Apple envia um sério aviso a utilizadores do iPhone em 100 países
A Apple está a alertar utilizadores de iPhone em 100 países de que os seus dispositivos poderão estar infetados com spyware. A empresa afirma que se trata de um assunto grave e sugere que o software espião em causa seja o conhecido Pegasus, desenvolvido pela empresa israelita NSO Group. Este spyware é vendido a governos, permitindo-lhes espiar e roubar dados pessoais de iPhones pertencentes a jornalistas, opositores políticos, advogados, entre outros.
Investidos milhões para conseguirem espiar iPhones de jornalistas e ativistas
O jogo do gato e do rato entre a Apple e a NSO Group mantém-se. Em 2021, a Apple criou notificações de ameaça para alertar utilizadores de iPhone alvo de ataques patrocinados por Estados.
Estes ataques têm como alvo grupos pequenos, dificultando a sua deteção e a proteção das potenciais vítimas. A Apple envia uma mensagem via iMessage, um e-mail, e uma notificação no site da Apple ID a quem considera estar em risco.
Segundo um relatório publicado ontem, dois utilizadores de iPhone afirmaram ter recebido este aviso. Um deles é Ciro Pellegrino, jornalista italiano da Fanpage.it. Disse ter recebido uma mensagem e um e-mail da Apple a informá-lo de que o seu iPhone estava infetado com spyware.
Referiu ainda que a Apple revelou que estas notificações foram enviadas para utilizadores em 100 países.
Yesterday I got a verified threat notification from Apple stating they detected a mercenary spyware attack against my iPhone.
We’re talking spyware like Pegasus.
All I know for sure right now is that someone is trying to intimidate me.
I have a message for them: It won’t work. pic.twitter.com/mLPVyttFwm
— Eva Vlaardingerbroek (@EvaVlaar) April 30, 2025
A segunda pessoa a partilhar publicamente a receção deste alerta foi Eva Vlaardingerbroek, uma ativista holandesa de direita, que publicou no X (Twitter) a notificação recebida. No vídeo partilhado, é possível ver a mensagem da Apple que dizia:
A Apple detetou um ataque dirigido com spyware mercenário contra o seu iPhone. Este ataque visa-o especificamente devido a quem é ou ao que faz. Embora nunca seja possível garantir totalmente a deteção, a Apple tem elevada confiança neste aviso — por favor, leve-o a sério.
No seu tweet, Eva escreveu:
Ontem recebi uma notificação verificada da Apple a indicar que detetaram um ataque com spyware mercenário contra o meu iPhone. Estamos a falar de spyware como o Pegasus. Sei apenas que alguém está a tentar intimidar-me. Tenho uma mensagem para eles: não vai resultar.
A Apple recomenda que quem receba este aviso ative o Modo de bloqueio através de: Definições > Privacidade e Segurança > Modo de bloqueio.
Esta funcionalidade ativa-se em segundos e “oferece a mais forte proteção para utilizadores como você, que são alvo de ameaças digitais sofisticadas”.
A Apple avisa ainda:
Os atacantes com spyware mercenário são persistentes e poderão tentar atingi-lo por outros canais, dispositivos ou contas que não estejam associadas à Apple. Se não conseguir contactar um perito, altere de imediato as palavras-passe de sites e serviços sensíveis que acedeu a partir do seu iPhone. Caso o ataque tenha tido sucesso, podem ter sido roubadas credenciais de outros serviços.
Por fim, a Apple aconselha a atualizar o iPhone para a versão mais recente estável (iOS 18.4.1) em: Definições > Geral > Atualização de Software.
Atualize todos os dispositivos Apple que possui e ative o Modo de bloqueio em todos. Também deve atualizar todas as aplicações de mensagens e de armazenamento na nuvem para a versão mais recente disponível.
Israel esta a torna-se uma ameaca para a estabilidade mundial para nao falar em genocidas que sao!
Calma menine!
Foste devorado pela propaganda vigente. Tristeza.
