Universidade do Minho: Ferramentas Respondus violam RGPD
O Respondus, um software usado na avaliação de universitários do Minho que guarda sons e imagens esteve a ser “investigado” pela Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD).
De acordo com o que foi revelado recentemente, a CNPD concluiu que a ferramenta é suscetível de violar o RGPD.
Na Deliberação/2021/662, a CNPD analisou duas aplicações destinadas à vigilância remota dos alunos durante as provas de avaliação, a 'Lockdown Browser' e a 'Respondus Monitor', na sequência de uma queixa sobre a utilização prevista deste software para a época de exames que está prestes a começar.
De acordo com a análise que foi feita, a CNPD considerou que...
Durante uma sessão de exame é tratada automaticamente uma grande variedade de dados pessoais, a partir da gravação permanente do aluno através da webcam, incluindo a possibilidade de gravar som, sendo usadas de técnicas de análise de vídeo conjugadas com padrões biométricos que permitem monitorizar o comportamento do aluno, com base na deteção facial e nos seus movimentos, bem como nas suas interações com o computador através dos movimentos do teclado e do rato, medições de tempos de resposta a cada pergunta, etc.
Os estudantes são obrigados a descarregar estas aplicações para a realização de exames, estando igualmente previsto que a empresa Respondus, Inc, recolha amostras das gravações de áudio/vídeo para os seus próprios fins, sem que seja obtido o consentimento dos alunos.
Os dados pessoais são alojados nos EUA em servidores da Amazon.
Eliminação dos dados pessoais recolhidos pelo Respondus
De acordo com a deliberação, a Universidade do Minho, que o usou o software, fica advertida e deve ordenar a eliminação dos dados pessoais recolhidos.
A CNPD ordena ainda que a Universidade solicite à empresa do "Respondus" que apague "todos os dados pessoais que eventualmente tenha recolhido, caso alguns estudantes já tenham instalado as aplicações, devendo lavrar o devido auto de destruição de dados e remetê-lo ao responsável pelo tratamento".
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Este artigo tem mais de um ano
Coitadinhos dos meninos… É melhor estar a cometer fraude … Assim já ficam “limados” para um futuro propero na corrupção.
Quem não deve não teme. É melhor estar em linha com o explicador!!!
Se amputares as mãos a todas as pessoas os crimes também diminuem exponencialmente. Para detetar eventuais fraude snão se pode fazer de conta que as leis não existem. Se devem ser controlados? Devem, mas não vamos ultrapassar os limites.
Ainda mais com o atual reitor da Universidade do Minho que é um autêntico narcisista e que se está nas tintas para os alunos. Muita gente não tem a mínima noção do que tornaram as universidades durante a pandemia, e em especial esta. Desde o reitor aos professores, parecem não ter o mínimo de escrúpulos. Se a TVI e a SIC se importasse esta universidade ainda havia de dar uma boas notícias e uns despedimentos.
P.S.: Ser uma tia a dizer “Quem não deve não teme” é uma coisa, ser uma pessoa que sabe sequer usar minimamente a internet é outra. Numa democracia esta é uma frase que deveria causar calafrios a qualquer um, mas tudo bem. Podes não dever nada e mesmo assim temer e muito.
querias copiar durante os exames era?
Certos alunos podiam eventualmente violar as regras, logo a universidade violou primeiro a regras para garantir que nenhum aluno violava as regras.
Já percebeste?
Não, nunca precisei de copiar para entrar na universidade nem para passar às cadeiras, percebo é mimados à distância que não conseguem suportar o “Não concordo contigo”. Estamos em uma estado de direito, aprende primeiro o que é isto antes de apanhares vergonhas. É ilegal e ponto. Devias ficar feliz quando ainda há instituições que defendem os direitos fundamentais que cada vez estão mais melindrados. Se eu acho que deviam castigar quem copiasse? Claro, mas têm de provar de uma forma legal sem infringir nenhuma lei.
https://www.wook.pt/livro/1984-george-orwell/192908
Recomendo vivamente.
Ou https://www.wook.pt/livro/admiravel-mundo-novo-aldous-huxley/15294750
“O preço da liberdade, e até da simples humanidade, é a vigilância eterna.”
E em democracia, é sempre preferível soltar um “culpado”, que condenar um “inocente”.
Nunca se sabe em que mãos caem os dados e como podem ser usados. Mas se o Alvim não tiver nada a “esconder” que faça da sua casa e vida, um big brother online…
Essa do quem não deve não teme é pura falácia e normalmente uma expressão usada por quem tem “esqueletos no armário”. Se viola o princípio do RGPD e a própria universidade já o sabia, deveria ter encontrado outra solução para a realização dos exames, presencialmente e dias dispares, alteração de épocas, etc etc. Claro que também não se pode pedir aos coitadinhos dos professores que façam mais horas para exames, coitados, quando muitas das aulas online foram assincronas e os professores estiveram em casa a coçar os tomates. Depois vão pedir às universidades para comprarem computadores e pagar a net dos professores.
Sejam práticos e procurem soluções exequíveis, por isso mesmo ganham fortunas à hora.