Portugal: Tráfego de Internet em banda larga fixa dispara 53%
O consumo de tráfego de dados tem vindo a aumentar significativamente no mundo. Em Portugal, o tráfego de Internet em banda larga fixa aumentou 53% no 3.º trimestre.
O tráfego médio mensal por acesso foi de 193 GB, mais 45,7% do que no 3.º trimestre de 2019. O tráfego médio mensal neste trimestre foi inferior ao máximo histórico contabilizado no trimestre anterior (209,7 GB).
A culpa é da pandemia! Os portugueses acedem cada vez mais à internet e isso reflete-se no consumo de dados. De acordo com a ANACOM, o crescimento do tráfego acentuou-se a partir do 2.º trimestre de 2020 devido à COVID-19. A pandemia provocou alterações dos padrões de utilização do serviço, que resultaram numa aceleração do crescimento do tráfego de Internet. Estima-se que, face à tendência histórica que se vinha verificando, tenha provocado aumentos de 36% do tráfego médio por acesso no 2.º trimestre de 2020 e de 23% no 3.º trimestre de 2020.
No final do 3.º trimestre de 2020, 83,9% das famílias dispunham de banda larga fixa, o que equivale a um aumento de 4,1 pontos percentuais face ao trimestre homólogo. Houve um aumento de 192 mil acessos de banda larga fixa (+4,9%) nos últimos 12 meses, que atingiram um total de 4,1 milhões. O crescimento verificado foi inferior ao do trimestre homólogo (5,3%).
Fibra ótica foi o principal canal de acesso à Internet
A fibra ótica (FTTH) foi a principal forma de acesso à Internet em banda larga fixa, com 53,8% do total de acessos, mais 4,4 pontos percentuais do que no 3.º trimestre de 2019. Nos últimos 12 meses, o número de acessos suportado em fibra ótica aumentou em 275 mil acessos (+14,2%).
Os acessos suportados em redes de televisão por cabo aumentaram 1,3% e representavam 29,3% do total (menos um ponto percentual do que há 12 meses). Os acessos ADSL mantiveram a tendência de queda, tendo diminuído 21,5% face ao trimestre homólogo, representando 9,8% do total de acessos (menos 3,3 pontos). Os acessos fixos suportados nas redes móveis aumentaram 3,7% e tinham um peso de 6,9%.
Em termos de quotas de subscritores, a MEO tinha uma quota de 40,4%, o Grupo NOS tinha 35,2% dos clientes, a Vodafone tinha uma quota de 20,4% e o Grupo NOWO/ONITELECOM 3,6%.
Caso se considerem apenas os acessos residenciais, a MEO tinha uma quota de subscritores de 38,9%, seguindo-se o Grupo NOS com 37,4%, a Vodafone com (19,5%) e o Grupo NOWO/ONITELECOM com 4%.
No que respeita ao tráfego de banda larga fixa, a MEO tinha no final de setembro uma quota de 38,9%, seguida do Grupo NOS com uma quota de 34,9%, da Vodafone com 22,1% e do Grupo NOWO/ONITELECOM com 3,3%.
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Eu antes tinha pacote meo banda larga aqui na Charneca, Pombal, pois adsl aqui era uma miséria, e mesmo a banda larga era de dar nervos, mal soube que estavam a instalar fibra aqui nas ruas, mudei logo para a vodafone fibra, até hoje estou satisfeito e já renovei contrato tv-net-voz para 200mb está ainda melhor 🙂
E só não meti o pacote de 500megas pois os antigos clientes não têm as mesma regalias que os novos contratantes, pena iria pagar menos que o que coloquei, mas pronto, não se pode querer tudo….
Isso é tão estúpido. Deviam premiar de alguma forma clientes leais mais antigos. No mínimo, pelo menos dar a possibilidade de subscrever ao mesmo que um novo…
Dá-me muita pena que a fibra óptica ainda não tenha chegado a 100% das casas dos portugueses.O serviço ADSL é uma miséria completa.Vá que não vá a recepção por satélite ainda se manterá em sítios verdadeiramente isolados.Mas não há nada como a fibra óptica.
Já agora, porque não fazem um artigo sobre o acesso por banda larga, seria curioso demandar a Anacom e as operadoras sobre a matéria. Há zonas do interior, como é o caso, em que esse é o único acesso e, por regra, a qualidade é má, mesmo má… Acresce que, na prática, quase inexistem tarifários ilimitados, o que limita o acesso a certo tipo de conteúdos, como Youtube, Netflix, etc. No meu caso, há várias torres na zona – MEO e NOS – com ligação péssima em 4G, sendo que a antena da Vodafone, à qual estou ligado, está a 14Km de distância na A23 e, mesmo assim, proporciona velocidades bastante aceitáveis em 4G. No meu caso, a ligação está limitada a 30Gb mensais e, se não fosse cliente Vodafone na cidade, a mensalidade quase equivaleria a uma ligação de fibra… No meio de tudo isto e de concertações de mercado, a ANACOM faz aquilo que lhe compete…, assobia para o lado. Lamentável.
No meu caso estou eu e a minha família estamos sem rede da MEO/UZO há mais de 2 dias. Enquanto a NOS está a bombar.
Isso vai aumentar todos os anos, se até falarmos na altura do natal em que toda a gente está a ligar as suas novas consolas e a sacar os seu jogos que dantes eram 4-20 GB’s e agora é 100GB’s++
As operadoras não venham usar isto como desculpa para depois dizer à anacom que têm de aumentar os preços, que invistam na infrastrutura para adaptar à nova realidade