Crianças a comportar-se mal online? ESET explica o que os pais podem fazer
Sempre existiu um fosso cultural entre pais e filhos, mas a era digital ampliou essa diferença. A ESET, o maior fornecedor europeu de cibersegurança, explica como os pais podem ajudar a orientar os filhos para um uso responsável da tecnologia.
Os nativos digitais não conhecem um mundo sem conetividade, enquanto os pais, muitas vezes "imigrantes digitais", tentam adaptar-se. Compreender e comunicar sobre comportamentos inadequados online é essencial para ensinar lições valiosas na era digital.
O que significa “comportar-se mal online”?
As crianças são naturalmente impulsivas devido ao desenvolvimento incompleto dos córtices frontal e pré-frontal do cérebro, responsáveis pelo controlo do comportamento. Embora a assunção de riscos seja essencial para o crescimento e o desenvolvimento da confiança, pode tornar-se perigosa quando leva a imprudências que afetam a saúde mental, física e financeira, tanto delas como de outros. De que tipo de coisas estamos a falar?
Partilha excessiva de dados pessoais
Os websites das redes sociais, os jogos online, as salas de conversação e outras plataformas estão repletos de informações pessoais das crianças. E os predadores e os ladrões de identidade estão preparados e prontos para as utilizar contra elas. O roubo de identidade é particularmente comum. As informações pessoais das crianças são particularmente procuradas porque a pessoa a que pertencem não tem uma má classificação de crédito, pelo que podem ser utilizadas em fraudes sintéticas sem soarem o alarme. Também é menos provável que as crianças saibam que as suas informações estão a ser utilizadas desta forma para abrir novas contas bancárias ou pedir cartões de crédito, por exemplo.
Falar com estranhos
A partilha excessiva de informações pessoais também pode atrair a atenção de predadores online, que muitas vezes se fazem passar por crianças para se aproximarem dos seus alvos. Em raras ocasiões, este tipo de abuso pode passar para o mundo físico. Isto acontece quando um predador persuade uma criança a enviar vídeos ou imagens explícitas de si própria. Quando estas estão na sua posse, o predador exige mais, ou possivelmente dinheiro – ameaçando divulgar as imagens se as suas exigências não forem satisfeitas. Mentir sobre a sua idade
Muitas crianças com um perfil nas redes sociais têm uma idade falsa. Fazem-no muitas vezes para se integrarem com os amigos e aliviarem o seu FOMO. O problema é que isso pode fazer com que os seus filhos sejam expostos a conteúdos nocivos e a publicidade inadequada para a idade. Se uma criança de oito anos criar uma conta como se fosse uma criança de 13 anos, quando tiver 13 anos poderá aceder a conteúdos para adultos.
Sexting
É nesta altura que a impulsividade dos adolescentes pode colocar os jovens em sérios problemas. Muitas imagens explícitas de menores foram partilhadas sem o seu consentimento.
Esta situação pode ter consequências legais indesejadas, uma vez que a partilha dessas imagens pode ser ilegal. Pode também abrir a porta à sextorsão e ao ciberbullying, com todo o sofrimento emocional que isso implica.
Ciberbullying
O bullying sempre foi comum entre as crianças – por muitas razões. A Internet simplesmente abriu mais oportunidades para que isso aconteça, com um maior número de colegas. Isto pode causar danos emocionais e físicos e perda de autoestima.
O advento dos deepfakes potenciados por IA só irá agravar estes desafios.
Hackear ou enganar outras pessoas
Por vezes, as crianças podem utilizar os seus conhecimentos técnicos para fins malignos, sem terem uma noção clara das consequências dos seus atos. Crianças de apenas nove anos foram apanhadas a lançar ataques DDoS.
Há uma longa lista de adolescentes considerados culpados de ciberataques por vezes graves, incluindo extorsão de dados e ransomware. Por vezes, a intenção nem sequer é ganhar dinheiro, mas simplesmente gabar-se a outros em grupos online, embora as autoridades possam não o ver dessa forma. Um registo criminal pode prejudicar a vida de um jovem durante muitos anos.
O que os pais podem fazer?
Para grande parte das situações acima referidas, o conselho é o mesmo. Como encarregado de educação, precisa de:
- Definir regras básicas claras;
- Dar o exemplo com os seus próprios hábitos digitais (ou seja, evitar a partilha excessiva e comportamentos de risco online);
- Utilizar o controlo parental sempre que necessário para monitorizar a utilização e bloquear o acesso a conteúdos inadequados. Todos os planos do ESET HOME Security incluem funcionalidades abrangentes de controlo parental;
- Falar francamente sobre os perigos de comportamentos inadequados (sexting, partilha excessiva, ciberbullying, etc.) e sobre a importância da segurança online e do respeito pelos outros
Deve também considerar o seguinte:
- Configurar as contas online dos seus filhos e escolher contas adequadas à sua idade (para reduzir o risco de mentirem sobre a sua idade);
- Inscrever os seus filhos num serviço de proteção de identidade, que monitoriza a dark web em busca de sinais das suas informações pessoais (para atenuar o impacto da partilha excessiva);
- Assegurar que as definições de privacidade dos seus filhos limitam quem pode ver a sua conta (para reduzir a exposição a predadores e burlões);
- Partilhar pormenores sobre as formas como o seu filho pode exercitar as suas capacidades de informática de forma positiva, através de cursos públicos ou privados (se estiver preocupado que ele possa estar a hackear ilegalmente);
- Descarregar software de segurança de um fornecedor respeitável para os seus dispositivos, como um dos planos do ESET HOME Security;
- Assegurar que só descarregam aplicações de lojas oficiais.
Ricardo Neves, Marketing Manager da ESET Portugal, conclui: “Acima de tudo, manter uma comunicação aberta com os seus filhos é essencial. A segurança online não se resume a impor regras, mas sim a orientá-los para que compreendam os riscos e tomem decisões informadas. A tecnologia de monitorização e proteção desempenha um papel fundamental nesse processo, oferecendo ferramentas que ajudam a criar um ambiente digital mais seguro e equilibrado.”
Sao miudos a brincar, no meu tempo também faziamos umas maldades como atar os nerds a um poste e dar lhes uns carolos ou tirar khes os oculos. Mesmo agora na empresa gozamos com os carecas e gordos…claro tudo no ambito da amizade. Ninguem leva a mal
UM anormal a vomitar estupidez…normal…sempre houve e sempre haverá infelizmente
Uns castigos leves aplicados no início da brincadeira fazem milagres..