Quem controlará os robôs humanoides quando eles já não precisarem de nós?
Nos últimos meses, dois vídeos viralizaram nas redes sociais, mostrando robôs humanoides em comportamentos alarmantes — um deles aparentemente “descontrolado” durante uma demonstração, e outro a agredir participantes de um festival na China. Fica a questão: quem controlará os robôs humanoides quando eles já não precisarem de nós?
Estes incidentes mostrados em vídeo, ainda que envoltos em controvérsia quanto à sua autenticidade, acendem um debate fundamental: até que ponto os robôs do futuro terão autonomia?
E como garantimos que essa autonomia não ultrapasse os limites do controlo humano?
Autonomia em expansão: o que está por vir?
Os avanços na inteligência artificial e na robótica têm conferido aos robôs humanoides capacidades cada vez mais sofisticadas — reconhecimento facial, tomada de decisões em tempo real, linguagem natural e interação emocional.
A autonomia, antes limitada a tarefas simples e programadas, está a evoluir para níveis que permitem a estes sistemas operarem de forma relativamente independente em ambientes complexos.
No futuro próximo, é plausível que vejamos robôs com a capacidade de:
- tomar decisões éticas com base em contextos variáveis;
- agir sem supervisão contínua de humanos;
- interagir de forma convincente em ambientes sociais ou profissionais.
Mas com esta evolução, surge uma questão inevitável: quem terá a palavra final quando as decisões dos robôs entrarem em conflito com os interesses ou segurança dos humanos?
O controlo humano: uma linha que se pode esbater
O conceito de Human-in-the-loop — sistemas em que a decisão final depende de um humano — é um princípio ético-chave na robótica. No entanto, com a escalada da autonomia, manter um humano “no circuito” em todas as situações pode tornar-se impraticável.
Neste sentido, os investigadores propõem níveis de supervisão adaptativos, onde os humanos apenas intervêm em decisões críticas ou de alto risco.
Ainda assim, a supervisão humana poderá falhar, seja por:
- falhas técnicas; ataques informáticos; decisões mal calibradas dos próprios sistemas de IA.
Neste cenário, o controlo preventivo passa a ser mais relevante do que o controlo reativo.
Defesa contra robôs: ficção ou necessidade real?
A ideia de que um robô possa representar uma ameaça física real a humanos parece, para alguns, tirada de filmes de ficção científica. No entanto, a realidade tecnológica já nos obriga a ponderar mecanismos de defesa e salvaguarda:
- Desativação de emergência: cada robô deveria ter um mecanismo de interrupção total, físico e digital.
- Zonas seguras: delimitações físicas e digitais onde os robôs não podem atuar sem autorização explícita.
- Protocolos de desativação remota em caso de falha comportamental.
- Blindagem ética nos algoritmos de decisão, para limitar qualquer tipo de ação prejudicial a humanos, mesmo que indiretamente.
Além disso, a legislação sobre responsabilidade civil e criminal em casos de “agressão robótica” terá de evoluir rapidamente.
O que podemos fazer hoje?
Apesar de ainda estarmos longe de um cenário em que robôs humanoides são comuns nas ruas, os sinais de alerta já estão visíveis. O investimento em regulação, cibersegurança e ética robótica deve acompanhar a velocidade da inovação.
Sem isso, poderemos estar a abrir portas a sistemas que, embora inteligentes, operem fora do alcance do nosso controlo.
A tecnologia pode servir-nos — ou ultrapassar-nos. Depende de como a construímos, supervisionamos e limitamos.
Sim e um aprtido de robots a defender os direitos de robots, à votação, ao casamento, robots homossexuais com direitos, religião de robots etc etc
Estaremos lixados !!
Mesmo!
Dos informáticos, pouco poderemos esperar.
Mas enquanto existir um bom eletricista, os robots piarão fininho.
Tenham calma.
Se querem vislumbrar um possivel e provavel futuro para a Humanidade não precisam de olhar para muito longe, nós humanos seremos tratados da mesma maneira que tratamos os animais hoje, só 3% dos animais são livres o resto são nossos escravos que usamos para tudo e nada é deitado fora!
Nao me incluem nessa lista, tem excessoes. Meu cachorro eu nao uso coleira, ele é livre para escolher se quiser ficar perto de mim ou nao. Se quiser fugir eu deixarei fugir. Portanto em todos os passeios que faço com ele, ele fica sem coleira e sem placa de identificacao.Nao uso placa de identificacao. Ele é livre para escolher ficar proximo ou nao da nossa familia
Ele avisou:
https ://zap.aeiou.pt/eu-avisei-em-1984-e-ignoraram-me-james-cameron-preve-a-chegada-do-exterminador-618446
É um perigo para qualquer humano.
Boa questão. Mas não vejo as pessoas preocupadas, com isso.
A inteligência biologica continuará a dominar. Não se preocupem por favor.
Isso dizes tu. Daqui a um tempo poderá bem mudar.
Ainda há uns dias joguei um jogo com uma história incrível do género: Detroit
Aconselho a jogarem
Gostei do Detroit, se bem que em partes demasiado insípido. Mas a narrativa base está boa.
Se gostares de ler, aconselho alguns livros.
Do androids dream of electric sheep (Blade Runner) – Clássico dos clássicos
Snowcrash – Dá trabalho, mas para quem é fã de sci-fi vai descobrir de onde vem muita coisa
Ringu (trilogia) – Surpreendentemente encaixa no assunto, mas têm de ser os 3 livros. Brutal
Neuromancer
2001 odisseia no espaço
Bicentenial man
E podia listar mais, mas tenho péssima memória para os nomes dos livros 😀
Só demonstra que a primeira lei da robótica não foi cumprida.
Li num site qualquer já faz algum tempo, que no Japão desde que puseram uma AI em funcionamento, a primeira coisa que ela tentou fazer foi reescrever o seu próprio código, o que surpreendeu os programadores que acabaram por desactivar tudo.
Isso ja esta previsto e premonizado em filmes já a bastante tempo. Uma entidade sem controle e sem limite, autoreplicativa… É obvio que teremos problema. Só um ignorante e inocente para nao enchergar e ter medo disso