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Satélites poderão ser também alvo da Rússia nesta guerra

O alerta foi dado pelo diretor do Escritório Nacional de Reconhecimento nos Estados Unidos (US National Reconnaissance Office – NRO). A Rússia, perante a aliança dos países da NATO na ajuda à Ucrânia, poderá estar a preparar algo maior. Sabemos que esta é uma guerra que vai muito além das fronteiras e das armas num mundo ligado por Internet e pelos milhares de satélites posicionados acima da Terra.

Os serviços de comunicações e GPS poderão ser colocados em causa com um possível ataque militar russo a satélites.


Satélites poderão ser também alvo da Rússia nesta guerra

O diretor do Escritório Nacional de Reconhecimento nos Estados Unidos – NRO -, Christopher Scolese deixou um alerta importante aos operadores de satélites. Scolese acredita que a Rússia poderá atacar satélites para interromper comunicações e serviços GPS como parte da estratégia militar da invasão da Ucrânia e, por isso, pede que a proteção a estes sistemas seja reforçada.

Na Conferência Espacial de Defesa e Inteligência da National Security Space Association, o chefe da NRO referiu que é evidente que a Rússia está comprometida em fazer o que quer na Ucrânia e “o que a Rússia quer é vencer”.

Por isso, se o conflito em “Terra” ficar fora de controlo, há uma grande probabilidade de os ataques subirem para o “Espaço”.

É justo assumir que, na medida em que eles podem, e podendo eles [Rússia] sentir que o conflito fique fora do seu controlo, o mais certo é que alarguem os ataques para o espaço.

Além disso, sem explicitar que ações a Rússia pode tomar, Scolese afirmou que é fácil, com base no comportamento passado, imaginar que já se encontram em curso algumas interferências nos satélites de navegação e localização GPS, por exemplo.

Qual o papel da NRO

A NRO opera satélites espiões que pertencem ao governo norte-americano, mas a recolha de imagens e informações não estão apenas confinadas a satélites geridos pelo governo, sendo cada vez mais essa recolha feita e distribuída por operadoras de satélites comerciais como a Maxar, Planet e BlackSky.

É neste sentido que qualquer tentativa de interromper a capacidade de recolha de informação por parte dos Estados Unidos pode ter consequências tanto no setor privado como público.

Eu diria a todos que o importante é garantir que os seus sistemas estão seguros e que mantenham uma monitorização desses sistemas, porque sabemos que os russos são atores cibernéticos eficazes.

É melhor estar preparado do que ser surpreendido.

A verdade é que há muito que os militares dos Estados Unidos temem que a Rússia e a China consigam bloquear os sinais GPS e os satélites de comunicação durante um conflito, algo que colocaria em causa de forma substancial a ação de defesa e controlo aéreo e terrestre.

Além de colocar em causa o sinal GPS através de ataques de interferência eletrónica, a Rússia poderia ainda atingir utilizadores do GPS militar norte-americano com dados PNT falsificados.

Num conflito militar ativo, mesmo breves falsificações de PNT ou cortes de sinal podem fazer a diferença se combinadas com outras operações

Uma falha neste sistema de navegação pode causar estragos em todas as atividades militares envolvendo aeronaves, navios, munições, veículos terrestres e tropas terrestres.

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