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Zuckerberg ataca a Apple: “não inventaram nada importante nos últimos 20 anos”

Numa manobra de diversão, após a Meta relaxar as políticas de verificação na sua rede social, Mark Zuckerberg ataca o seu concorrente tecnológico. O homem que foi pedir desculpas a Trump, vem agora dizer que a Apple vive à sombra do iPhone!


Zuckerberg é acusado de ser um “fantoche”

Numa polémica entrevista de três horas com Joe Rogan, Mark Zuckerberg aproveitou para criticar a Apple, enquanto a Meta implementa um novo sistema de moderação sem verificadores. A crítica surge exatamente no momento em que Trump celebra as mudanças no Facebook, alegando que estas são uma resposta às suas ameaças contra a plataforma. Nas redes sociais, há quem acuse Zuckerberg de ser um “fantoche” por estas decisões.

De acordo com o que foi publicado pelo The Verge, o protocolo exclusivo de ligação rápida para os AirPods exemplifica o problema. Zuckerberg afirma que a Apple bloqueia deliberadamente a sincronização fácil de outros dispositivos, como os óculos Ray-Ban da Meta, no iOS, prejudicando assim a inovação no setor.

CEO da Meta quer esconder as mudanças na moderação de conteúdos

Os ataques à Apple surgem num momento crucial para a Meta, coincidindo com o fim do programa de fact-checking que mantinha com meios como a Reuters e o USA Today. A empresa decidiu implementar novas políticas de “liberdade de expressão”, que têm gerado polémica entre utilizadores e especialistas. Esta mudança representa uma alteração significativa na estratégia de moderação de conteúdos da plataforma, que até agora colaborava com verificadores externos para combater a desinformação.

A decisão não passou despercebida entre os utilizadores das redes sociais da Meta. Nos últimos dias, as pesquisas sobre como apagar contas no Facebook e Instagram dispararam, refletindo uma crescente preocupação com o futuro destas plataformas.

O abandono do sistema de verificação e o possível aumento da desinformação levaram muitos a considerar abandonar definitivamente os serviços.

Contradições nas declarações de Zuckerberg sobre pressões governamentais

Uma análise mais detalhada das declarações de Zuckerberg revela inconsistências importantes sobre as alegadas pressões governamentais. O CEO omitiu mencionar que comunicações internas, entretanto divulgadas, demonstram anos de pressão por parte de congressistas republicanos sobre a Meta. Documentos revelados pelo representante Jim Jordan mostram que a empresa esteve sob forte pressão política do Partido Republicano, um detalhe que Zuckerberg convenientemente deixou de fora durante a conversa com Rogan.

Na conversa com o popular podcaster, Zuckerberg aprofundou as queixas contra a Apple, destacando como a comissão de 30% na App Store e as restrições de privacidade no Safari têm sido um duro golpe para as receitas publicitárias da Meta.

Segundo cálculos aproximados partilhados por Zuckerberg, a sua empresa poderia duplicar os lucros se não tivesse de se adaptar às restritivas políticas da Apple. As medidas antisseguimento implementadas no Safari terão custado às redes sociais cerca de 10 mil milhões de dólares, sendo a Meta a mais prejudicada.

A visão de Zuckerberg sobre o futuro da tecnologia

Entre críticas, o líder da Meta aproveitou para partilhar a sua visão sobre o futuro da tecnologia. Descreveu um cenário onde sensores neurais no pulso permitirão controlar óculos de realidade aumentada, transformando radicalmente a interação com o ambiente. Esta tecnologia, em desenvolvimento pela Meta, promete integrar elementos virtuais no mundo físico, permitindo interações com hologramas e objetos digitais sobrepostos à realidade.

Entretanto, a pressão regulatória sobre a Apple continua a intensificar-se, especialmente na União Europeia, onde novas normas estão a forçar alterações significativas nas suas políticas tradicionalmente fechadas.

A empresa enfrenta também um processo judicial do Departamento de Justiça dos EUA por práticas monopolistas no mercado de dispositivos móveis, o que poderá obrigar a Apple a realizar mudanças substanciais no seu modelo de negócio. Esta situação poderá beneficiar concorrentes como a Meta, que há anos criticam as restrições impostas pelo ecossistema iOS.

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