Portugal tem vários supercomputadores! Saiba qual o mais poderoso…
O primeiro supercomputador aberto à comunidade científica foi instalado pela unidade FCCN da FCT, em 1988. Mas Portugal tem outros supercomputadores, alguns deles recentes. Vamos conhecê-los.
Quais os supercomputadores nacionais?
Todos os meios de Computação de Alto Desempenho (HPC) têm como objetivo apoiar aplicações em diversas áreas, tais como bioinformática, clima, ciência dos materiais e da vida, química computacional, física, e engenharia civil entre outras, apoiando deste modo a investigação e potenciando a competitividade da indústria nacional.
Deucalion
O supercomputador Deucalion é o mais rápido em Portugal, capaz de executar 10 milhões de biliões (dez petaflops) de cálculo por segundo. Está instalado na Universidade do Minho, em Guimarães. Veio multiplicar por dez a disponibilização de capacidade de computação de alto desempenho no país.
O Deucalion é capaz de realizar simulações e modelação nos mais variados domínios científicos, da medicina personalizada ao design de fármacos e novos materiais, da observação da Terra e oceanos ao combate às alterações climáticas e fogos, passando pela criação de smart cities ou pelos veículos autónomos, o novo supercomputador contribuirá também para acelerar a análise de grandes volumes de dados no domínio dos mais recentes algoritmos da Inteligência Artificial.
Ocupa duas filas de 26 armários de dois metros de altura, pelo menos 1900 metros de fibra ótica e 2359 cabos de alta velocidade, que garantem a rapidez de processamento e um sistema de armazenamento de dados de alto desempenho, a par de uma alta eficiência energética.
O Deucalion em números...
- 10 milhões de biliões de cálculo por segundo
- 1900 metros de fibra ótica
- 2359 cabos High-Speed Interconnect
- 26 armários de dois metros cada
- 26 toneladas
- 20 milhões de euros de investimento
Oblivion
Foi em fevereiro de 2020 que a Universidade de Évora inaugurou o supercomputador Oblivion, uma máquina capaz de processar 239 milhões de milhões de operações por segundo, armazenando 1.5 Petabytes de dados.
A utilização do Oblivion, incorporado no HPC-UÉ (High Performance Computing da Universidade de Évora), é dividido entre a atividade do consórcio ENGAGE SKA (Enabling Green E-Science for the SKA Research Infrastructure) e a atividade da comunidade científica e das empresas no âmbito da Rede Nacional de Computação Avançada.
Bob
Inaugurado em julho de 2019, depois de instalado no datacenter da REN em Riba d’Ave no Minho, o Bob permitiu aumentar em dez vezes a capacidade nacional de computação, tendo sido cedido pela Universidade de Austin, ao abrigo de uma parceria que envolveu a Universidade do Minho e a FCT.
Operado pelo Minho Advanced Computing Centre (MACC), com apoio da FCT, o Bob foi substituído pelo supercomputador Deucalion.
Navigator
Inaugurado em fevereiro de 2019, o supercomputador Navigator está integrado no Laboratório de Computação Avançada da Universidade de Coimbra (LCA-UC). Este supercomputador é destacado pela UC como uma “importante ferramenta de trabalho para investigadores de áreas tão díspares como biociências, ciência de materiais, física de altas energias astrofísica ou dinâmica de fluidos”.
Localizado no piso inferior do edifício dos departamentos de Física e Química, a instalação deste laboratório implicou um investimento de 2,17 milhões de euros. Este cluster está inserido na rede Tier-1 de supercomputadores europeus PRACE e participa na call DECI-17. Em 2021 o Navigator recebeu um upgrade na capacidade de refrigeração e no sistema de ficheiros/back-up.
Cirrus e Stratus
É em Lisboa, na Infraestrutura Nacional de Computação Distribuída (INCD), que podemos encontrar as plataformas Stratus e Cirrus-A. Estes são operados desde 2017 pela INCD, contribuindo para que esta entidade possa garantir serviços de Computação de Alto Desempenho, através do cluster Cirrus-A. Já o cluster Stratus compreende a infraestrutura de Computação em nuvem disponibilizada pela INCD, muito usada para Virtual-Research Environments e instalação de Máquinas Virtuais.
Estes supercomputadores estão ainda integrados na Rede Nacional de Computação avançada, gerida pela Unidade FCCN da FCT, sendo que, no âmbito da primeira edição do Concurso de Projetos de Computação Avançada, 129 projetos nas mais variadas áreas puderam utilizar estes recursos.
Portugal integra os seus recursos de supercomputação através da RNCA, que facilita o acesso a estes supercomputadores para diferentes instituições e investigadores. Essa rede visa maximizar o uso dos recursos disponíveis e proporcionar um ambiente colaborativo para pesquisa de alta performance.
a pergunta é, “can it run doom”?
Muitos não sabem mas atualmente o “Megálo Pouli 2.0” é o mais potente a nível europeu.
Está na Universidade Aristóteles de Tessalónica, Grécia.
Na realidade, os 3 melhores são o Lumi na Finelândia, Leonardo em Itália e o Mare Nostrum e, Espanha, Barcelona. A Grécia irá receber o Dedalus nos próximos anos, com capacidade para 60 Petaflops.
A “Finelândia” é um país imaginário habitado por elfos e duendes com cursos de TI
mas por acaso conheces ou já experimentaste o Megálo Poulí 2.0 ?
Não experimentei, mas estou a ver que o Z3cAntunes já o deve ter testado a fundo e levado a limite.
Também tenho uma pergunta: essas fotos são genéricas ou são fotos reais dos super-comput@dores portugueses?
(afinal mais uma pergunta: a palavra pode estar no artigo mas não nos comentários?)
GEnéricas.
Obrigado. Fiquei na dúvida dado os nomes que os ficheiros das fotos têm.
No caso português, estão às moscas. Como é habitual serviu apenas para estourar dinheiro.