PSP: 181 mil euros em máquinas de impressões digitais, mas…
Foi em 2020 que foram compradas, por 181 mil euros, várias máquinas da PSP para ler impressões digitais. De acordo com informações recentes, os equipamentos foram comprados há dois anos, com fundos europeus, mas nunca forma usados.
A PSP justifica a demora com "trabalhos técnicos de ligação à rede e testes de segurança", que diz serem "imprescindíveis e de complexidade técnica elevada".
PSP: LiveScan permitem obter uma correspondência com uma impressão digital
Foi há mais de 2 anos que a PSP investiu em máquinas para ler impressões digitais. Passado estes anos, os equipamentos comprados, com fundos europeus, nunca foram usados.
Segundo informação avançada este sábado pelo Jornal de Notícias, os LiveScan, adquiridos pela PSP, permitem obter, em segundos e de forma automática, uma correspondência com uma impressão digital. As justificações para a não instalação neste período vão para a falta de ligação à rede e respetivos testes de segurança. Segundo a própria PSP, a instalação dos equipamentos, assim que concluída, vai facilitar o trabalho diário.
A recolha de impressões digitais na PSP continua a ser feita de forma manual. Os suspeitos de crimes molham a pele em tinta e depois pressionam os dedos contra um impresso, depois entregue à Polícia Judiciária.
A PSP é uma das duas forças de policia nacionais em Portugal, com as missões de defesa da legalidade democrática, de garantia da segurança interna e de defesa dos direitos dos cidadãos
Este artigo tem mais de um ano
Nada que se espante… a distribuição de fundos europeus e a sua aplicação… depois queixei-se que não tinhamos direito a mais
Queixem-se *
“imprescindíveis e de complexidade técnica elevada”.
Já me esqueci a quantos anos tenho ponto de picagem com impressão digital na empresa.
Realmente é um sistema muitooo complexo…
Tao complexo que se manda vir os equipamentos e não se pensa na sua implementação.
É o mesmo que comprar uma casa pre-fabricada e não comprar o terreno para a colocar.
Espanta me está inteligência
E isto não é nada!
O comodismo é tanto que dá-me vontade de rir.
É a competência dos organismos públicos deste país.
Recentemente, os municípios começaram a ser eles a darem equipamentos informáticos as escolas. Até aqui, tudo bem. Os gajos mandaram vir um servidor para a escola e a escola pediu-nos (uma empresa de informática privada, que já somos nós que fazemos o tech support habitualmente) para ir lá fazer a instalação e transição do srv antigo para o novo.
A esta altura ninguém me soube dizer nada acerca de nada a não ser que me iam pôr em contacto com o Engenheiro no município responsável por ter mandado para lá o servidor que me ia dar instruções, por isso eu chego lá a assumir que quem gastou dinheiro (que nem foi pouco) deve ter pensado como ia fazer a coisa.
Chego lá e realmente há um servidor com hardware suficiente para o trabalho, mas eles tem um bastidor para servidores e estes gajos mandaram uma torre gigante que não há maneira de caber lá. Ok, arranja-se um canto mas não começou bem. Ligo para o fulano e ele dá-me instruções muito vagas:
– instala aí um software de máquina virtual, depois instalas aí um software que migra o servidor antigo para o novo e tá feito.
– huh… ok, mas vocês têm algum software para isso? Licenças? Eu estou habituado a usar hyper-v mas…
– ah, metes o vmware.
– Ok, ninguém me disse que era para usar o vmware e não estou muito familiarizado com a versão baremetal mas sei como funcionam e devo conseguir. E licenças? vmware? windows server? Qual é o tal software de migração?
– ah mete o free e o windows… eles acho que tem ai uma imagem dum windows server qualquer ai num disco. O software de migração (manhoso de terceiros) é o xpto é pago mas tem um trial.
– … riiight, isto vai correr bem.
