Morreu Kevin Mitnick, o “hacker mais procurado da América”
Kevin Mitnick, um hacker reformado que já foi um dos criminosos informáticos mais procurados nos Estados Unidos, morreu no domingo, de acordo com um comunicado partilhado na quarta-feira por uma empresa de formação em cibersegurança que ele co-fundou. Tinha 59 anos.
Um hacker que "deu cabo da cabeça" às autoridades
Kevin Mitnick é um conhecido hacker e especialista em cibersegurança. Nasceu a 6 de agosto de 1963 nos Estados Unidos. Durante a década de 90, Mitnick ganhou notoriedade pelas suas atividades de hacking, invadindo sistemas de várias empresas, incluindo grandes corporações e instituições governamentais.
Conhecido como o "hacker mais procurado da América", Mitnick foi perseguido pelas autoridades e ficou famoso pelas suas habilidades em engenharia social, a arte de manipular pessoas para obter informações confidenciais. Foi capaz de obter acesso a redes e sistemas usando técnicas engenhosas e explorando vulnerabilidades nos sistemas de segurança.
Em 1995, Kevin Mitnick foi finalmente capturado pelo FBI e condenado por várias acusações de invasão de computadores e roubo de dados. Passou cinco anos na prisão, cumpriu a sua pena e foi libertado em 2000. Com 59 anos, Mitnick morreu de cancro no pâncreas.
Estava a ser tratado no Centro Médico da Universidade de Pittsburgh após o seu diagnóstico há mais de um ano. Depois de cumprir pena de prisão e em liberdade, o hacker em 2000 iniciou uma nova carreira como consultor de segurança, escritor e orador público.
Na altura, as suas capacidades de manipular e entrar nas redes de telemóveis e nas redes de computadores, permitiram o roubo de milhares de ficheiros de dados e números de cartões de crédito de computadores em todo o país. Usou as suas capacidades para vandalizar os sistemas informáticos do governo, de empresas e de universidades.
Dos crimes, Mitnick declarou-se culpado de fraude informática e de fraude eletrónica como parte de um acordo com o Ministério Público e foi condenado. Foi também proibido de utilizar um computador ou telemóvel sem a autorização do seu agente de liberdade condicional durante os três anos seguintes à sua libertação.
Criminoso e habilidosos desde muito novo
Aos 12 anos, Mitnick tinha descoberto como andar de autocarro livremente usando um cartão perfurado de 15 dólares e bilhetes em branco retirados de um contentor do lixo e, no liceu, desenvolveu uma obsessão pelo funcionamento interno dos computadores e circuitos das companhias telefónicas.
Aos 17 anos, já entrava em diferentes sistemas informáticos de empresas e acabou por ter o seu primeiro encontro com as autoridades por causa dessas atividades. Foi o início de um jogo de gato e rato com as forças da lei que durou décadas.
Qualquer pessoa que goste de jogar xadrez sabe que basta derrotar o adversário. Não é preciso saquear o seu reino ou confiscar os seus bens para que valha a pena.
Escreveu no seu livro onde contou várias das suas façanhas.
Este artigo tem mais de um ano
Não sabia que o RicFazeres era um hacker. Paz a sua alma.
Para quem quer recordar têm o filme. Não era o hacker dos dias de hoje, não tinha grandes competências digitais no entanto era muito bom em engenharia social e a ludibriar pessoas
Zé Fonseca, na arte de ludibriar pessoas temos o maior hacker de todos os tempos, A Costnick.
Um tuga habilidoso, como tem que ser…
Este homem é um mito para quem anda nisto há muito tempo: https://www.imdb.com/title/tt0159784/
O maior mito do movimento hacker é o captain john draper aka captain crunch.