Portugal: Níveis de ozono batem recordes! Partículas com níveis elevados
Apesar do ozono respirável não ter ultrapassado qualquer valor crítico até ao início de agosto, agora tudo mudou.
De acordo com a Associação Zero, os níveis de azoto bateram recordes do século no passado fim de semana e as partículas registaram também níveis elevados.
O ozono respirável é um poluente secundário que se forma a partir de outros poluentes como os óxidos de azoto (emitidos pelo tráfego rodoviário e pela combustão na indústria) e os compostos orgânicos voláteis (emitidos pelo tráfego rodoviário e também por determinado tipo de espécies florestais).
De acordo com a legislação há dois limiares de informação obrigatória à população:
- o limiar de informação ao público, quando se verifica um valor horário de ozono superior a 180 µg/m3, devendo as precauções ser tomadas pelos grupos sensíveis;
- o limiar de alerta do público, quando se verifica um valor horário de ozono superior a 240 µg/m3, devendo as precauções ser tomadas por toda a população.
Segundo a Associação Zero, dois recordes foram atingidos recentemente:
- Sábado, 4 de agosto de 2018, foi o dia deste século com maior número de ultrapassagens ao limiar de alerta de ozono: 14 excedências. No ano de 2005 havia-se atingido 13 ultrapassagens, no dia 6 de agosto, e em 2003 12 ultrapassagens, no dia 1 de agosto.
- Atingiu-se igualmente o valor horário mais elevado de sempre neste século de concentração de ozono – 410 mg/m3entre as 16 e as 17 horas de sábado, no dia 4 de agosto na estação de qualidade do ar de Monte Velho, em Santiago do Cacém. O anterior recorde registado na rede de monitorização oficial de qualidade do ar foi de 361 mg/m3na estação de Lamas de Olo, em Vila Real, no dia 22 de junho de 2005 entre as 20 e as 21 horas.
Durante o episódio de poluição neste início de agosto, as concentrações mais elevadas de ozono registaram-se na estação de Monte Velho, em Santiago do Cacém, tendo-se verificado, no dia 4 agosto, sábado, 11 horas acima do limiar de informação, 9 das quais acima do limiar de alerta.
Partículas também atingiram valores muito elevados em todo o país
Ainda de acordo com a Associação Zero, a influência dos ventos de Norte de África e incêndios foram a origem para valores elevados no que diz respeito a partículas.
No que respeita às partículas inaláveis (PM10), o número de ultrapassagens aos valores-limite diários (50 mg/m3) foi muito expressivo.
Enquanto que no dia 2 de agosto, quinta-feira, o valor-limite diário apenas foi ultrapassado em duas estações de monitorização, na sexta-feira já se verificaram ultrapassagens da média diária em 15 estações de monitorização, aumentando para 35 no sábado dia 4 de agosto, atingindo-se no pior dia, domingo, 5 de agosto, ultrapassagens do valor-limite diário em 38 estações de monitorização das 45 com dados disponíveis em Portugal Continental, havendo depois uma diminuição progressiva nos dias seguintes.
O valor horário de partículas mais elevado registado foi no início da manhã de terça-feira, 7 de agosto, em Portimão, associado à influência do incêndio de Monchique. O valor-limite diário mais elevado verificou-se domingo, 5 de agosto, em Setúbal, na estação de monitorização de Quebedo.
Via Zero
Este artigo tem mais de um ano
trump.
Qual é a implicação para a nossa saúde?
lol era o que eu queria saber… nao falta muito para comecarmos a pagar uma taxa de oxigenio
Lembro-me bem o fim do mundo declarado nos anos 80-90 por famoso “buraco de ozono”. Agora se percebe que foi uma propaganda, como o artigo acima.
Buracos na camada de ozono é uma coisa, níveis de ozono no ar é outra… A camada defende-nos da radiação solar, já o nível do composto químico ozono (O3) no ar é nocivo para a saúde. Por ele andar aí abundante no ar não quer dizer que a camada esteja de boa saúde…
Já chega de teorias da conspiração de que não há aquecimento global e que tudo não passa de “propaganda”. Só não vê quem não quer hoje em dia… Mas daqui por 50 anos todos irão ver!
Eu diria é que já chega é de teorias da conspiração que defendem o aquecimento global. Ainda aqui há dias no Sapo vi um artigo com scans de jornais de 1930 onde se registavam temperaturas de 50 graus Celsius.
Afirmar a pés juntos que um planeta com 4 biliões e meio de anos está a aquecer quando as estações meteorológicas mais antigas têm 90 anos, se tanto é capaz de ser um bocadinho puxado, digo eu. Ainda para mais quando há dados que contradizem isso como acabei de mencionar.
Quando se fazem este tipo de assumpções tendo por base uma volumetria de dados que nem a meio porcento do tempo de vida do planeta corresponde está tudo dito.
Essa dos 50 anos também não e nova. A meio da década de 90 lembro-me de ouvir dizer que aí por volta de 2005 a Antárctida ia desaparecer.
Para fechar, fala-se muito do CO e do CO2. Mas ninguém refere que cerca 98% das emissões de CO2 para a atmosfera terrestre são libertadas pelos oceanos. Nem que um vulcão tipo Vesúvio em erupção numa semana liberta o equivalente ao que Pequim emite no espaço de sensivelmente um ano.
Não quero de todo parecer arrogante com este comentário, quis apenas expor o meu ponto de vista e introduzir alguns dados que muitas vezes passam ao lado neste tipo de discussões e que me parece terem relevo.