Netflix: Partilhar contas não irá ser considerado crime
A partilha de contas de serviços sempre foi uma forma usada para conseguir rentabilizar o que se paga, garantindo que vários usam e assim vários pagam.
Se a justiça norte americana está a ponderar criminalizar essa partilha de contas, o Netflix veio a público mostrar a sua posição. A empresa não vê qualquer inconveniente na partilha de contas do seu serviço.
Esta confusão começou recentemente com uma decisão de um tribunal norte americano, que aplicou uma pena a um arguido acusado de roubar dados de uma empresa, usando uma conta de um ex-colega. Se alguns juízes não vêem qualquer problema nesta posição, um deles vê que este é o primeiro passo para que qualquer utilizador possa ser acusado se usar uma conta de Netflix ou Spotify de outro utilizador.
Apesar de ser uma posição extrema, várias empresas vieram a público mostrar a sua posição e revelar que não iam perseguir criminalmente os seus utilizadores por partilharem as suas contas.
O Netflix veio agora também expressar a sua posição e garantir que não vê qualquer problema na partilha de contas. Há apenas uma condição para isso, e que é óbvia. As contas não devem ser vendidas e nem ser ganho qualquer dinheiro com esse empréstimo.
As long as they aren’t selling them, members can use their passwords however they please.
Já antes o Netflix tinha mostrado que não tem qualquer problema com esta partilha de contas, encarando-a como uma forma de publicidade aos seus serviços de streaming de vídeo.
Algo que a empresa não aprova e que persegue activamente é a utilização de VPNs para acesso a conteúdos de outros países, mas aqui com uma justificação bem clara. Ao ser usada esta técnica, estão a ser violados os direitos de transmissão negociados e isso pode ser prejudicial para o Netflix.
Fica assim clara a posição do Netflix relativamente a este assunto que muitos entenderam ser absurdo e sem qualquer fundamento. A verdade é que a decisão foi tomada e a partilha de uma password acabou por constituir crime, tal como foi afirmado pelo acordão do tribunal.
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Essa confusão ocorreu pois um juiz quis comparar, o caso que estava julgando, com as contas de serviços como Netflix, Play Music, etc. Ele fez uma analogia arreda, pois não conseguiu ver a grande diferença entre uma coisa e a outra.
Aposto que se algum funcionário da Netflix compartilhar o login na rede interna da Netflix com alguém de fora, a postura da Netflix será totalmente diferente.
Uma coisa são os logins usados para acesso à infraestrutura interna, outra são acesso aos serviços, que é o que o utilizador/consumidor usará.
A confusão deve ser referente ao termo usado para individualizar o acesso. Normalmente usando termos em inglês: login, logon, userid, etc. ou conta, chave (de acesso), etc. em português.
* arreda -> errada