Matemática: Disciplina vai ter conhecimento computacional a programação
Como todos sabemos os resultados a matemática nem sempre são os melhores... mas em Portugal estão piores. O programa da Matemática vai ser revisto - não só para integrar novos temas como o conhecimento computacional e a programação mas também para reverter o "insucesso" da disciplina.
Será que com a introdução destes novos temas a disciplina de matemática poderá gerar maior motivação?
Poderá a programação ajudar nas notas a matemática?
O TIMSS (Trends in International Mathematics and Science Study) é um estudo internacional de avaliação do desempenho de alunos do 4.º e 8.º anos a Matemática e a Ciências. Além da queda a Matemática, os alunos do 1.º ciclo também desceram a Ciências de 508 pontos (em 2015) para 504 pontos (2019), ficando em 33.º lugar da tabela. Os mais velhos, alcançaram os 500 pontos a Matemática (18.º lugar entre 39 países) e 519 a Ciências - a última avaliação do TIMSS a alunos deste ano de escolaridade foi em 1995 e a diferença é enorme: mais 49 pontos a Matemática e 46 pontos a Ciências.
Em Portugal o programa da Matemática vai ser revisto para tentar garantir melhores resultados dos alunos. Para isso serão integrados novos temas como é o caso do conhecimento computacional e a programação.
A proposta de revisão vai ser pedida ao grupo de trabalho que, em 2018, apresentou um relatório com recomendações para a melhoria das aprendizagens. Desta vez o objetivo, explica João Costa, o secretário de Estado Adjunto da Educação, é "olhar para o programa como um todo".
O programa em vigor desde 2009 antecipou metas, por exemplo, do 5.º para o 3.º ano, que exige aos alunos um nível de raciocínio abstrato que terá sido identificado pelo grupo de trabalho como uma das causas que gerou "maiores dificuldades na aprendizagem", revela o JN.
Concordam com a introdução destes novos temas na disciplina de matemática?
Este artigo tem mais de um ano
Ok e os professores de matemática tem em conhecimentos de programação para ensinar os alunos ou terão de se formar nesta matéria.
Os melhores professores de programação são formados em Matemática..
Uma coisa é haver professores de programação formados em matemática, outra coisa é os professores de matemática que sempre ensinaram apenas matemática começarem depois dos 50 anos a ensinar programação
Tenho uma amiga a fazer Bioquimica, e na cadeira de programaçao, está a ter python com um prof. que só sabe projetar o exercicioe dizer: façam. Tem duvidas, pesquisem na net.
“Os melhores professores de programação são formados em matemática”, mas duvido que algum professor de matemática, até ao 12º saiba programação. Se houver é um milagre.
Posso perguntar qual é a instituição em causa?
Garanto-lhe que existem… e alguns programam em linguagens bem mais interessantes que phyton.
mas não é a maioria
Tem. Eu tive professores de programação que a formação deles era matemática. Não é só ensinar uma linguagem de programação, é o conceito de programaçãp, algoritmo, pseudocodigo, isso é a introdução. Concordo com a medida, pode abrir o interesse de muitos para a programação e contribuir a melhorar o desempenho da Matemática.
“têm”
Melhor se ficasses quieito. Corriges sem saber o que fazes.
Quem é que, a saber matemática e programação, se mete agora no ensino? Só quem for muito estúpido.
Vai piorar, por inexperiência dos professores que vão atrofiar e não vão conseguir ensinar como deve ser.
O meu primeiro professor de programação, (tive azar) estava a aprender ao mesmo tempo que ensinava, fez uma complicação que ainda hoje eu e os meus colegas que estavam a ter o primeiro contacto com a programação ainda atrofiamos quando temos que desenvolver alguma coisa.
Tinha eu 19 anos , apareceu o zx spectrum , atari bbc e outros micros , inglaterra já ensinava os miudos desde os primeiros anos de escola a usar e programar de um modo básico, passaram 37 anos… Portugal dá o primeiro passo… mau demais olhar para esta realidade , São na Realidade 40 Anos de diferença entre um País e outro numa área que é o futuro…
Mas Programação não é da área de competência dos professores de informática? Se já existem profissionais para quê dar nova tarefa aos professores de matemática?
