Play Store: Jogos gratuitos deixarão de ter compras in-app
Quantas vezes não fez o download de um jogo e quando começou a jogar apercebeu-se de que para avançar de nível teria que comprar a versão paga, ou comprar algumas vidas extra?
Estas situações são comuns em centenas de jogos, principalmente os destinados aos mais novos, já que serão eles a ter um maior impulso para adquirir mais uma vida para jogar mais 10 minutos, ou mais um acessório para adicionar ao seu jogo, o que em alguns casos vai acabando por se reflectir em contas bem pesadas para os pais.
Por acontecimentos como estes, em que não houve um acompanhamento parental suficientemente eficaz para evitar que os miúdos gastassem, em muitos casos, centenas de euros nas aplicações que jogavam nos smartphones e tablets dos pais, foram feitas na União Europeia inúmeras queixas relativas às compras integradas em aplicações de jogos em linha, ou seja, às compras feitas dentro de uma aplicação que se dizia gratuita.
Tendo em conta estas queixas, o facto de as compras serem efectuadas essencialmente por crianças e ainda a falta de informação revelada pelos pais nesta matéria, as autoridades nacionais e a Comissão Europeia uniram esforços para encontrar soluções para este problema.
Em Dezembro de 2013, foi comunicada à Apple, à Google e à Federação Europeia de Software Interactivo quais deveriam ser os procedimentos correctos a tomar de forma a salvaguardar os interesses dos consumidores, nomeadamente:
- Os jogos publicitados como sendo «gratuitos» não deveriam induzir em erro o consumidor sobre os custos verdadeiramente envolvidos;
- Os jogos não deveriam incitar directamente as crianças a comprar determinados elementos num jogo ou a convencer os adultos a comprá-los;
- Os consumidores deveriam ser informados adequadamente sobre as modalidades de pagamento e as compras não devem ser debitadas através de definições por defeito, sem o consentimento explícito do consumidor;
- Os comerciantes deveriam fornecer um endereço de correio electrónico para que pudessem ser contactados pelos consumidores que pretendessem pedir esclarecimentos ou apresentar reclamações.
Perante esta proposta, a Google já colocou em prática uma série de alterações que deverão estar concluídas até ao final do próximo mês de Setembro. A não inclusão do termo "gratuito" quando os jogos contêm compras in-app, a elaboração de normas para programadores das aplicações no sentido de não incitarem a compra directa de extras aos jogos às crianças e a adopção de medidas calendarizadas destinadas a ajudar a monitorizar infracções à legislação europeia de defesa do consumidor, são algumas das alterações em curso.
Além do mais, a Google ainda alterou as suas definições de modo a que os pagamentos tenham de ser autorizados para que possam ser efectuadas compras in-app, caso o consumidor assim o queira.
O comunicado de impressa da Comissão Europeia refere ainda que, "infelizmente", a Apple ainda não apresentou quaisquer soluções concretas e imediatas para a resolução desta questão e, apesar de se ter mostrado receptiva à procura de respostas adequadas, não assumiu qualquer compromisso firme nem apresentou qualquer data para a introdução de possíveis alterações.
Agora, o controlo da aplicação da lei, incluindo eventuais acções em justiça, é da responsabilidade das autoridades nacionais, que passam a decidir a abordagem a adoptar em relação a quaisquer questões legais ainda por resolver.
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Vamos ver se encontram um ponto de equilíbrio.
A verdade é que muitos jogos são gratuitos e só compra quem quer. Para as crianças ainda percebo alguma proteção, agora adultos nem por isso, porque o processo de compra é bastante visível.
Muitas vezes o in-app é apenas usado para tirar a publicidade e não há truque nenhum aí.
Na minha opinião isto é muito simples, os pais que tenham cuidado… ainda por cima agora os telefones tem perfis, da para por codigos… tanta proteçao…
A própria google envia um sms para a certificação da compra antes de esta ser feita… ou estou errado?
mim pede a password.
Concordo totalmente, quantas vezes já saquei um jogo gratuito todo catita, até estou a curtir bué e depois chega altura e, tenho que pagar para ter cartas ou armas XPTO… Se eu quisesse-se um jogo pago tinha ido o comprar não tinha ido ao gratuito que no final tenho que comprar.
Isto é como a treta do tráfego limitado que afinal é limitado a 15 gigas…
e nao achas que os desenvolvedores devam receber dinheiro? eu acho que compras in-app sao positivas tanto para consumidores como para desenvolvedores, por uma lado nos podemos jogar jogos com outra qualidade sem ter que dar dinheiro por eles, muitas das vezes compra mos um jogo a pensar que vamos ter horas de diversao e dias depois ja esta desinstalado,com este sistema podemos jogar e se nos “viciarmos” podemos gastar,ajudando os desenvolvedores.
para a protecao de criancas e simples, a google podia permitir desactivar comprar in app, na nossa conta, ou pedir a senha sempre que fosse preciso comprar, assim as criancas nao gastavam o dinheiro dos pais, podiam ainda destacar na store que a aplicacao tem esse sistema.