Sabes que o Pegasus não pertence ao governo israelita mas sim a uma empresa privada de segurança que o desenvolveu com aquele objectivo e que não é único no mundo…
Btw.. ao que tu chamas genocidio é na verdade direito de defesa
> “Btw.. ao que tu chamas genocidio é na verdade direito de defesa”
Chocante comparação. Absolutamente vergonhoso. Mesmo sem defender ataques terroristas não entendo como é possível comparar as ações genocidas do regime israelita a “direito de defesa”
quando tens população que alberga e protege o Hamas, parece que estão ligados, mas na verdade os palestinianos mortos são tudo menos inocentes, muitos são familias de membros do Hamas que os protegem que se fossem todos civis
A velha desculpa dos escudos humanos.
Se são assim tão eficazes a identificar os familiares do Hamas como é que não conseguem descobrir onde estão os reféns e vão lá libertá-los? Todos sabemos que em guerra há efeitos colaterais mas não achas que há limites?
Espero que não venhas com o ridículo argumento que estou a defender o Hamas.
Não descobrem porque são escondidos em túneis guardado segredo pela população que acha que os israelitas são o lobo mau porque foram evangelizados dessa forma.
Não acho que deva haver limites, também não houve limites quando o hamas atacou civis indiscriminadamente, acho que vale tudo pra garantirem que tal nunca mais volta a acontecer, se isso significa um genocidio literal, seja.
curiosamente esse é o mesmo argumento que os alemães usavam em França e nos demais países ocupados.
E o mesmo que os russos, a diferença é que no caso de Israel é real, sempre foi, só nunca tinha tomado estas proporções. Depois é tudo uma questão de perspectiva pessoal, os fins justificam os meios? Se fosse com os nossos certamente diríamos que sim, então sejamos honestos..
Não @Zé, um genocídio não é e nunca será justificável por uma razão muito simples. É um crime mesmo em tempos de guerra.
dois errados não fazem um certo, Zé
O Pegasus é um spyware caro e extremamente sofisticado, criado por uma empresa israelita e vendido apenas aos governos aliados de Israel, ou melhor, do mundo Ocidental. Apesar de, em teoria, ser destinado a combater ameaças graves, como o terrorismo, na prática tem sido usado para vigiar pessoas consideradas “valiosas” pelos compradores – e o que torna alguém valioso depende muito dos interesses de quem está por trás da vigilância. Os alertas recentes da Apple mostram que, afinal, até pessoas pouco conhecidas podem tornar-se alvos estratégicos, dependendo do contexto.
Este cenário levanta uma questão preocupante: quem está realmente a salvo? Já não faz sentido pensar que só chefes de Estado ou grandes figuras públicas são visados. Hoje, basta ter uma voz ativa, defender uma causa sensível ou envolver-se em temas polémicos para entrar na mira destes sistemas. Não é preciso ser uma celebridade internacional; por vezes, basta incomodar os interesses certos.
O facto de a Apple ter alertado utilizadores em dezenas de países mostra como a vigilância digital se tornou um problema global. Qualquer pessoa – seja um jornalista local, um ativista, um advogado ou alguém que partilha opiniões críticas nas redes sociais – pode, em algum momento, chamar a atenção de quem tem acesso a estas ferramentas.
O caso do Pegasus serve, assim, de aviso para todos nós. Não está em causa apenas quem está “no topo”, mas qualquer pessoa que valorize a sua privacidade e os seus direitos. Muitas vezes, o objetivo destes ataques é intimidar, mapear redes de contatos ou antecipar movimentos de grupos considerados incómodos. O contexto político, a exposição mediática ou até questões pessoais podem justificar este investimento, mesmo quando o alvo não parece importante à escala internacional.
No fundo, o conceito de “alvo valioso” está a mudar e tornou-se muito mais flexível do que imaginávamos. E isso deve preocupar-nos a todos.
Muito bem. Excelente análise.
A verdadeira ameaça é quem compra. Felizmente existe um rótulo para os distinguir.