Ai esta uma boa pergunta. Talvez alguém aqui no pplware nos posso esclarecer. Porque espero que a disciplina de IT nao continue só a ensinar a criar pastas e a trabalhar com o word sendo um programa tao básico e o excel com mais funcionalidades interessantes para aprender.
Há muitos informáticos que não sabem programar…
e muitos programadores que não sabem criar um modelo no word com estilos predefinidos e personalizados para tipos de parágrafos, gestão de títulos, etc. O que vale é que existe o Latex.
Cada ferramenta, linguagem, etc. tem o seu conhecimento ninguém vai saber tudo, daí haverem programas com a matéria que tem de ser leccionada e a metodologia que devem utilizar.
Lógica, álgebra, algoritmia é tudo conceitos computacionais e de programação que estão são do âmbito da matemática não têm de começar por python, java, classes, heranças, sql ou o raio que o parta.
Mais medidas soltas… É necessária uma reformulação bem feita em todos os níveis de ensino.
Boa noite Pedro Pinto, mas podes esclarecer algo?
Como ensinar matematica com “programação”, se depois vêm ao pplware e reparam que, nas muito poucas publicações do pplware sobre o assunto, mais precisamente na sua ultima publicação, sobre uma calculadora em JavaScript, tem um erro tão basico?
Não sei se é pedir mais dos miudos ou se do Pedro Pinto.
Mas alguém vai saber mais matemática por saber umas linhas de código? !!! Sem por em causa a importancia da programacao nos dias de hoje, a verdade é que sao coisas diferentes!!!!! É mais uma artimanha para mascarar os resultados. Passa-se a dar programação para dar menos matemática
Não é código, é lógica…
Hummm será que a descosa-se deveu à diminuição da exigência implementada pelos governos PS (o governo dos coitadinhos dos meninos) e à abolição das provas? Os professores notaram logo a diferença de preparação dos alunos…
Tal e qual!
Melhorar os “resultados” (índice de aprovações) e não os conhecimentos. O ME sempre a chafurdar no mesmo. Informática e matemática são duas coisas diferentes. Mais uma cruz para os profs carregarem.
Infelizmente, não posso concordar com a medida.
Comecei a aprender a basic, por curiosidade, aos 17 anos. Tirei o meu primeiro curso de programação antes de fazer 18 anos. No curso havia alunos sem formação, matemáticos acabados de formar e profissionais já formados. Os melhores resultados foram obtidos pelos alunos que não tinham formação (mais novos).
A formação dedicada em programação, no primeiro curso que fiz, mudou a minha forma de abordar e analisar problemas, estruturou-a e, no meu caso, hierarquizou-a. Hoje, posso garantir que foi das mudanças mais radicais que tive; mudei a forma de pensar.
Isto, e a experiência profissional que adquiri ao longo de 35 anos, levam-me a concluir que a informática é muito abrangente e deveria ser considerada transversalmente (como é) na grande maioria das engenharias. Isso obriga à existência de uma disciplina dedicada.
Se, no futuro, os «programadores» serão físicos (computação quântica), porque não incluir a informática na físico-química ? É que estamos a formar gente para o futuro, não para amanhã.
A incorporação do ensino da informática na matemática tem como objectivo a melhoria dos números; não devia ser assim. Tal como também não deveria ser assim o ensino de informática que temos, fraco e sem conteúdo programático relevante.
Uma disciplina de informática com a mesma importância e relevância da matemática e da física, faria todo o sentido. Com integração da matemática para lógica binária e física para modelos quânticos.
Uma ANEDOTA este governo e as suas intenções!
Tristes!