Tanto no iOS como Android os desenvolvedores recebem uns 30 centimos (se não estou em erro no valor) por cada download mesmo sendo gratuito!
Eles metem pub e in-app para receberem mais.
Em alguns casos acho que vale a pena, outros nem tanto daí as empresas dos sistemas operativos estarem a tomar medidas.
Eu aceito a publicidade na boa, as pessoas tem que ser pagas pelo o trabalho.
Desde que não tenha 17 anúncios a cada 2 minutos.
Filipe infelizmente estás errado. Os desenvolvedores não recebem nada dos downloads gratuitos. Se fosse assim tão fácil..
Já agora, dos downloads pagos ou in-apps recebemos 70% no caso da Google e 60% da Apple (na Europa devido a impostos é retirado cerca de 10% a mais). Na publicidade o sistema é o mesmo, 70% das receitas.
É tipo o casino, a única certeza é que a “casa” ganha sempre!
Acho que os desenvolvedores devem ser pagos, sempre existiram demos, e são chamados demos/shareware, os jogos gratuitos são chamados freeware.
Logo a distinção faz sentido ou é shareware ou é freeware agora se gratuito é jogar 30% e depois teres que chipar, isso para mim é shareware.
Há espera podes continuar a jogar mas demoras 40 dias para fazeres o que fazes em 2 dias com o item pago.
Software
Payed – pagas quando compras
Free – não pagas
Freemium – não pagas para adquirir, mas podes pagar para ter acesso a conteúdo ingame, sejam ajudas ou exclusivas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Freemium
DLC – downloadable content, extra ao jogo original, pode ser pago ou não
Não há nada que discutir aqui, a não ser o facto da Apple facilitar ao máximo as compras, sendo que as crianças sem ter consciência do que estão a fazer, compram tudo o que lhes aparece há frente, ao contrário da google que pede password.
Na minha opinião,não sei se isto é bom ou não porque acho que este tipo de aplicaçoes leva muita gente ao engano… Mas tambem acho um exagero as aplicações ficarem sem este tipo de mecanismo, porque afinal de contas, à aqueles jogos que só utilizam esse tipo de compras qud alguem pretende “acelarar” o jogo. Ou seja, deveria de haver avaliações para avaliar quais os apps que realmente se justifica este mecanismo (na minha opiniao… os jogos) Mas tb é ridiculo a quantidade de apps deste genero que mao que mais valia dizer que e paga do que ter um minimo de funçoes so mesmo para dizer que e gratis. Mas outra coisa que vai acontecer e aumentar a pirataria… Como? Apps sem mecanismo de compra in-app vão ser muito mais faceis de fazer download em qualquer site. Se procurarem por apps pagas gratis (na net) vejam se não e muito mais facil fazer download das mesmas do que as que tem o mecanismo(gratis mas com in-app).
João, as aplicações não vão deixar de ter este tipo de mecanismo, o que vai passar a acontecer é que vão deixar de ser consideradas gratuitas e passarão a explicar de forma mais clara que contém conteúdos que podem ter de vir a ser pagos.
Isso de nada vai afectar o versão do heartstone para android espero…
Obrigado pelo esclarecimento 😉
Espero que avancem com isso rapidamente
Não acho nada bem isso, os pessoal que cria os jogos gratuitos têm de ter mais income senão dedicam-se à pesca, que deve ficar mais rentável.
Ou são GRATUITOS ou “parcialmente pagos.”, logo a google só está a criar essa distinção. O pessoal que cria os jogos tem que ser pago , mas eu como consumidor final não gosto de ser enganado pelo o termo “gratuito”.
Não estás a ser enganado, se assim fosse qualquer site/serviço que tivesse uma versão gratuita e outra paga estava a enganar os consumidores. Isto aplica se por exemplo ao serviço cloud, dropbox. Drive, iCloud, etc
Viva,
Tenho 2 jogos instalados e um deles é justamente o Candy Crush Saga que se vê na imagem porque recebia pedidos no Facebook que até chateava. Por curiosidade instalei e ao perceber o limite de tempo lá me lembrei de alterar a hora, depois a data e resultou.
Acho que é uma boa iniciativa da Google. Os marketeers vão ter de se esforçar mais. Bom domingo.
tanto trabalho, quando o “freedom” resolve o problema…