Mega “MB WAY”: aliança europeia já prevê pagamentos instantâneos entre 15 países
No sentido de facilitar as transações entre os cidadãos dos Estados-membros, a aliança EuroPA (em inglês, European Payments Alliance), que integra Portugal, por via do MB WAY da SIBS, está a trabalhar com a EPI Company, responsável pela solução franco-alemã Wero, para impulsionar os pagamentos instantâneos.
A aliança EuroPA já trabalha com a EPI Company, promotora da solução franco-alemã Wero, para constituir uma empresa comum que procurará impulsionar o desenvolvimento do colosso pan-europeu.
O arranque da iniciativa terá lugar no início do próximo ano, com uma gestão independente dos participantes e a missão de facilitar a entrada de novos países, mesmo aqueles fora da zona euro, segundo fontes citadas pelo espanhol elEconomista.
Associar os vários visa formar uma estrutura que resista ao passar do tempo, tornando-a a voz central de todas as entidades aderentes perante autoridades, supervisores e reguladores.
EuroPA quer integrar mais países para pagamentos instantâneos
A iniciativa EuroPA, da qual falámos anteriormente, já integrava Portugal (MB WWAY), Espanha e Andorra (Bizum), e Itália (Bancomat Pay).
Entretanto, juntou-se a Polónia e Eslováquia (Blik), bem como a Noruega, Dinamarca, Finlândia, Suécia, Gronelândia e Ilhas Faroé (Vipps MobilePay).
O sistema Wero, da EPI Company, começou com os bancos da Alemanha, França e Bélgica, e, no próximo ano, integrará o sistema financeiro do Luxemburgo e dos Países Baixos. Algumas entidades da Áustria deram, também, passos com o Wero, segundo o jornal espanhol.
Com 15 países aderentes nesta fase de arranque, sabe-se que há mais mercados interessados em aderir ao projeto.
Em conjunto, os países deverão cobrir uma área geográfica com mais de 380 milhões de habitantes, dos quais mais de 120 milhões são utilizadores dos serviços de pagamento associados, como o MB WAY.
Países terão de adotar os "MB WAY" existentes ou criar os seus próprios
A missão de completar o mapa europeu de pagamentos instantâneos terá de conseguir duas coisas: agilizar a anexação de outros mercados onde existem soluções semelhantes às que já integram a aliança; e propor alternativas em jurisdições que carecem dessas plataformas para as implementar ou desenvolver.
Países como a Bulgária, a Eslovénia e a Finlândia entrariam na primeira, por disporem do serviço através da solução para pagamentos instantâneos denominada, respetivamente, Blink, Flik e Siirto. A Hungria dispõe, também, de uma alternativa, o qvik, e a Roménia, que possui o Transfond.
Na zona euro, além de Malta, os países bálticos, o Chipre e Croácia não dispõem de ferramentas semelhantes, pelo que, se decidirem avançar, terão de adotar alguma das já existentes ou desenvolver os seus próprios sistemas.
Neste cenário europeu, os sistemas nacionais manteriam a sua atual autonomia de gestão, enquanto a sociedade comum ou principal concentrar-se-ia na atividade internacional.
Para já, o elEconomista adiantou o seguinte cronograma:
- Pagamento entre particulares e países no terceiro trimestre de 2026, com os bancos dos países que já aderiram à aliança.
- Em 2027, introdução no comércio eletrónico seguida de chegada ao comércio físico, perto do final de 2027 ou início de 2028.
Segundo o calendário de previsões, este colossal europeu dos pagamentos instantâneos deverá ser uma realidade muito antes do lançamento do euro digital, previsto pelo Banco Central Europeu a partir de 2029.
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Fonte: elEconomista























Parabéns pela iniciativa! A Europa deve ter um sistema que seja uma resposta efetiva aos americanos (Visa, Mastercard, AMEX…)