A direita tem que ser parada, essa é a grande ameaça que nos empurra para o abismo.
Não, o problema é e sempre foi a esquerda…
Pois vai delirando, a mim não me enganas.
O X não delira. Não, o X não delira com foices e martelos, não delira com os horrores do comunismo que defende, não delira com a miséria que o comunismo sempre espalhou pelos povos por onde andou disseminado, não delira com os genocídios do comunismo que defende. O X não delira com tudo isto… o X aceita tudo isto como natural e defende o comunismo como a salvação… mas salvação não sei de quê nem de quem já que, inevitavelmente, nem os Xs do comunismo alguma vez se salvaram das atrocidades do comunismo por onde quer que tenha ele andado.
Mas… Que se passa Apple? Então não era um sistema do melhor do mundo? Em que nem o FBI e a CIA conseguiam entrar? As vezes a humildade da Apple e dos seus defensores devia ser revista.
Informa-te como funciona o Pegasus
“Vamos pôr o vosso telemóvel mais lento em nome da segurança. Depois vão querer comprar um novo e mais rápido. Em suma, só queremos o vosso dinheiro.”
Ora bolas, os proprietários da maçã dentada a gabarem se que o iPhone é mais seguro que o Android,,,,,, ATE VOS ESPUMAIS TODOS PELA BOCA……
Nos Android quem está a ser espiado nem faz ideia
Sim claro oh zé da esquina
ó amiguinho, menos clubite e mais comentários inteligentes
Verdade
O melhor sistema é tb ele o mais básico, burner phone e semana a semana descartá-lo e comprar um novo e obter outro cartão sim com outro número e dar esse número apenas a quem dele necessita.
Com isto não há Pegasus que resista…
Mas não, querem é Aifones, então toma lá disto.
“Referiu ainda [Ciro Pellegrino, jornalista italiano da Fanpage.it] que a Apple revelou que estas notificações foram enviadas para utilizadores em 100 países”.
Surpreendeu-me o número de países e fui confirmar, não fosse haver algum engano. Na verdade, a Apple enviou notificações esta semana a utilizadores de 100 países, mas no total, ao longo dos anos, são mais de 150. O que escreveu exatamente a Apple no mail para Eva Vlaardingerbroek e que é igual ao de Ciro Pellegrino:
“Desde 2021, enviamos notificações da Apple de ameaças como esta várias vezes por ano, à medida que detetamos ataques de spyware mercenário.
A notificação de hoje está a ser enviada para utilizadores-alvo em 100 países e, até ao momento, notificámos utilizadores em mais de 150 países”.
Embora não seja mencionado o nome do spyware, pela sua descrição, é o Pegasus ou um spyware igualmente sofisticado. Tanto quanto se sabe, o Pegasus só é fornecido a governos. Não se pode cair na tentação de dizer que os “150 países” são 150 governos, porque um mesmo governo há de ter usado o spyware em utilizadores em vários países. Na verdade, assim, nem se tem uma ideia de se são muitos governos ou são poucos.
Um dos que está confirmado que usou o Pegasus é o atual governo italiano, que o reconheceu, embora não tenham identificado quais foram os alvos, dando apenas uma caraterização genérica. Chegou-se lá porque o jornalista italiano que é chefe de Ciro Pellegrino, em janeiro, informou que a Meta (não a Apple) o avisou que estava a ser alvo de spyware. Outro governo que se sabe que usou o Pegasus foi o atual governo Espanhol.
Isto ultrapassa a questão de esquerda/ direita – o governo de Meloni é de direita e o de Pedro Sanches é socialista, Eva Vlaardingerbroek é uma ativista holandesa de direita e Ciro Pellegrino é um jornalista italiano de esquerda.
Novidades, há?
E dessa forma que conseguem mais facilmente chantagear governos, conhecem os podres deles. Eu ja disse isto uma vez mas todos os nossos segredos estao nestes dispositivos electronicos. Quem disser o contrario estara a mentir.
Aifone nunca na vida
Ainda bem. Um número não cabe a todos 😉