana a repôr e a tua empresa não tiver posto de trabalho para ti, como fazes?
            Dizes ao teu patrão… Olhe estou sem internet e por isso não posso trabalhar durante uma semana, não é?

            Como disseste os teus filhos vão para a escola mas sabes que nos callcenters, o pessoal que esteve a trabalhar de casa, com os filhos também em casa, foi avisado que não se podiam ouvir crianças nas chamadas. O trabalhador tem que ter uma casa com divisões isoladas para cada membro da família?

            Fico contente por ti mas um bocadinho mais de noção da realidade para além do teu espaço não era mau para não seres injusto.

          • Zé Fonseca A. says:

            E o que isso tem a ver com despesas?
            O Governo só está a debater as despesas e nada disso que referes.
            É esse o ponto que vai fazer acabar com o teletrabalho, os restantes são apenas para teletrabalho de circunstancia, pessoal de call center vai voltar todo a presencial porque as chefias não os sabem gerir de outra forma. E pessoal sem posto de trabalho em casa ou que a empresa não consiga emprestar um hotspot 4G para quando a internet falha é porque também estão em casa devido às circunstancias.
            Vai lá perguntar ao trabalhador do call center se ele prefere estar em casa sem condições ou na empresa, olha que muitos call centers nem sequer mandaram pessoas para casa porque disseram que não tinham condições tecnologicas para isso, nomeadamente pcs e telefones, é tudo VDI ou desktops, não há milagres, e o pessoal de call center bem chorou para ir para casa e até diziam que reencaminhavam as chamadas para o telefone pessoal…
            Seja como for não sou contra legislar, sou contra a atribuição de dinheiro para teletrabalho porque acho que isso vai ditar o fim do mesmo para 90% das pessoas. E acho mesmo que se o subsidio de refeição não fosse obrigatorio em teletrabalho muitas empresas iriam passar a aderir a essa modalidade em pleno.

          • Ricardo Jose says:

            Olha que é melhor informares-te melhor…
            O que está em discussão vai bem para além das despesas apesar de se tentar reduzir a essa componente para desvalorizar a questão.

            O grande problema é que mesmo esse, as outras questões é que não interessam e é exactamente por essas que se tem que legislar.

            A imposição unilateral do regime de teletrabalho
            A passagem da responsabilidade para o trabalhador sobre a disponibilidade dos meios de trabalho em casa
            A desregulação dos horários de trabalho
            Os mecanismos de controlo invasores da privacidade

            São algumas das questões que estão em cima da mesa.

            E sim, a questão dos gastos também tem que ser discutida porque a maior parte das pessoas que foram para teletrabalho não tiveram a benesse de receber 1000 euros para equipar o seu posto de trabalho nem têm os salários que eu, tu e outros auferem mas que não são representativos da generalidade das pessoas.

            A grande diferença entre nós é que eu não olho para a realidade única e exclusivamente a partir da MINHA condição e consigo perceber as dificuldades que os outros que infelizmente não estão na minha situação, passam.

            Quanto aos call centers também estás enganado até porque já existem projectos em Portugal para direccionar uma parte dos atendimentos para teletrabalho, as condições tecnológicas criam-se. E não, os call centers até não são das áreas mais fáceis de controlar até por causa dos variáveis no salário dependentes do atendimento.
            Outros sectores são bem mais complicados a começar pela falta de capacidades de liderança e gestão de equipas compatíveis com este regime.

            E já agora, só podes estar a brincar com essa do subsídio de refeição.
            Estás a dizer que as empresas não adoptam o teletrabalho porque além de pouparem com água, luz, etc, não vão poupar ainda mais com o subsídio de alimentação. De facto é só para rir.

      • Há cada gajo says:

        As tuas observações são extraordinárias …

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