Zero apresenta queixa à ANAC por excesso de voos nocturnos
A ZERO constatou, através do número de movimentos no Aeroporto de Lisboa registados no site da ANA – Aeroportos de Portugal S. A. (partidas e chegadas), em conjugação com o site Flightradar24.com e a observação direta em alguns dias que, num total de dez dias entre 5 e 14 de julho, em sete foi ultrapassado o número máximo permitido de movimentos aéreos diários.
Nesse sentido, a Zero apresentou uma queixa à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).
Foi no âmbito da campanha “dÉCIbEIS a MAIS, O INFERNO DOS CÉUS”, que tinha como objetivo “alertar e sensibilizar para o impacto do ruído dos aviões sobre a cidade de Lisboa”, a Associação Zero procedeu à monitorização do número de movimentos aéreos (aterragens e descolagens) noturnos, concluindo que, em dez dias, sete estiveram acima do máximo diário estipulado e que o total semanal mais do que duplicava o máximo legal.
De acordo com legislação do ruído publicada no ano de 2000, no período entre a meia-noite e as 6 da manhã, não seria suposto ocorrer qualquer movimento aéreo no Aeroporto de Lisboa. Foi no entanto criado, em 2004, um regime de exceção que permite neste período noturno um máximo de 91 movimentos por semana e 26 por dia.
No que se refere aos números semanais, a Zero considera “escandaloso” o total, “na medida em que o valor médio de quatro períodos de sete dias é de 184 voos, mais do dobro dos 91 previstos na legislação, atingindo em dois casos 118 voos”.
Dados revelados pela Associação Zero
Os dados apresentados dão fortes indicações que o regime de exceção em vigor no Aeroporto de Lisboa não está a ser respeitado, e nesse contexto enviou um pedido de investigação e de atuação em conformidade à Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), com conhecimento à Inspeção-Geral do Ambiente e à Agência Portuguesa do Ambiente
A Zero refere ainda que, ao contrário de outros países onde o período de encerramento do aeroporto apenas salvaguarda movimentos de emergência, no caso de Lisboa, direta ou indiretamente, ocorrem voos a qualquer hora da noite que poderão ser facilmente justificados.
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Por falar em aviões estive no Campo Grande em Lisboa e os aviões voavam muito baixo. Deviam proibir isso. Até dava algum medo vê-los tão perto dos prédios.
Pedro, com tantas restrições que se querem impor, o melhor mesmo era proibir os aviões e pronto.
Quando foi construído o aeroporto não havia nada á volta, agora é só construir ao pé do aeroporto, as pessoas pagam mais para viver aí, o bairro da encarnação foi construído com intuito de albergar os trabalhadores porque era impossível vir da cidade para o aeroporto todos os dia e ás horas que tinham de trabalhar (24 horas de operação) agora é uma das zonas mais caras.
Caramba já lá estava o aeroporto, já havia aviões porque raio foram morar nas zonas adjacentes???
O melhor, como alguns defendem, é construir o aeroporto fora de Lisboa e voltar a ter o mesmo problema em 15 anos, mas quem vem de trás que feche a porta.
E já agora, será que todos os portugueses estão dispostos a custear o novo aeroporto e os acessos, e os novos transportes?A malta do Porto não se queixa do aeroporto, porque tem eles de pagar pelo o aeroporto de Lisboa?
E quem vive fora da cidade por opção, dá-lhe igual o barulho!!!
Viver junto ao aeroporto foi uma decisão dos que lá estão, nenhum chegou antes do aeroporto ou do tráfego aéreo.
Concordo.
E quem é que pagou o aeroporto do Porto?
Estava tudo a ir tão bem até ao “A malta do Porto não se queixa do aeroporto, porque tem eles de pagar pelo o aeroporto de Lisboa?”. Não vamos começar com regionalismos, porque se assim for os de Lisboa também podem dizer que são os que pagam mais impostos e que não querem pagar as estradas no Minho. Somos um país que tem de funcionar como um todo. Pelo menos devia ser para aí que devíamos estar a caminhar, se estamos já é outra questão.
Os Lisboetas pagam mais impostos e têm salário médio superior ao salário médio de Portugal! Queriam pagar menos impostos por isso? Não deveria isso ser igual também?
Não é regionalismo, uma coisa é pagar por um aeroporto ou estrada que beneficia a todos, outra é pagar para mover um aeroporto de local que vai apenas beneficiar quem tem casas onde não deveriam existir, esses ficam com mais silencio, valorizam as casas, tem ganhos directos, todos os outros pagam e só ficam com prejuízo, aeroporto mais longe da cidade, mais tempo em conexão com o aeroporto, e os que já vivem na área vão ter mais ruído, e esses sim tem direito a reclamar porque já lá estavam antes do aeroporto
Ora nem mais PAULO L, concordo consigo 🙂 O mesmo acontece aqui em MATOSINHOS no Norte do Pais, onde junto à PETROGAL nao existia nada. Agora fazem apartamentos com preços mais “acessiveis”, por ser perto do mar e tal mas tem a petrogal, que o desvaloriza……..o que esta a acontecer agora? adivinhou…os moradores estão chateados pelo barulho e “sujidade” da PETROGAL 😉 querem a remoçao da mesma. Não pensaram nisso quando foram para la morar, com edificios mais baratos por esta condicionante. Agora querem manda-los “Embora” para valorizarem a sua casa.
A Vida é assim…. existe sempre alguém do Contra não fosse Portugal. Funciona desta maneira 😉 uma pessoa diz que vai fazer algo…. depois vem os Críticos por isso para essas pessoas é o seguinte no que toca a esta notícia deviam ir consultar fotografias na altura/época em que construiram o Aeroporto.
Amigos, não se trata de Lisboa, Porto ou Faro. Trata-se de uma falta de consideração pelas pessoas em detrimento do dinheiro, só isso!
A questão não é o Aeroporto estar onde está, tem haver com o horário.
Na maioria dos outros países Europeus e na Suiça, é proibida a circulação no período nocturno, bem como ainda de alguns modelos de aeronaves (pelo ruído que produzem).
Aqui tudo se aceita e as leis não são para se cumprir!
A malta está a levantar bons pontos mas estão a esquecer-se duma coisa: Eles estão em violação do regime de exceção.
O regime de excepção é uma fantochada para resolver um problema que não devia de existir.
É um pouco como o casamento, um contrato para resolver problemas familiares que não existiria se não fosses casado. 🙂