The Spectrum: a nostalgia está de volta já em novembro
Chama-se The Spectrum e promete ser uma celebração do extraordinário ZX Spectrum, o primeiro computador de muita, muita gente. Chega ao mercado perto do Natal e já traz 48 jogos icónicos pré-instalados.
ZX Spectrum é lembrado como um símbolo de inovação
A Retro Games, conhecida pelos seus projetos de revitalização de clássicos da informática, anunciou o lançamento do The Spectrum, um novo dispositivo que promete trazer de volta a nostalgia do ZX Spectrum, um dos computadores domésticos mais icónicos dos anos 80 e que até tem um museu em Portugal.
Com lançamento previsto para 22 novembro, este dispositivo destina-se tanto a fãs de retro gaming como a novos entusiastas que desejam experimentar o charme dos videojogos clássicos.
O projeto é uma recriação moderna do ZX Spectrum, desenhada para capturar a essência do original, mas com melhorias significativas para se adaptar às tecnologias atuais. Mantendo o design característico, com o teclado em borracha, este novo dispositivo inclui saídas HDMI para ligação a televisores modernos e portas USB, facilitando a conectividade com periféricos atuais.
A Retro Games foi meticulosa na recriação da experiência autêntica do ZX Spectrum. O The Spectrum vem pré-carregado com 48 jogos, incluindo títulos lendários como Manic Miner, Jet Set Willy e "Chuckie Egg". Além disso, o dispositivo oferece a possibilidade de carregar novos jogos via USB, ampliando as possibilidades de entretenimento.
A interface de utilizador foi redesenhada para ser intuitiva, permitindo que tanto os veteranos como os recém-chegados possam navegar facilmente pelo catálogo de jogos. Uma novidade interessante é a inclusão de modos de exibição que simulam a aparência dos antigos ecrãs CRT, adicionando uma camada extra de autenticidade visual.
O The Spectrum já está a gerar grande entusiasmo na comunidade de retro gaming e as pré-encomendas revelam uma procura elevada. Espera-se, por isso, que o dispositivo seja um sucesso de vendas, especialmente na época natalícia.
ZX Spectrum: breve história de um ícone
O ZX Spectrum, lançado em 23 de abril de 1982 pela Sinclair Research, é um dos microcomputadores mais emblemáticos da história da informática.
Criado por Sir Clive Sinclair, é amplamente reconhecido por ter popularizado a computação doméstica um pouco por todo o mundo.
Foi concebido como um sucessor do ZX81, outro computador de sucesso da Sinclair. O objetivo era criar uma máquina acessível que permitisse ao público em geral explorar o mundo da informática.
Equipado com um processador Zilog Z80A de 3,5 MHz, e disponível em versões com 16 KB ou 48 KB de memória RAM, o ZX Spectrum destacava-se pelo seu baixo custo e pela capacidade de exibir gráficos a cores, algo raro na época.
A caraterística mais icónica do ZX Spectrum era o seu teclado em borracha, compacto e com um layout incomum, que continha comandos BASIC pré-programados para facilitar a programação.
O uso de uma cassete para armazenar e carregar programas era outra inovação que permitia aos utilizadores gravar os seus próprios jogos e aplicações, tornando o ZX Spectrum numa plataforma muito versátil.
Ascensão e queda
O ZX Spectrum rapidamente se tornou num fenómeno cultural, especialmente entre os jovens. A sua acessibilidade e a vasta biblioteca de jogos ajudaram a criar uma geração de programadores autodidatas, muitos dos quais seguiram carreiras na indústria dos videojogos e da tecnologia.
No Reino Unido, o ZX Spectrum vendeu mais de 5 milhões de unidades, e em Portugal, tal como noutros países, teve uma influência duradoura, com muitas escolas e instituições de ensino a adotá-lo como ferramenta educativa.
No entanto, mesmo com o estrondoso sucesso do seu computador, prejuízos acumulados e projetos pouco conseguidos (como o C5, um pequeno carro movido a eletricidade), obrigaram Sir Clive Sinclair a vender a linha de computadores ZX Spectrum à Amstrad, que ainda lançou vários modelos do 128k.
