Tem médico de família? Esteja atento ao telefone, pois há utentes em risco de perdê-lo
No âmbito da iniciativa "Para um SNS + próximo, fique + próximo", os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vão começar a ser notificados para completarem os dados em falta na sua inscrição no Registo Nacional de Utentes (RNU).
A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) vai notificar as pessoas para completarem os dados em falta na sua inscrição no Registo Nacional de Utentes (RNU). Esta identificou 323 mil registos com informação incompleta.
Os utentes do SNS vão começar a ser notificados a partir de hoje pela ACSS, em articulação com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), no âmbito da iniciativa "Para um SNS + próximo, fique + próximo".
Em comunicado, a ACSS alerta que é uma "condição obrigatória para manter a inscrição ativa nos cuidados de saúde primários (CSP)".
Conforme avançado pela imprensa, as notificações vão ser feitas através de SMS e e-mail, alertando os utentes para "a necessidade de se dirigirem às respetivas unidades de saúde e completarem a informação em falta". Depois de serem contactados, os utentes dispõem de 90 dias para atualizar os dados.
Atualização dos dados dos utentes terá de ser feita nas unidades de saúde
Uma vez que a atualização dos dados tem de ser feita nas unidades de saúde, "é natural que todas as atualizações acabem por causar algum transtorno para os utentes", disse António Luz Pereira, vice-Presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, em declarações à SIC Notícias.
Atualmente existem 323 mil registos de utentes com informação incompleta no RNU. Com a aplicação da medida, estima-se que serão contactados 265 mil utentes (82%) que têm telemóvel ou e-mail registado.
Os 58 mil utentes em falta serão abordados mais tarde, num processo que pode passar pelas "juntas de freguesia e, eventualmente, in extremis, ir bater à porta das pessoas", explicou uma fonte da ACSS ao jornal Público.
A ACSS explica que a RNU "é uma base de dados, de cariz nacional, destinada à identificação e registo dos utentes" no SNS, "constituindo-se como uma ferramenta fundamental para o bom funcionamento do sistema público de saúde".
O regulamento do RNU estipula que a inscrição numa unidade CSP pressupõe um registo ativo, através do preenchimento integral dos dados biográficos do utente (como nome, idade, sexo, país de naturalidade e nacionalidade) e apresentação de documentação de identificação e registo de residência nacional.
No caso de cidadãos estrangeiros é ainda necessária a apresentação da autorização de residência válida (exceto menores de idade), quando aplicável.
Segundo a ACSS, o processo de qualificação de informação do RNU "tem decorrido com grande rigor, integrando medidas preventivas de contacto com os utentes, de forma a não colocar em causa o seu acesso ao SNS".
Leia também:
Imagem: Freepik
Neste artigo: sns
Difícil vai ser contactar aqueles utentes que já mudaram de telemóvel ou morada.
Sei do que falo pois no hospital onde trabalho queremos convocar os doentes para consultas, tratamentos ou exames e não conseguimos, pois os contactos não estão actualizados ou funcionais.
engraçado o Senhor falar isso. A minha esposa recebeu uma convocatória para a morada de onde viveu até aos 5 anos. e temos a morada mais do que atualizada. Viveu 25 anos na casa dos pais, mais 12 anos noutra morada, sempre atualizada em todos os serviçoes, quando de repente só porque sim recebe uma convocatória para a morada onde nasceu.. Por acaso a casa era dos avos e foi herdada por um familiar chegado que nos entregou a correspondencia.. mas o utente tem culpa de uma carta misteriosa aparecer com endereços antigos.. A culpa é sempre dos outros nunca de órgãos estatais.
Ufa, uma pessoa por momentos até pensava que tinha de ficar preocupada, mas não, não há médico de família, e mesmo quando se tem um a maior parte das vezes é se atendido por algum de recurso porque o médico de família raramente ou nunca está disponível quando se precisa e mesmo com marcação muitas vezes chega-se lá e afinal é outro qualquer a atender que o suposto médico de família não está lá para atender.
E o conceito de médico de família já nem faz mais sentido, quem é que tem a sua família a ser seguida pelo mesmo médico de família? Só se for pelo privado, que no público mudam constantemente… ou talvez seja só problema aqui local.
Aqui a família é seguida pelo mesmo médico de família. É o que faz sentido. Tudo o resto é conversa de café
Nem sequer vejo o sentido em ter um médico de família.
