Zaporizhia: Alerta para risco de pulverização de substâncias radioativas
Com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia no seu 185º dia, o destaque continua na Central nuclear da Ucrânia (em Zaporizhia). Segundo informações recentes, o operador público ucraniano Energoatom revelou que existe um risco de "pulverização de substâncias radioativas" na central nuclear ucraniana de Zaporizhia, ocupada pelas tropas russas.
De acordo com a Energoatom, as tropas russas "bombardearam vários reservatórios no último dia" da Central Nuclear de Zaporizhia.
Zaporizhia: A central nuclear que tem 6 reatores
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A preocupação mais recente está na Central nuclear de Zaporizhia para a qual existe um alerta para risco de pulverização de substâncias radioativas.
De acordo com o operador ucraniano, "A infraestrutura da central foi danificada e existem riscos de fuga de hidrogénio e de pulverização de substâncias radioativas", anunciou a agência no Telegram, acrescentando haver "um risco elevado de incêndio".
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
Na guerra, a ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.
Os militares russos controlam a central nuclear de Zaporizhia desde os primeiros dias da sua intervenção militar na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro. Esta central tem seis reatores com uma capacidade total de 6.000 megawatts.
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Este artigo tem mais de um ano
Fui militar nos anos 70 do século passado.
Há uma coisa que ainda não percebi, como e porquê é que uma unidade militar se auto bombardeia?
Algo está mal contado…
Ainda bem que referiste que foi “do século passado”. Estava na dúvida se teria sido neste.
Arte da guerra. Russia.
Os bombardeamentos não têm sido à central (nem aos militares russos que ocupam a central).
Têm afetado infra-estruturas como linhas de alta tensão e locais de armazenamento.
Os reatores nucleares são extremamente difíceis de desligar. Não é – carrega-se um botão e desliga e liga-se na manhã seguinte. E a eletricidade produzida tem que ser escoada – com estes acontecimentos o fornecimento de energia elétrica esteve parada durante 3 horas. Isto é tudo um perigo imenso.
Agora, quanto a quem bombardeia e porquê, não é fácil lá chegar.
A energia elétrica produzida por esta central abastece a rede elétrica da Ucrânia – os russos não a conseguiram ligar à rede russa.
Agora, foram os ucranianos que fizeram estes bombardeamentos quando precisam da eletricidade das central e pode haver uma catástrofe nuclear?
Foram os russos, porque se houver uma catástrofe nuclear afeta é os ucranianos?
A situação está muito perigosa.
Quanto à guerra, ao fim de 6 meses de invasão, está num impasse.
António Lopes,
Acho que qualquer pessoa com 2 dedos de testa chega á conclusão que não são os Russos que estão a bombardear a central…que eles próprios ocupam..
No entanto um destes dias passados os Russos descobriram 1 ucraniano que trabalhava na central e passava coordenadas para os ucranianos atacarem a central, esse foi preso..
O que interessa saber isto? Não podemos fazer nada. Só enerva.