Apesar de a produção ter cessado definitivamente em 1992, o ZX Spectrum deixou um legado indelével. O seu impacto vai além da nostalgia. Foi uma força motriz na democratização da informática.
Hoje, o ZX Spectrum é lembrado como um símbolo de inovação, educação e criatividade, e continua a ser celebrado por colecionadores e entusiastas em todo o mundo.
Que saudades!
Bons tempos de miúdo.
+1
Boas memórias na 48k e depois na 128k e muitas horas a afinar o leitor de k7 🙂
Mesmo! Lembro-me de usar uma chave de fendas para afinar o 128k..mas acho que não sabia bem o que fazia 😀
Sem o leitor de cassetes e a chave para afinar a cabeça não tem piada.
O meu ainda funciona.
Dei com ele a uns tempos guardado no sotão, liguei-o e funcionou aa fim de qause 30 anos parado.
Tinha a fita de menbrana do teclado partida mas encontrei online um tipo que as fabricava, além de outras peças para o ZX spectrum.
Hoje está como novo!
Ainda tenho o meu ZX Spectrum dentro da caixa de esferovite original, o leitor de k7’s à parte e muitas k7’s com jogos, hehehe. Fui dar com eles na arrumação da arrecadação O tempo que perdíamos para que o jogo entrasse… Aquele barulhinho do jogo a carregar e as riscas no ecrã da tv, quando chegava quase ao fim de carregar o jogo, nós a pensarmos que íamos jogar e pimba, dava erro porque o som ou estava baixo ou alto, tinhamos que acertar no meio termo. Muita paciência na altura para jogarmos um jogo. Saudades.
K7 com o Paradise Cafe?
Na altura progamava com um livro que acompanhava o ZX Seectrum, VBasic para fazer programas do tipo:
10 …
20 ….
30 end
RUN
Eu tenho o meu 128K pendurado na parede na sala de jogos, ali a meter respeito à ps5 a dizer-lhe que já divertia o seu amigo à 39 anos!
Hoje com 53, continuo a jogar, tudo fruto do zx spectrum!
Recordo-me perfeitamente de ser muito mais avançado que o 48k. O som já saía pela televisão, tinha já um som diferente, mais avançado e… os jogos carregavam de uma virada. Sobretudo aqueles que tinham níveis.
Estilo Target Renegade! Alguém se lembra disto e do Xevious, o velhinho chuckie egg, saboteur!
O que isto evoluiu! Hoje temos consolas com uma capacidade de processamento medonha, realidade virtual, jogo online. O que será daqui a outros 39 anos? Terei 92 nessa altura se cá estiver, e a continuar a jogar se as mãos não falharem! 🙂
e com isto lembrei-me dos comandos POKE. (para termos vidas infinitas)
Até me veio uma lagriminha ao olho…
Tantas horas de diversão numa época onde a tecnologia era isto e pouco mais.
Saudades desta pequena máquina, ainda tenho o meu mas já não deve funcionar, certamente.
Lgtb friendly?
LEDLGHDTV+ talvez, desde que programem as scanlines a aparecer no aparelho.
Hamm?
O ZX Spectrum que me recorde sempre teve uma marca colorida na parte da frente, não tem nada a haver com questões LGBT…
Não, LGBT ainda não tinha sido inventado
Ainda havia homens e mulheres na altura….
Só podes estar a falar do jogo café Paradise e do infame Arnaldo 🙂
Arnaldo?!?!?! Qual Arnaldo, pá?!?!?!?
REINALDO!!!!
Tá-se mesmo a ver que ficaste sem dinheiro “demasiadas” vezes!!!
ahahahahah
hahahahahah tou velho
Aguenta! Vamos todos para o mesmo lado!!!
ahahahaha
venha a nova máquina, hoje vou dormir melhor.
+ 1
… e os jogos ocupavam só alguns kbs… tanto quanto um documento do Word com uma página em branco!!!
Se escolhermos os 100 melhores jogos, talvez não ocupem mais do que 4 MB… impressionante.
Eh eh eh…
E os POKE-s USR, para termos vidas infinitas?
Deixo um link
https://ZXspectrum.retrobox.org
longe vai o tempo do load”” e da programação em Sinclair BASIC e claro do célebre
R tape loading error 0,1
melhores tempos…
Eu era mais Commodore 64 e AMIGA.
