5 Perguntas básicas antes de criar a sua loja online
Fazer compras através da Internet hoje uma coisa tão corriqueira como ir a uma loja física. Mas o mercado online ainda precisa de evoluir para fazer face às exigências dos consumidores.
Se tem uma página do Facebook ou um site (ou ambiciona ter) onde vende os seus produtos e/ou serviços, independentemente da área de negócio, e sente que há um crescente público interessado no seu trabalho, então este artigo é para si. Vamos dar-lhe 5 dicas introdutórias e imprescindíveis para quem pretende ter sucesso no negócio online.
1. Por onde começar a construir uma loja online?
Se já tem um site, será mais fácil incorporar um modelo de e-commerce, se possível, dentro do site já existente. Se tal não for possível, ou criar incompatibilidades, é recomendado que pondere em repensar novamente a sua presença online desde o início.
Mas como dito anteriormente, não tem as skills necessárias para criar um site, correto? Sendo assim, há várias possibilidades. Pode ponderar em contratar uma agência especializada, um consultor freelancer ou até mesmo, se tiver uma disponibilidade maior, seguir um tutorial, dos muitos que se encontram, por exemplo, no YouTube. Se escolher por criar o seu site em WordPress, tenha em atenção que em Portugal há uma comunidade muito grande, onde poderá encontrar freelancers especializados a um preço bastante acessível.
2. Qual o melhor sistema de pagamento a adoptar?
O sistema de pagamento é algo complexo numa primeira abordagem, mas fácil de instalar. Contudo, o mais importante de tudo é ter em atenção as várias opções que existem. Na maior parte das lojas online, o sistema de pagamento que domina é o PayPal, pela segurança que transmite aos clientes e pela possibilidade de fazer Recall ao pagamento. Contudo, a percentagem que o PayPal cobra ainda é bastante alta, pelo que muitos utilizadores continuam a preferir utilizar o cartão de crédito para os pagamentos.
Estes são os métodos mais seguros, apesar de parecerem mais complicados e que darão credibilidade à sua loja online, protegendo o cliente. Em nenhuma circunstância utilize o pagamento por transferência bancária (NIB/IBAN).
3. Como calcular os custos de envio?
Como é que irá calcular os custos de envio dos seus produtos?
Se enviar para toda a Europa, como irá fazer essa diferenciação? Por país? Por transportadora? Irá utilizar a mesma para Portugal e Alemanha? São questões que deverá ter em consideração antes de iniciar o envio de qualquer encomenda, mas existem outras que deve ter em consideração, como se irá notificar os seus clientes do custo extra de envio, além do preço do produto? Ou talvez pondere em oferecer os portes de envio? Talvez os ofereça acima de um certo valor?
Tudo isso irá depender do seu modelo de negócio e da quantidade de encomendas que consiga expedir por dia. Tenha, também, em consideração o tempo de expedição de cada encomenda. Quanto mais baixo o tempo de expedição, por pouco mais caro que seja, é uma mais valia e irá contribuir para criar valor aos olhos do seu público e criar uma fidelização, graças ao elevado grau de satisfação que proporcionou.
4. Deve ser feita partilha social e ser permitida classificação?
Para ser mais fácil entender, e porque é mais conhecido em inglês, estamos a falar de social sharing e reviews.
Deverá “dar” permissão aos seus clientes para fazerem reviews dos seus produtos? Está comprovado que classificar produtos leva a um aumento das vendas, pois isso aumento a confiança dos outros clientes. Contudo, isto também pode levar a comentários negativos. Mas apesar de se querer precaver, tem que ter em atenção as vantagens a nível de facturação e aumento do volume das vendas que isto poderá trazer-lhe. Tem é que estar sempre a par das críticas que os seus clientes lhe façam, quer negativas, quer positivas, e ter sempre uma resposta pronta para gestão de crises e conflitos.
A partilha social é também uma arma eficiente, pois permite que os seus clientes e seguidores partilhem os seus produtos e serviços nas diferentes redes sociais, quer no Facebook, quer no Twitter, bem como criar um álbum de produtos no Pinterest, se esse for o seu caso. Esta provado que através das partilhas nas redes sociais, as vendas aumentam, pois tal feito leva a um aumento da sua audiência e à maior notoriedade do seu negócio.
5. Como usar fotografias, imagens e descrições a favor do negócio?
O maior receio de um consumidor ao adquirir um produto numa loja online é que o mesmo não seja aquilo que se espera dele. Não é possível vê-lo com os olhos, não é possível toca-lo. E se for um perfume nem sequer cheira-lo. Por isso, há que especificar pormenorizadamente aquilo que se está a vender. Como tal, as fotografias/imagens dos produtos, que estão na loja online, devem ser o mais profissionais possíveis.
