Espanha criou um selo para as empresas que sejam transparentes sobre os seus algoritmos
A forma como as redes sociais funcionam efetivamente é ainda uma interrogação para muitas pessoas. Mas não para os reguladores. Assim sendo, Espanha criou um selo para as empresas que sejam transparentes com os seus algoritmos.
Esta iniciativa-piloto pode tornar-se uma referência para o resto da Europa, em matéria de regulamentação da transparência.
Seis meses após a criação do regulamento sobre a Inteligência Artificial (IA), um dos seus requerimentos vai ser implementado, em Espanha. Esta será promotora de uma iniciativa-piloto que, caso corra bem, tornar-se-á numa referência para o resto da Europa, quando o tema for a regulamentação dos algoritmos.
Segundo o Cinco Días, a Associação Espanhola de Economia Digital (Adigital), que reúne mais de 525 empresas, será responsável pela criação de um certificado de transparência destinado aos algoritmos. Atualmente, a associação está a testá-lo com quatro empresas - Holaluz, Blablacar, Fintonic e Cabify -, e o objetivo passa por lançá-lo oficialmente em janeiro.
As startups escolhidas para os testes verão o seu algoritmo dissecado, pois a ideia passa por perceber se as empresas são capazes de definir e explicar os seus algoritmos. Isto servirá para “proporcionar confiança e segurança”.
Para obter o selo, as empresas têm de preencher uma série de formulários e modelos – estes não estão ainda completamente definidos, pelo que as empresas escolhidas vão ajudar a finalizá-los.
É importante não nos perdermos em debates filosóficos e que todos concordemos em definir o conceito de transparência do algoritmo, se quisermos aterrá-lo e torná-lo algo prático.
Explicou Alfonso Martínez, diretor de comunicação da Eticas Foundation.
Aqueles que obtiverem o certificado terão um selo que comprova que cumprem a legislação atual proposta pela União Europeia relativamente à IA.
Leia também:
Este artigo tem mais de um ano
Isso não quererá dizer que o Estado poderá copiar…. peço desculpa… inspirar-se nos algoritmos das empresas e fazer aplicações concorrentes? É que para fazer a análise do algoritmo é necessário um programador e um programador empregado pelo Estado ou até mesmo um consultor externo que é ou pode vir a ser um concorrente direto das empresas analisadas, tem a possibilidade de fazer uma cópia para si ou para outros.
Especialmente num mercado em que as coisas mudam constantemente, o Estado espanhol vai ter de gastar uma pipa de massa dos contribuintes para analisar o código fonte cada vez que as empresas o alterem…
Várias questões importantes têm de se por, e algumas serão mais de cariz legal, outras filosóficas e outras técnicas.
Deixando a filosofia de lado, legalmente há patentes, há a questão das licenças, depois á a propriedade privada, etc.
Há muita coisa a fazer nas questões legais, e aliás, nunca sem dar esmagadora luta, uma Uber, Amazon, Microsoft, entre milhares delas dariam assim facilmente acesso a toda a sua infraestrutura de código, simplesmente não vai acontecer.
Agora em termos técnicos, e imaginando que legalmente já estava tudo tratado, a quantidade de engenheiros necessários, e o seu custo, quem paga?
E em termos de análise, que tipo de análise estamos a falar? De análise da lógica do negócio? Isto de analisar os algoritmos é exactamente o que? Estão apenas a falar de qualquer forma de inteligência artificial? Se for isso, em termos matemáticos, é impossível formalizar uma estrutura lógico determinística de um algoritmo que assente em redes neurais, por exemplo.
Portanto, iso parece mais um protótipo de leis de um conjunto de políticos que não fazem a mínima ideia do que estão a legislar, e pior, não têm quem os aconselhe tecnicamente para não fazerem deste tipo de burrices.