Comecei aquilo, mas foi bastante óbvio que o vmware free tem limitações e não dava para importar uma máquina diferente p2v. Liguei pro gajo a perguntar se não havia uma licença e ele disse para usar o trial do vmware. … ok resolve. Para já. Depois tentei a migração, a coisa até parecia estar a correr bem mas chegou ao fim deu um erro e nada. O gajo garantiu me que “no portatil dele deu bem”.
Por esta altura parei tudo e comecei-lhe a perguntar, ouve lá, estás me a dar instruções em cima do joelho que parecem ter sido pensada por um estagiário que leu umas merdas no google e achou fixe.
Vocês fizeram algum tipo de planeamento? Voces analisaram o ambiente do cliente antes de comprar coisas e pensar em fazer isto? Viram que o cliente tem um bastidor e não tem sitio para este monstro de torre? Deram-se ao trabalho de verificar se o software sequer suporta o que vocês querem fazer? Se é preciso licenciamentos? Já sequer fizeram isto noutros lados? PORQUE NADA ESTÁ A FUNCIONAR COMO ME ESTÁS A DIZER PARA FAZER.
Ao qual ele aí descaiu-se e disse “ah não, esta escola são os primeiros onde estamos a fazer isto” e não disse diretamente mas deu a entender que NADA foi planeado. De todo. Estava-lhe a fazer perguntas e parecia que estava a falar búlgaro para ele.
Dei-lhe uma descasca de incompetência de cima abaixo, porque isto não é assim que se faz. Fez-nos a todos perder dias a tentar implementar as “instruções” dele, mandei-o pastar e fiz eu tudo como deve ser.
E isto foi um engenheiro que é o chefe do departamento informático duma Câmara/município de uma cidade deste país.
Percebo o teu espanto, mas este tipo de coisa só acontece a esses níveis (autárquicos). E’ a norma, não se procura competência, mas sim o oportunismo.
Na polícia não sei como é agora, mas há uns anos os pc’s estavam sempre infectados com vírus informáticos, eles chamavam os técnicos, eles desinfectavam, iam-se embora e aquilo ficava novamente infectado num instante porque não metiam nenhum software antimalware… resultado: não conseguiam trabalhar nos pc’s porque os vírus não deixavam e os técnicos não iam propriamente a correr resolver o assunto… e resolvendo o problema voltava num instante porque nada prevenia a reinfecção nem sequer pelas coisas mais simples e perfeitamente reconhecidas por qualquer antivírus.
incompetência deles e tua por perderes tempo com algo que devias saber de antemão que não ia dar.
projetos é diferente criar utilizadores e formatar máquinas, não é para todos.
Falta de recursos humanos… O sistema é complexo quando instalado numa rede complexa e por esse motivo demora mais tempo a implementar.
O nível de qualidade do Estado é este, não liga para o retorno no que se investiui. Basicamente o dinheiro não é deles…. É ver por exemplo como o IPMA deixa estações meteo sem funcionar por largos meses. Mas o investimento foi feito.
Um grande trabalho jornalista seria fazer o inventario daquilo em que os contribuintes investiram por via do Estado e o que de facto está a funcionar e também a dar retorno aos contribuintes.
Avaliação de impacto
é dificil de implementar porque esses leitores não têm drivers para o windows 7, estão à espera de outra tranche de milhões para mandar desenvolver os drivers
Talvez estejam com dificuldades em colocar o software e drivers em pc’s cheios de malware eheh.
Um país de otários, paga tuga e cala-te
passo a explicar, o problema deles foi que compraram as maquinas de impressões digitais mas não anteciparam que iriam ter de desenvolver um interface para as digitalizar para o sistema informático da PSP, agora dão desculpas que não passam de incompetência e que vão precisar de gastar outros tantos milhares em serviços de uma empresa externa para fazer essa integração.
apenas um pensamento, estará esta incompetência do IT da PSP relacionado com o número de mulheres no departamento de IT da PSP? Curiosamente é dos sitios com mais mulheres a trabalharem no IT e também dos sitios com mais recauchutagem de funções, facilmente colocam um policia que sabe instalar umas apps no telm responsavel por areas sensiveis só porque fizeram formações microsoft e afins.