A menos que um médico de família tenha especialidade em medicina interna não estou sequer interessado em ouvir o que o médico possa ter para dizer.
o que não faz sentido é preenchermos vagas quando não precisamos de ser vistos pelo medico para nao ficar sem ele.. mas depois não ha vagas a quem precisa e esta doente.. Estado a ser Estado
A minha família é toda seguida pelo mesmo médico e não paga consultas nem taxas moderadoras, por vezes tem é de esperar 5 min para ir buscar a maleta e calçar umas luvas
Quem?
É uma vergonha. Os meus pais ficarem sem médico de família por reforma da mesma. Na semana seguinte já havia uma médica para o lugar, mas não atribuíram os mesmos utentes. Estiveram mais de um ano sem médico de família e se quisessem alguma coisa, toca de ir ao privado que a USF não resolvia nada. Esta semana ligaram-me para falar com o meu pai, pois tem os dados desatualizados (?). Lembrei que está acamado (como a USF já sabe, ou deveria saber) e se podia enviar por email. Não, que teria que ir pessoalmente. Ainda estive para perguntar era preciso pagar ambulância do meu bolso para lá levar o meu pai… pedi à minha mãe para lá ir e afinal, estava tudo atualizado. Sinceramente, às vezes pergunto-me se é o SNS que está mal ou se são as pessoas que não fazem ideia do que andam a fazer…
é um Mix..
Muitas pessoas tiveram médicos de família durante 4 ou 5 décadas e agora nestes 2 últimos anos estão sempre a perder o médico de família.
Estes governantes da treta rebentam com a economia, saúde, segurança, educação, etc. Portugal está cada vez pior.
Sem dúvida, na atribuição de médico de família do centro de saúde, há uma relação entre o número de médicos e o número de utentes (La Palisse não diria melhor).
Mas creio que também há também outros critérios, que não faço ideia quais sejam. Tenho na família, a morar relativamente perto uns dos outros, gente jovem, com 20 e poucos anos que têm médico de família e outros com mais de 60 que não têm. E não é por serem da mesma família – dos que moram na mesma casa, nenhum tem o mesmo médico.
Quanto às consultas agendadas, é bastante variável. Ou são periódicas (semestrais) ou se é “despedido” pelo médico, deixando de haver, por não ter tempo para para atender quem não está bastante doente. Indo-se pontualmente ao Centro de Saúde, o mais certo é ser-se atendido pelo médico que estiver disponível.
Para não falar dos emigrantes que ainda tem medico de família e que vem cá regularmente só para o visitar, e para não o perder, porque lá pagam e aqui é de borla. E depois há malta daqui que quer e não tem.
Deviam era acabar com o médico de família para os que não moram cá. Querem fazer descontos lá fora, então vão ao médico lá fora. Deixem os médicos e saúde daqui a serem pagos por quem faz descontos cá.
É assim que querem ajudar a resolver o problemas das urgências?! Este governo cada dia que passa está pior.
EPA! quer dizer então que perdendo o medico de familia já não não vou poder ir ao centro de saude e ser atendido por um medico? Tenho então que ir onde? Ao veterinario? Ainda estou para saber qual a utilidade de um medico de familia alem de poder mandar passar examen ao hospital ou meter baixa medica. Algo quer outro funcionario qualquer pode fazer…. Isto é apenas uma medida para que o goberno venha dizer que esta a terminar com a listas de população sem medico de familia. Como se isso fosse terminar com a lista de espera de consultas, examens e intervenções cirurgicas.
percebem disto vocês.. vai perder médico de familia quem não precisa dele porque não faz uso.
podem ir na mesma ao centro de saúde a uma consulta e ser vistos por qualquer medico, só não é o vosso de familia.
medicos do privado e do hospital também passam exames e baixas.
isto serve para acabar com pessoas que realmente precisam de não têm medico de familia, eu por exemplo e toda a minha familia, a minha esposa é medica, todos temos medico de familia atribuido e nem sequer a conhecemos porque nunca fomos a uma unica consulta
De notar que com tanta tecnologia, supostamente forçam a pessoa a ir ao centro de saúde, quando poderiam simplesmente permitir fazê-lo online via cartão de cidadão, chave móvel digital, ou dados de login (para estrangeiros).