Acho que devia ser ao contrário, a matemática devia ser utilizada para ajudar a ensinar outras disciplinas nem que seja para despoletar interesse na matemática. Enquanto que isto for focado em “garantir melhores resultados” penso que o ensino não vai ter muito sucesso em garantir que os alunos adquiram, ou tenham interesse em adquirir conhecimento.
Neste momento, os melhores professores para ministrar programação ainda são os Professores de Informática.
São os Professores que durante o seu curso universitário foi obrigado a desenvolver aplicações informáticas e ter alguns conhecimentos de eletrónica.
Neste momento já se verifica que alguns professores de matemática já estão a inscrever em curso de programação, mas a parte de eletrónica onde fica?
E com a classe de professores em descrédito só se mantêm os mais antigos e que neste momento já não estarão preparados para dar programação nas suas aulas.
olha que não é bem assim, os formados actualmente para o grupo 39 de informática são já cursos específicos, mas isto nos últimos 10 anos, muitos professores tiveram habilitações sem formação base especifica, tendo no entanto adquirido conhecimentos para o programa da altura, é sempre necessária actualização e formação para os conteúdos que irão dar.
Os miudos já têm uma cadeira de TIC que me parece subaproveitada – apendem a usar de um modo muito ligeiro alguns programas tipo Excel e tinkercad em vez de aprender fundamentos de programação com scratch/python … É preciso alguma cautela na mistura com a matemática pois pode provocar alguma confusão se não for bem explicada. por ex X=X+2 é diferente na informatica e matemática
Percebo o que diz e concordo quase na totalidade.
Acrescento o seguinte, misturar matematica com algum tipo de programação é muito perigoso, pois ou quem ensina tem muito boa noção de diversos assuntos, e consegue simplificar para os miudos entenderem, ou é até contraprodutivo.
As disciplinas de tic, à data de hoje, têm contudos desasjustados, e nisso sim, deviam investir tempo a reformular os conteudos.
Computação está intrinsecamente ligada a matematica, mas essa sobreposição de conhecimentos não é nada facil de explicar a miudos com pouca capacidade de abstracção.
Quanto ao seu exemplo, é até um bom exemplo, pois mostra logo uma diferença entre como um miudo escreve uma simples lenha de codigo que representa a actualização do estado de uma variavel numa linguagem imperativa, e como em termos matematicos é algo absurdo.
A explicação em si é algo articulada, e um miudo vai ter dificuldade em visualizar. Explicar o que é o “estado” de uma variavel, que existem linguagens que preservam o estado, e outras não, que neste exemplo não é preservado o estado, etc…
São dominios do conhecimento que se tocam muito, mas dependendo da idade dos jovens, do seu conhecimento prévio, pode ser uma boa ferramenta, mas nunca retirando tempo de aula a uma disciplina como matematica, so acrescentando tempo de aula.
Mesmo a escolha da linguagem, que voce deu o exemplo de Python, não é algo assim tão simples, pois Python permite a actualização de variaveis como descreve, e só isso ja deveria ser algo a considerar na escolha da linguagem.
Repare que mesmo na universidade, quase todas as cadeiras introdutorias a programação são em C, e em rarissimos casos, um professor se vai meter a explicar o que implica ter a possibilidade de alteração do estado, o que são name spaces, etc.
Portanto, como meio de ensinar matematica, é preciso muito cuidado, mas a malta de muitos gabinetes ministeriais são tudo gente muito (pouco) esperta, normalmente acabam por querer coisas parvas, e não raras vezes impossiveis nos moldes que eles imaginam.
Há alunos que nem sabem fazer uma apresentação de PowerPoint,de Excel,etc.e vão tentar ensiná-los a programar ?? Tá bem,tá !! Então do lado feminino vai haver cá um “amor” à programação,ui.
Que comentário mais machista e ignorante. Aprende um bocado e pesquisa sobre Ada Lovelace, Grace Hopper, Hedy Lamarr e já agora, Karen Spärck Jones.
Deveriam era elimunar cadeiras como geografia, filosofia e a porqueria essa de cidadania e colocar programação em separado.
Pelos vistos, até a Português faltaste.