Se tiver muitos produtos, talvez seja um pouco dispendioso contratar um profissional para fotografar todo o seu negócio, mas se o seu negócio se centrar em poucos, talvez o investimento seja uma mais valia futura. Se não tiver condições para suportar estas despesas, lembre-se que há câmaras fotográficas com boa qualidade a preços acessíveis, tendo em atenção que deverá posicionar bastante luz e um tripé para manter o máximo profissionalismo possível. Há várias técnicas para fotografar produtos, bastante simples e que podem ser feitas em casa, com o menor orçamento possível, usando um smartphone.
Tudo depende da sua força de vontade e do proveito que sabe tirar da Internet!
Estes 5 tópicos são talvez os mais essenciais, mas isto não quer dizer que não encontrará outros daqui em diante, relativos aos custos e ao retorno da sua loja online, por exemplo. Uma loja online parece mais simples do que realmente parece, mas actualmente é algo que está ao alcance de todos e os custos são mínimos, por isso, dê o melhor pelo seu negócio.
Este artigo tem mais de um ano
Seguindo um tutorial de wordpress, ou seja, usando o woocommerce para fazer uma loja online, aproximadamente que custos terei em certificados SLL para ter um site com pagamentos seguros?
Quaisquer 20€ ano, já te dá acesso a um certificado SSL. Inclusive já há um consórcio a fornecer certificados SSL gratuitamente, sendo apenas possível a instalação dos mesmos por linha de comandos o que poderá não ser intuitivo para o “comum dos mortais”
É exactamente nesse grupo que me insiro, o comum dos mortais eheh, daí ter feito a questão que fiz. 20€ ano parece-me muito barato mesmo, vou pesquisar para ver se encontro alguma solução que me agrade. Sugestões serão bem-vindas 😉
Obrigado pela resposta
Se o conhecimento técnico é baixo, recomendo o CloudFlare (https://www.cloudflare.com/) que é muito fácil de instalar.
Atenção que pode ser necessário instalar um certificado para encriptar ponto-a-ponto nos pagamentos mas o cloudflare simplifica o processo.
Caso uses PayPal (recomendo também) não necessitas de encriptação ponto-a-ponto e o certificado comum deles é suficiente.
Bem baratinho…
https://www.ssls.com/lp/4.99-ssl-offer.html
Actualmente consegue encontrar certificados SSL gratuitos utilizando por exemplo o https://letsencrypt.org/ que é um projeto conjunto de vários nomes do mundo da tecnologia como o Google, Mozilla e Cisco entre outros (https://letsencrypt.org/sponsors/).
É importante referir que um certificado SSL como meio de encriptação é igual, custe €0 (gratuito) ou custe €100 (assumindo que utilizam o mesmo método de encriptação). A maior diferença está na autenticação que o provedor (CA) faz antes de emitir um certificado e dos métodos de gestão utilizados (ver por ex (2013) http://security.stackexchange.com/questions/18919/are-there-technical-disadvantages-in-using-free-ssl-certificates).
Para uma loja normal o que necessita imperativamente de estar com certificado é a zona de pagamentos (que caso usem PayPal já está protegida por um certificado do PayPal), o restante site é obviamente útil ter SSL (especialmente porque já conta como fator SEO).
Nota: esta informação está incompleta e sugiro uma pesquisa mais aprofundada (por ex os forums do letsencrypt são uma boa fonte de informação atual e de confiança).
Obrigado pelos bons esclarecimentos que fez! vou explorar os forums do letsencrypt
No final da resposta à primeira pergunta tem lá um pequeno erro “(…) freelancers especializados a um preciso bastante acessível.”
Quis dizer preço não?
Obrigado Carlos pelo reparo.
Boa tarde, Francisco. Se usares CloudFlare não precisas comprar. O plano Free dá HTTPS sem custos.
Se quiseres comprar, pesquisa: Let’s Encrypt, NameCheap, SSLs.
Qualquer assunto, podem-me contactar através do me@tiagoalmeidanogueira.com ou da minha página em facebook.com/tiagoeanogueira .
Hey, obrigado pelas sugestões. Vou explorar isso. Cumps
O Let’s Encrypt é 100% gratuito, de facto é um projeto que tem como base a abertura dos certificados a todos os sites de forma a tornar a internet mais segura.
Relativamente ao CloudFlare, os certificados são mesmo gratuitos mas é preciso ter atenção que para encriptar a ligação ponto-a-ponto (recomendado para eCommerce) é necessário ter na mesma um certificado.
“Em nenhuma circunstância utilize o pagamento por transferência bancária (NIB/IBAN).”
Porque….
Esse pagamento não o protege, caso esteja perante uma situação com um vendedor menos honesto. Tem um comprovativo de transferência, mas não um comprovativo de pagamento de algo, pelo que para “reclamar” o seu dinheiro, caso algo corra mal será uma situação complicada. Claro que, caso pretenda, poderá usar. Esta é apenas a minha opinião. Pois terá bastante trabalho para reaver o seu dinheiro caso o vendedor ou a loja onde efetuou uma compra seja uma “burla”.
mas neste caso nós é que somos os vendedores
Na minha opinião se estamos a falar de confiança da parte do cliente face aos pagamentos, estes e em primeiro lugar deverão fazer uma busca pelo “Google” com o nome da loja/empresa e procurar até 3 páginas que são 30 links e ver se há “reports “ (a haver normalmente são negativos).
