Portugueses criam sistema que prevê a duração dos materiais de aviões e carros
A investigação que é feita em Portugal tem dado cartas em várias áreas. A mais recente chega dos Investigadores do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial, no Porto, que desenvolveram um sistema capaz de medir fendas e defeitos das estruturas metálicas de aviões e carros.
Com base nessa informação é possível prever o tempo de vida dos materiais.
A equipa do Porto desenvolveu um sistema que, através de uma câmara e "condições de iluminação muito favoráveis", permite que as fendas ou defeitos dos materiais sejam rapidamente detetados.
O objetivo é antecipar o número de ciclos de carga a que os materiais podem ser sujeitos até falharem e saber qual o seu tempo de vida estimado.
Em entrevista à agência Lusa, Paulo Tavares, um dos investigadores envolvidos na criação da tecnologia, explicou que o sistema desenvolvido "reduz o processo de avaliação" dos materiais e estruturas metálicas que compõem, por exemplo, carros e aviões, tornando todo o processo "mais automático".
Para testar os materiais e ter uma previsão da sua 'vida', sujeitamos as estruturas a ensaios mecânicos, em que o material é testado com frequência elevada", disse, adiantando que este tipo de ensaios são "vulgares" para empresas como a Airbus.
Um avião quando descola e aterra tem um ciclo de carregamento e descarregamento, ou seja, um ciclo de fadiga, mas existem outros processos, por exemplo, um automóvel sofre fadiga cada vez que se trava, acelera ou esforça determinado material.
Paulo Tavares
Este artigo tem mais de um ano
Como vivemos em tempo de obsolescência programada, quem comprar é para fazer os seus produtos durarem menos, para tornar o consumidor impotente perante a opção de ter de ser obrigado a fazer uma nova compra!
Podem parecer teorias da conspiração, mas já vivemos há muito tempo na altura da obsolescência programada. Tudo começou desde que alguém viu que isso dá mais dinheiro.
A obsolescência programada é um problema, mas não a raiz do problema. A raiz é mundo capitalista que vivemos orientado a bater recordes de lucros ano após ano.
O que interessa é o granel, o resto que se lixe.
quem cria um produto tem de fazer dinheiro com ele. Se alguém cria um produto que vai durar anos então lucro, e dinheiro a entrar, vai ser menor cada vez que as pessoas comprarem mais o produto; isto sem contar com a concorrência. Não sou especialista em economia mas diria que a empresa iria chegar a um “plateau” de vendas ao fim de algum tempo. Por isso as empresas tentam inovar e melhorar o produto mas, do ponto de vista do consumidor – “para que é que vou comprar um novo com uma melhoria x ou y quando o meu ainda vai durar bom tempo?
Faz-me lembrar a história do aumento de vendas de uma pasta de dentes… para aumentar as vendas apenas se aumentou o bocal, de saida de pasta, em 1-2mm, fazendo que cada vez que apertas sai mais = acaba mais depressa.
Claro que para um consumidor é fácil culpar o capitalismo; no entanto, foi o capitalismo que nos trouxe das melhores inovações. Ao obrigar as empresas a ter de inovar e sempre a criar algo novo, faz com que empresas como Tesla, Apple, Huawei, Samsung, Amazon, Google, etc… viessem a existir e a criar (algo que os anti-capitalismo esquecem-se) – milhões de empregos!! Tambem veio criar a possibilidade de hoje, estarmos aqui neste forum a mandar umas postas de pescada sobre o “quão mau é o capitalismo”…
O problema não é o capitalismo.. o problema é o que fazemos dele. Há quem faça coisas boas e há quem faça coisas más … MAs isso até no oposto do capitalismo existe (aka, a utopia do comunismo… que NUNCA deu certo )
Eu já ouvi falar disso. É chamado o sistema Pal pitche.