Recomendo a visita ao museu em Cantanhede.
Amiga já era um pc a sério!
Já lá estive e de facto fiquei emocio nado ao ver tanta coisa de outros tempos…
Recomendo uma passagem por lá!
A ver por esta nostalgia toda significa que estamos todos idosos ehehe…
É sempre bom recordar estes tempos…
Alguém se lembra das 2 páginas sobre jogos Spectrum que vinham na revista do Correio da Manhã ao Domingo? Era o ponto de encontro dos jogadores tugas!
Do Correio da Manhã ao Domingo (Correio de Domingo)?!?!
Desse as únicas páginas de que me lembro era das páginas centrais ahahahahahahah
1º – load “”
2º – ir brincar enquanto o jogo carregava
3º – voltar e o jogo ficar com erro…
4º – limpar cabeça do leitor de K7 e recomeçar…
velhos tempos estes.. ahaahahah
Aquele tempo de espera pelos jogos ajudava a formar o carácter, adiando a a recompensa e a lidar com a frustração quando não entrava. Agora, se algo demora mais de cinco segundos, já é um trauma.
Um excelente ponto de vista!!!
Muito… psico-filosófico!!!
A partir de hoje vou começar a recomendar Spectrum’s a todos os que me parecerem terem falta de carácter (não sei se, mesmo na altura da Sinclair, haveria produção que chegasse ahahhaah)
Então é melhor levar umas boas centenas dentro do carro, para ir distribuindo no trânsito 🙂
UI… para essa situação não chega de certeza!!!
Dava tempo para mandar umas bufas num pedaço de erva cidreira enquanto olhávamos para umas linhas coloridas maradas e ouvíamos uns estalidos. E às vezes reparava-se que afinal nem sequer tínhamos feito play no leito de K7 😀
E comprar o jornal A Capital à sexta-feira para ficar com a página do Pokes & Dicas e deitar o resto fora?
“Fita cassete” não é uma designação que usemos. “Cassette tape” traduz apenas por cassete
Usa-se “Fita cassete”
tanta “linguística”…
Em termos de Spectrum’s usa-se qualquer termo desde que o jogo entre!!!
“E mai nada”!!! ehehe
😀 mesmo! Fita cassete, cassete, cassete de fita, outros usavam os cartuchos…
…as microdrives…
e posteriormente surgiu, inclusive, um método mais à-lá-NES em que se ligava a rom à porta de Joystick – ou seria à porta de expansão ou era à RS232… já me falha a memória… – fazia-se Reset (nos que já tinham botão de reset) e o jogo simplesmente carregava “instantaneamente”…
esta era, porém, uma tech demasiado cara (especialmente para quem estava habituado ao preço das K7 ou mesmo ao preço das piratear eheheh) e acabou muito pouco falada.
Honestamente… que saudades que tenho desses tempos mais “simples”.
A informática tinha “magia” nesses tempos… 😀
Eu nunca tive um Spectrum, tive um Commodore 64, mas joguei muitas horas (antes de ter o meu) no ZX Spectrum do meu vizinho e a rotina era: ligar a TV, ligar o computador, colocar a k7 do jogo, e deixar o jogo a carregar. Ir fazer o lanche e voltar. Entretanto o jogo já estava com o ecrã de partida carregado. 😀 tantas e boas horas….
eu era mesmo um Spectrum. O pessoal reunia-se uns 3 ou 4 e íamos para a casa de um de nós (quase todos tínhamos um) e era tardes naquilo…
(e horas a afinar o azimute do gravador também ahahahahaha)
houve inclusive, na altura, na minha terra, feito por malta já mais velha que nós, um emissor de rádio pirata e que a horas combinadas, passavam jogos para os restantes gravarem…
porém eu nunca apanhei isso…
mas é engraçado as coisas que se faziam…
O Commodore 64 já era outra máquina com capacidades diferentes. mas nunca conheci ninguém que tivesse um!
Fora dos Spectrum’s só conheci um amigo que tinha um Timex 2068 (que já funcionava também com o semelhante das Microdrives)
Ainda o tenho 😉 exposto lá no escritório. Foi o meu primeiro grande amor tecnológico 😀
PS: via-me nas horas para arranjar jogos.
e muita sorte para não dar ” tap load error” heheh. Quando me ensinaram que dava para gravar jogos numa aparelhagem de alta fidelidade, ai é que foi!!!
