Portugal: BOX da TV vai permitir acesso a consultas médicas
Os avanços nos processos de comunicação têm sido significativos e isso reflecte-se nas mais diversas áreas da sociedade.
Os serviços de telemedicina não são propriamente uma novidade mas, em Portugal, os doentes vão poder ser seguidos a partir de casa, usando para isso a box da televisão. Este será um projecto pioneiro a nível europeu,
A notícia está a ser avançada pelo Jornal Económico que revela que já foi assinado o acordo quadro entre os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e empresas fornecedoras de serviços de telemedicina. Desta forma, os doentes passam a poder aceder, a partir de casa, a serviços de saúde através de meios como a televisão.
De acordo com o Ministério da Saúde no portal do Governo…
Este acordo vai permitir desenvolver o Centro Nacional de TeleSaúde (CNTS), projeto pioneiro a nível europeu, que depois de equipado com pessoal e as tecnologias que o acordo vai permitir vai fazer teleconsultas, acompanhamento de doentes em casa à distância
O Executivo de António Costa sublinha que com esta tecnologia será possível tornar o SNS acessível a todos, mesmo quem vive em zonas rurais ou do interior, cabendo ao doente, por exemplo, inserir os seus dados para fazer a medição diária da tensão arterial, da oximetria (quantidade de oxigénio no sangue), da temperatura e do número de passos dados (pedómetro), releva o Jornal.
Os dados disponibilizados pelo doente seguiram para um call center clínico, que será composto por profissionais na área da cardiopneumologia, enfermeiros e farmacêuticos. Estes profissionais irão avaliar, em tempo real, o estado de saúde do doente.
A forma de como o doente vai aceder às consultas a partir de casa dependerá da doença e dos equipamentos de que possa dispor.
Este artigo tem mais de um ano
CARDIOPNUEMOLOGIA ? ui …..mas que medo. Finalmente começam a falar nesta profissão ! Afinal as greves serivram!
E então onde… Se nem nos centros de Saúde se tem consultas…
Agora em vez de se ir para a porta do centro de saúde às 4 da manhã, vai-se para a box da sala à mesma hora marcar a consulta, nada como a nossa casa
E já agora… tem aldeias em Portugal que não têm eletricidade, outras que nem TDT recebem, como vão chegar lá?
Não deixa de ser uma excelente ideia, só que a sua implementação, não vai ser fácil e as equipas médicas não vão dar para os gastos, pelo que será igualmente difícil sermos consultados dessa forma.
Aqui há uns tempos liguei para a linha de Saúde 24, pois tinha o meu pai doente, esperei vários minutos e ninguém me atendeu! Na na fatura das comunicações lá vinha o custo com a chamada, pois as chamadas para o 808242424 são pagas (não se enquadram nos pacotes de comunicações dos operadores)!
Resumindo paguei 2 ou 3 euros e nem fui atendido!
Portanto, venham de lá as novidades, mas pensem as coisas com a cabeça, para não ser mais um serviço com boas intenções mas que se revela inútil.
“Os serviços de telemedicina não são propriamente uma novidade mas, em Portugal, os doentes vão poder ser seguidos a partir de casa, usando para isso a box da televisão.”
“O Executivo de António Costa sublinha que com esta tecnologia será possível tornar o SNS acessível a todos, mesmo quem vive em zonas rurais ou do interior…”
Isto parece-me um tanto ridículo quando nem TDT existe “em zonas rurais ou do interior” ou até cobertura 3G quanto mais uma TV com box. Além disso quando alguém pensar em tornar o SNS acessível a todos deveria pensar naquelas que necessitam efectivamente do SNS e tem mais dificuldades no seu acesso e esses são efectivamente a parte da população envelhecida que vive em meios rurais e que nunca vão saber sequer que este projecto existe.
Tirando estas frases politicamente correctas ditas para alimentar o ego de quem acredita no pouco que lê, quero deixar um bem haja à iniciativa e que tenha muito sucesso pois tudo o que puder vir a facilitar o acesso à saúde é bem vindo.
Ou falta saber muita coisa, ou então parece mais um enorme desperdício de dinheiro!
Reparem, que tipo de inovação existe em alguém medir a pressão arterial com um aparelho em casa e depois introduzir esses valores com o comando da TV?! Quem diz isso, diz o peso, oximetria, etc… Vou dizer o que vai acontecer, quando existir o valor díspar, vai haver um aviso, e uma pessoa do call center vai ligar ao paciente, para descobrir que ele se enganou a digitar os valores na TV…
Já para não falar que uma pessoa que tem esse tipo de autonomia para fazer as medições e registá-las na TV, provavelmente também percebe quando esses valores não estão bem e quando procurar apoio médico.
Posso estar muito pessimista, mas não estou a ver nenhuma utilidade prática para um sistema destes.