De seguida e não menos importante deverão ver se a loja é cuidada e profissional, se tem regras de utilização, quanto tempo de existência tem, se tem morada, telefone (não se perde nada em ligar).
Procurar também nas redes sociais da entidade e estudar as mesmas um pouco, ver se têm interacções, sejam positivas ou negativas e assim poder ajuizar com ponderação a loja.
Adicionalmente por norma uma loja fraudulenta não se dá ao trabalho em investir tempo e dinheiro, pois o intuito é conseguir enganar o maior número de pessoas no menor espaço de tempo possível para de seguida fechar e abrir outra loja recomeçando o processo.
Em relação ao PayPal existem dois tipos de contas, uma que não é verificada para recebimentos até 2500,00€ e outra que informa o cliente na hora de fazer o pagamento que o fornecedor (leia-se loja) é verificado pelo PayPal (recebimentos ilimitados). Assim também se atesta da credibilidade da empresa.
Multibanco e transferência bancária têm por ventura uma menor protecção ao cliente, no entanto e como são transacções electrónicas será sempre possível segui-las e dar seguimento a uma acção em tribunal, logo também são formas de pagamento seguras.
se for no Brasil, com franquia de uso de banda larga fixa 24hs online va i estourar a franquia e seu negocio acabou
Duvido que essas “franquias” irão existir para empresas de hosting, isso seria completamente estúpido e não faria sentido.
Em especial porque existem centenas de milhares de empresas de alojamento… a maioria tem tráfego limitado, mas anda na casa dos 4 ou 5 dígitos de GB’s, e sim alguns até têm tráfego ilimitado para débitos de velocidade inferiores.
A melhor maneira de abrir uma loja online eh com a Lightspeed, mais info em https://www.lightspeedhq.com/products/ecommerce/
temos alguns clientes com sites em PT, e se o mercado crescer facilmente entramos em PT…
é muito fácil criar uma loja com os métodos de pagamento mais usados.
Eu faço parte da equipa de desenvolvimento 🙂
Shopify é a melhor escolha.
O que propões é caro demais para quem quer se iniciar.
Desculpa mencionar, mas não é uma das mais em conta economicamente.
Porque é que o pplware.sapo.pt ainda não está disponível via IPv6?
Mas existem outras formas de pagamento mais baratas e seguras. Refiro-me a referências multibanco, payshop, mb way (apenas para pagamentos nacionais) e lusopay wallet (funciona em toda a união europeia), por exemplo. Todos estes tipos de pagamentos são irrevogáveis e muito mais baratos do que os cartões de crédito ou o paypal.
Mas se a loja online tiver um mercado internacional, deverá ter os cartões de crédito.
Antes de mais parabéns ao conteúdo e ao tema, pois quanto maior for a discussão do e-commerce, melhor será para os comerciantes e para os consumidores, todos saem a ganhar!!!
Para quem se quer iniciar numa loja online, deverá preferencialmente fazer um estudo de mercado a ver se compensa o investimento (tempo e dinheiro) para o imediato. Não esquecer que se o target for o mercado nacional, os Portugueses estão entre os cidadãos Europeus que menos compram online. De salientar ainda a faixa etária da área de negócio onde se vai operar, pois as pessoas mais idosas têm uma maior resistência às compras em linha…
O exemplo do passado diz-nos que as empresas investem no e-commerce com a espectativa de ser uma “galinha com ovos de bronze (no mínimo) ” e passado pouco tempo devido aos resultados menos conseguidos desinvestem, ficando as lojas online a gravitar entre conteúdos desactualizados, lojas semi inactivas e outras situações ainda piores…
Não vi ninguém a falar no problema das faturas (é preciso um software licenciado para serem passadas eu sei disso), há alguma forma de conseguir passar facturas online, isto é sem ter que as enviar junto com a encomenda?
Imaginemos que queria vender um produto apenas disponível online, como passaria/fornecia fatura ao cliente final sem ter que a estar a enviar pelo correio?
Usa o Projecto Colibri que é licenciado e tem uma versão gratuita: http://bit.ly/1Qpj5Ca
eu tenho uma loja online feita por mim em joomla e gostava de remodela-la para algo mais atual. conhecem alguma empresa que preste este tipo de serviço e que seja recomendável?
Jorge, pode contactar-me através de me@tiagoalmeidanogueira.com para falarmos sobre esse assunto. Além de que pode também contactar-me através do facebook.com/tiagoeanogueira para esse assunto. Obrigado
Só faltou justificar esta recomendação – Em nenhuma circunstância utilize o pagamento por transferência bancária (NIB/IBAN).
E dar alguns links …
De resto excelente artigo!
Obrigado, David!