😀 exato
João, isso era o “Sinclair Interface 2”, que ligava à porta de expansão do ZX Spectrum e tinha slot para as ROM cartridges e duas portas para joystick.
O ZX Spectrum original não tem porta RS-232 nem de portas de joystick.
@PJMS é isso mesmo!
Nunca consegui deitar a mão a nada disso… de tempos a tempos recordo-me disso!!! mas fico sempre confuso qual era a porta usada!
A minha tendência é ir sempre para a RS232, mas já fico sempre de pé atrás porque tenho a ideia de que “essa não é!”. Por isso fico sempre indeciso entre a RS232, a Expansion I/O e as portas do Joystick…
O Spectrum, apesar das limitações, era inacreditavelmente expansível e potente!!! Ainda hoje se descobrem capacidades novas na máquina
(nos jogos que saem actualmente. há ocasionalmente novas técnicas para contornar limitações antigas. O jogo Thieves School – libertado à uns anos – contornava o famoso color clash, por exemplo)
Era o Raspberry Pi da altura (embora, mais à frente para a época, na minha opinião…)
Cá em Portugal nunca se usou esse termo de “fita cassete”, era apenas “cassete”. Havia quem lhe chamasse “cassete de fita” mas à época era muito invulgar ouvir esse termo.
a minha experiência também foi sempre com Cassete…
Curioso que nas fotos que ilustram este artigo, não aparece nenhuma com o modelo que vai ser recriado, o ZX Spectrum original (16K/48K) de teclas de borracha, mas sim duas com o ZX81 que é um modelo anterior (monocromático e sem som) e cujo software, nativamente, nem sequer é compatível com o ZX Spectrum.
a Primeira – no topo do artigo – é do ZX Spectrum 48K (que era igual ao 16K!) – o original
Posteriormente estão 2 x ZX81 e
por fim um +2 (Versão cinzenta)
Logo, a primeira imagem é igual ao que vai ser recriado!
Só que não. O que aparece na primeira foto é a recriação do ZX Spectrum que será lançado em Novembro e não o original.
Pista: Olhar para o canto superior esquerdo da máquina na foto e ver o que está lá escrito
Tem razão sim senhor!
Bom olho! 🙂
Significa que esta recriação do ZX Spectrum está tão bem feita, que se confunde com o original 😉
Eu não tinha dinheiro para revistas, via o programa “Ponto por Ponto” na RTP, tinha uma rúbrica dedicada aos jogos: https://www.youtube.com/watch?v=TaeVFvcvzRI
Eu não era muito de revistas, mas comprava (espero estar a acertar) o JN que tinha uma secção sobre jogos. Primeiro no Jornal, depois passou para a revista do fim de semana, se não estou em erro. Ainda saiu a minha foto em algumas reviews de jogos 😀
Good times, man…. good times.
Ainda há pouco tempo tentei dar uns toques com um emulador. Mas já não é a mesma coisa. Com o que temos hoje, aquilo é pré-histórico.
A sério? Não me interessa é o passado, os meus Spectrum já se perderam na poeira do tempo. Foi giro naquela altura, mas agora nem pensar.
Blasfémia!!!
Ligo o meu todos os anos!!!
Devíamos usar todos Spectrum’s no dia-a-dia!!!
imagine… de manha, chegava ao trabalho, escrevia Load””, carregava em Play e ia ao café enquanto o Windows 11 carregava no Spectrum
ahahahahahahhahahaha
Só para no fim ser presenteado com um “R Tape loading error 0,1” fruto do seu colega, por graça, lhe ter desafinado o Azimute do carregador no dia anterior
ahahahahah
seriam sem dúvida dias mais cheios!!! ahahahahah
alguem ainda se lembra do famoso “paradise Café”?
Difícil, é achar alguém que não se lembre do “Paradise Café” =)
e do Reinaldo…
ahahahahhhaahahah
não sei porque mas toda a gente se lembra é do Reinaldo…
coisa estranha essa…
ahahahahah