Unroll.me andou a vender dados dos seus utilizadores à Uber
Os dados dos utilizadores são, hoje em dia, um dos bens mais valiosos da Internet. Todas as empresas procuram preservar essa privacidade, mas muitas vezes não é isso que acontece, sendo já muitos os casos conhecidos.
Misturado com o recente caso da Uber e da Apple, surgiu agora a certeza de que a Unroll.me estava a vender os dados dos seus utilizadores à empresa de transportes.
Foi o jornal New York Times que revelou vários dos métodos usados pela Uber para conseguir ter acesso a informações privilegiadas e que lhe dava vantagem sobre a concorrência. Para além de usar a sua app iOS para recolher esses dados, aparentemente usou também dados comprados à Unroll.me.
A venda dos dados da Unroll.me à Uber
Para além da suspeita de, alegadamente, rastrear os utilizadores no iOS, o jornal revelou também que era prática comum na Uber a compra de informações privadas da Unroll.me para seguir os utilizadores dos serviços concorrentes. Com essa informação, a Uber conseguia saber o estado dessas empresas e também dos seus utilizadores.
A revelação desta informação não foi bem-recebida pelos utilizadores do serviço Unroll.me, que rapidamente manifestaram o seu desagrado e a sua revolta nas redes sociais.
Uma prática normal na Unroll.me
O Unroll.me é um serviço que funciona de uma forma muito simples e cujo objetivo principal é ajudar o utilizador a manter a sua caixa de correio organizada e livre de e-mails indesejados.
Apesar da maioria não saber, a Unroll.me recolhe informação variada sobre essas mesmas caixas de correio, anonimizando-a e vendendo-a depois a empresas.
Muitos podem não considerar correta esta prática, mas a Unroll.me, que é pertença da Slice Intelligence, tem esta sua prática definida nas condições de utilização e na política de privacidade, o que a iliba totalmente de qualquer processo ou queixa.
O pedido de desculpas da Unroll.me
O peso deste caso está a ser grande para a Unroll.me, tendo o seu CEO, Jojo Hedaya, vindo a público pedir desculpa e mostrando-se triste por ver que os utilizadores do seu serviço estão aborrecidos ao saberem desta situação.
A Unroll.me não é a única empresa a fazer este tipo de análise e recolha de dados, mas a sua posição, vendendo a informação, é única e não é bem-recebida pelos utilizadores, que confiavam no serviço e lhe davam acesso incondicional aos dados.
Tudo deverá ficar na mesma, mas agora os utilizadores do Unroll.me estão cientes das suas práticas e podem decidir se querem ou não continuar a usar o serviço nestas condições.
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De facto, foi isso que verifiquei logo, a política de privacidade. E lá está:
“We also collect non-personal information − data in a form that does not permit direct association with any specific individual. We may collect, use, transfer, sell, and disclose non-personal information for any purpose.”
Um problema é que eles não dão muitas pistas sobre o que é que eles consideram informação não pessoal e como asseguram que fica anonimizado, sendo que se tratam de emails.
Carece de interpretação, só com meios legais, há de se saber o que são.
Meus amigos, não há almoços gratis…
Muita gente não sabe (ou interessa) como é que o facebook faz dinheiro…
E teres a possibilidade de partilhar momentos com milhoes de pessoas, encontrar eventos e grupos mais facilmente que as paginas amarelas, chat com chamada e videochamada , agregar noticias jogos onlines e mto mais que o facebok te permite fazer? Tens isso gratuitamente logo merecem bem o dinheiro dos dados vendidos…quem n gosta n use
Mas nada disso implica que a forma de ganhar dinheiro com publicidade seja vendendo dados das pessoas. Durante décadas as pessoas tiveram acesso a serviços e conteúdos em vários formatos, subsidiados por publicidade, sem que para isso andassem a vender dados das pessoas.
E quanto disso que descreves, é essencial ?
E noticias falsas, estupros, assassínios em directo, raptos, assedio, violações…..queres mais ? Vai ao facebook.
Mas como eu nao gosto…nao uso. Quer dizer que tu e os demais que usam, GOSTAM \ CONCORDAM, com tudo o que descrevo, seja violações há lei ? Continua vais no bom caminho.
E muitas apps são feitas sem qualquer propósito interessante para ou da mesma, a não ser criar bases de utilizadores, para mais tarde acontecer o que aqui acontece.
Para ganhar um balde de plástico, registe-se com a sua conta de facebookas ou e-mail..POIS…
Não precisam ir assim tão longe! Cá também se fazem negócios destes! Sou assinante da Nós e tenho um telefone fixo que veio com o pacote. Nunca o uso, está ali a ganhar pó. E no entanto já recebi 3 chamadas da Barkleys a perguntar pelo meu nome e a querer vender não sei o que. Como raio esta gente tem um número que nem os meus pais tem? A única conclusão que chego é que a Nós vende dados ( ou oferece ) á Barkleys!
oferece ??? a MOS ???
Trabalhei em tempos numa empresa, que como as demais, era obrigada a destruir, passados 5 anos (salvo erro) as copias das facturas e demais documentação onde constavam dados dos clientes. DESTRUIR, mesmo, nao era mandar para o contentor do lixo.
A lei foi alterada ou tem as costas largas ?
Ou como penso, cada qual interpreta ou faz a lei a sua medida ?
Claro que por cá fazem o mesmo, um user falou na NOS, eu suspeito da MEO, e segundo sei a Associação nacional de farmácias foi um dos últimos a vir a baila.
Pudera, num pais em que apesar de estarmos a comemorar, uma suposta “liberdade”, nao podemos dispor do nosso próprio corpo (eutanásia proibida), porque raio deveríamos dispor de TOTAL anonimato dos nosso dados pessoais ?
Talvez a “liberdade”, o nao seja, ou nao seja esta tao perfeita assim.