Projeto de 5,4 mil milhões de euros na área do hidrogénio aprovado
Como é do conhecimento, Portugal tem apostado no hidrogénio. Em maio, António Costa Silva, ministro da Economia, num evento em Hanover, referiu a importância do hidrogénio e disse que Portugal quer produzir hidrogénio em ilhas de eólicas no meio do mar.
Bruxelas aprovou agora um grande investimento em tecnologia de hidrogénio na UE que envolve Portugal.
A Comissão Europeia aprovou hoje um grande projeto europeu comum para a promoção do desenvolvimento da tecnologia do hidrogénio, que envolve Portugal e 14 outros Estados-membros, que poderão disponibilizar até 5,4 mil milhões de euros.
Este inédito projeto importante de interesse europeu comum («IPCEI») na área do hidrogénio, denominado «IPCEI Hy2Tech» foi preparado e notificado conjuntamente por 15 Estados-membros – Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Espanha Estónia, Finlândia, França, Grécia, Itália, Países Baixos, Polónia, Portugal e República Checa –, envolvendo 41 projetos distintos nos quais participarão 35 empresas com atividades num ou mais países do bloco.
A ‘luz verde’ hoje dada pela Comissão, ao abrigo das regras da UE em matéria de auxílios estatais, permite aos Estados-membros envolvidos disponibilizar até 5,4 mil milhões de euros de financiamento público que, segundo Bruxelas, deverão desbloquear 8,8 mil milhões de euros adicionais em investimentos privados.
Margrethe Vestager, responsável pela Concorrência, referiu que...
O hidrogénio tem um enorme potencial futuro. É uma componente indispensável para a diversificação das fontes de energia e a transição ecológica.
O investimento em tecnologias inovadoras pode, no entanto, ser arriscado para um Estado-membro ou para uma única empresa. É aqui que as regras em matéria de auxílios estatais para os IPCEI têm um papel a desempenhar. O projeto hoje apresentado é um exemplo de uma cooperação europeia verdadeiramente ambiciosa para um objetivo comum fundamental
Bruxelas salienta que a aprovação deste projeto “faz parte dos mais amplos esforços da Comissão para apoiar o desenvolvimento de uma indústria europeia do hidrogénio inovadora e sustentável”, particularmente importante agora face aos objetivos de descarbonização e de autonomia energética da UE.
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Pode ser que o preço dos carros elétricos caiam a pique!
Precisamos mesmo de soluções para baterias que sejam realmente sustentáveis e não apenas mais Green Washing.
Quem sabe
Não vai acontecer!! Nem sequer o hidrogénio é viável nos automóveis. Todos os construtores criaram protótipos e viram que sai mais caro construir um automóvel a hidrogénio do que um elétrico normal. Um automóvel pode ficar mais ou menos 50% mais caro ou seja um cujo custo ronda os 35 mil euros fica em 52 500 euros.
Primeiro este projeto nada tem a ver com produção de hidrogenio para veiculos automoveis, o que não quer dizer que não possa depois vir a acontecer, este hidrogenio tem a finalidade de providenciar energia na forma de hidrogenio.
Segundo, a questão dos carros a hidrogenio que apontas é uma falacia, é preciso saber analisar as informações que circulam e perceber que não são prototipos, também convém comparar o tempo de investigação e os valores despendidos na mesma
Terceiro, tal como nos electricos tradicionais é tudo uma questão de volume para reduzir os preços
Tudo é caro quando há pouca procura, e está em desenvolvimento, carro eléctricos no início também não eram viáveis.
Para aceder aos fundos convém passar primeiro pelo ex-ministro do “Ministro do Ambiente e da Transição Energética” Matos Fernandes. Serão abertas certamente muitas portas.
Mais um scam que vamos ter que pagar
Hidrogenio? Portugal tem de vender e azeite e vinho. Não somos pais para modernices, e tudo agricultores e analfabetos aqui 🙂
Acho muito bem que invistam na tecnologia de hidrogénio pois essa será a verdadeira opção de energia limpa para o futuro, nomeadamente para os automóveis.
Em minha opinião isto dos carros elétricos irá ser apenas uma fase de transição para a mobilidade a hidrogénio.
Não é não, apenas mais uma fonte de poluição.
Por acaso não é, mas mesmo que fosse seria imensamente menor que a poluição e estragos ambientais que as baterias provocam, nomeadamente na necessária mineração dos metais raros necessários ao seu fabrico bem como a impossibilidade de uma reciclagem eficiente das baterias em fim de vida.
A mobilidade elétrica é tanto ou mais inimiga do ambiente como a mobilidade a combustão,
Errado, os FCEV têm uma pegada bem maior que os eléctricos e um pouco menor que os a gasolina, basta ver os relatórios das entidades que estudam todos esses casos em vez de fazerem achismo.
Carros a hidrogénio são eléctricos.
Mas este investimento não tem nada a ver com carros.
Hidrogénio em Portugal é mais um elefante branco, e tenho fontes fiáveis.
Aqui na minha cidade em SINES, por exemplo, querem fazer uma fábrica perto da Repsol (na ZILS) para produção de hidrogénio “verde” (sustentável), resultado: vão depois construir pipelines para conduzir o produto até ao porto de Sines, os pipelines de vários KM vão obrigar a desmatação, derrubar árvores (bela ajuda para o clima!).
E o hidrogénio fica cá? Não, pois 90% é para exportar.
então, qual é a vantagem disso?!
Meu Deus.. É destas opiniões que se faz Portugal.
Primeiro a desmatação em Sines é minima e nem sequer tem impacto ambiental.
Depois, é logico que 90% é para exportar, nós somos 10M de habitantes, não precisamos de mais de 10% para o nosso consumo interno, depois os 90% que vamos exportar ajuda-nos a contrabalançar as importações e a aumentar exponencialmente o PIB, caso não saiba, quanto maior o PIB mais dinheiro tem o país para investir, melhorar e se governar.