PJ “apanha” dois homens por práticas de “CEO Fraud”
A Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da Polícia Judiciária (PJ) deteve, hoje, dois homens, suspeitos de pertencerem a um grupo organizado transnacional que se dedica à prática dos crimes de falsificação de documentos, burlas qualificadas e branqueamento de capitais, através do modus operandi conhecido como “CEO Fraud”.
CEO Fraud tem vindo a crescer em Portugal
A investigação da PJ permitiu concluir que o dinheiro obtido através desta prática ilícita (centenas de milhares de euros), tinha proveniência em bancos da Alemanha. Foi, ainda, possível aferir que várias empresas alemãs foram burladas.
O dinheiro acabou transferido para contas nacionais, especificamente criadas para rececionar estes fundos que, mal entravam em território nacional, eram imediatamente dissipados para outras contas bancárias e utilizados para aquisição de artigos de luxo.
Os detidos, um com nacionalidade portuguesa e outro com nacionalidade estrangeira, de 28 e 56 anos, serão presentes à autoridade judiciária para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação.
Refira-se que as campanhas de “CEO Fraud” caracterizam-se, essencialmente, pelo envio de emails ou mensagens de texto em que um agente malicioso, fazendo passar-se por uma entidade relacionada de alguma forma com a organização alvo, faz pedidos de natureza financeira a colaboradores dessa mesma organização, podendo conduzir estes a realizar transferências bancárias para contas associadas ao atacante.
Nalguns casos são apresentados ficheiros comprovativos, maioritariamente documentos forjados, de alteração de contas bancárias.
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A banca portuguesa já parece a da Nigéria… Então contas acabadas de criar, recebem fundos avultados de fora e deixam sair sem qualquer bloqueio? Onde ficam as medidas de segurança contra a lavagem de dinheiro no meio disto tudo??
A culpa é das “portas giratórias” e de quem as gere !
Mas ai de mim fazer uma transferencia de 50 euros de uma conta minha para outra conta minha já sou acusado de lavagem de dinheiro lol
o banco de portugal, os reguladores vivem no arco iris e o bancos aproveitam
Se usar um dos serviços “online” pode criar uma conta portuguesa que não precisa de entregar qualquer documento de identificação. O dinheiro vai para um cartão bancário que lhe permite fazer compras e transferências para outras contas. Depois de fazer o serviço, cancela a conta, revende o telemóvel, com 90% de desconto, compra um novo e repete.
Uma “fraude CEO” o que se carateriza é por receber uma comunicação de um alto responsável/entidade (o “CEO”) que se crê ser verdadeira. Depois de se acreditar que a mensagem é verdadeira – tudo é possível.
Uma fraude deste grupo publicada pelo Centro Nacional de Cibersegurança, em 19.04.2024, tem como “CEO” a Chave Móvel Digital e em que é pedida a CMD e a indicação de que banco se é cliente – o que a CMD nunca pede, mas as pessoa acreditam que estão a falar com o “CEO” dão a informação sem pensar nisso.
“Está em curso uma nova campanha que visa a Chave Móvel Digital (CMD) e tem como objetivo recolher os dados associados a esta chave, juntamente com outros tipos de dados, como os bancários, que podem conduzir ao comprometimento de contas críticas para os utilizadores.”
Estou em crer que não caía nesta … mas não posso garantir que não caía noutra.
https://www.cncs.gov.pt/pt/contexto-atual-chave-movel-digital/