Inacreditável: Avião Boeing 737 MAX 9 perde porta em pleno voo
Não é muito comum que existem problemas com os componentes de um avião em pleno voo. No entanto, há um ou outro modelo problemático como é o caso do Boeing 737 MAX 9. Recentemente, um Boeing 737 MAX 9 da Alaska Airlines perdeu uma porta em pleno voo.
Houve uma explosão na porta do Boeing 737 MAX 9
Segundo revela a RTP, o regulador norte-americano ordenou este sábado a suspensão temporária de 171 aeronaves Boeing 737 MAX 9 para verificações de segurança "imediatas". De acordo com as informações, esta medida foi anunciada horas após uma explosão no painel de cabine em pleno voo, tendo o avião sido forçado a fazer uma aterragem de emergência.
O avião fazia a ligação entre Portland, em Oregon, e Ontário, na Califórnia acabou por perder a porta em pleno voo. Segundo revela o canal, o Boeing 737 MAX 9 em causa, ao serviço há apenas oito semanas, acabou por aterrar em segurança com os 171 passageiros e seis tripulantes a bordo.
De recordar que este modelo, o mais vendido da Boeing, ficou em terra durante quase dois anos após os acidentes aéreos de outubro de 2018 e março de 2019, que no conjunto provocaram mais de 340 mortos.
Nuns lados dizia-se porta, noutros janela – não é nem uma coisa nem outra.
Diz a Reuters que originalmente seria uma porta de emergência – mas as companhias de baixo custo fecham-na e criam mais uma fila de lugares. Diz que a fuselagem para o Boeing 737s é feita pela Spirit AeroSystems, com sede no Kansas, que se separou da Boeing em 2005.
A foto mostra o buraco da porta/janela, a fila de bancos e uma máscara de oxigénio por cima do banco.
Não diz se ia alguém sentado naqueles bancos. Se não tinha o cinto posto não vejo como se segurava. Um valente susto para todos.
https://www.reuters.com/business/aerospace-defense/us-safety-board-investigating-alaska-airlines-boeing-737-max-9-emergency-landing-2024-01-06/
Estiveste perto. Essa saída de emergência é obrigatória quando a fuselagem contem um número superior de lugares para corresponder ao requerido na regulação da FAA. (Um avião tem que ter X portas de emergência / passageiro). Nas companhias de baixo custo, essa saída de emergência existe. A Alaska Airlines não é um companhi low-cost e a fuselagem do 737-9 MAX deles tem 178 lugares. Um 737-8 da Ryanair (já este modelo cuja fuselajem é mais pequena) tem 197 lugares.
Leste o que diz a Reuters (link)? Vê bem a foto do link – não há lá nenhuma porta de emergência, há duas filas de assentos.
Por muito boa reputação que a Reuters tem, prefiro obter informações sobre o setor de aviação pelas entidades reguladores. Aqui um press release da própria NTSB a explicar a ocorrência e a questão da porta “desativada” https://www.youtube.com/live/NGC0z8HgrTU?si=ERnmHfhfZZYlCU_1
OK, tens razão. O Boeing não perdeu uma porta, perdeu a parte da fuselagem onde pode ser instalada uma porta. A porta não estava operacional porque a Alaska Airlines não é um companhia low-cost. Diz a Reuters:
“Uma seção da fuselagem reservada para a porta opcional desapareceu, deixando uma lacuna em forma de porta. O assento ao lado do painel, que continha uma janela comum, estava desocupado.
A porta extra é normalmente instalada por companhias aéreas de baixo custo usando assentos extras que exigem mais caminhos para evacuação. No entanto, essas portas estão permanentemente “conectadas” ou desativadas, em jatos com menos assentos, incluindo os da Alaska Airlines.”
“De acordo com o NTSB, a parte do avião que se destacou foi uma porta de plugue, que cria uma vedação onde uma porta de emergência estaria em configurações com maior capacidade de passageiros. Do interior do avião, parece ser um assento normal na janela, mas aparece na forma de uma porta do exterior.”
https://www.nbcnews.com/business/business-news/alaska-air-flight-ntsb-rcna132714
Novamente um problema grave com um Boing 737 MAX. Depois de mais de 1 ano proibido de voar em todo o mundo (março de 2019 a novembro de 2020) cá está ele de novo com problemas. De notar que de 2020 a 2022 praticamente não circulavam aviões de passageiros por conta da pandemia de COVID-19 e de todas as restrições internacionais. Espero que isto não seja mais um indício de problemas por resolver.
Certamente que os 10 Airbus A320neo que an Alaska Airlines vendeu à American Airlines no ano passado vão continuar a operar sem interrupções. Sorte para os passageiros da American.
Isso foi porque a Alaska Airlines comprou a Virgin America que operava com Airbus. Vendeu os Airbus (Vi isso quando quis perceber a sua dimensão. Não é uma low cost, ao contrário da Virgin, que era).
Quando a compra da Virgin era assumido que a frota ia ser transferida para a Alaska.
Mas a decisão de venda dessas aeronaves posteriormente partiu da Alaska, visto a maioria desses A320neo terem sido entregues depois da aquisição da Virgin. Um decisão feita por motivos económicos e logísticos, para evitar operar dois modelos distintos de narrow body.
Agora a maioria dos seus narrow bodies estão parados, ao contrário da American Airlines. Espero que economicamente ainda tenha sido uma boa opção.
Para an American foi de certeza, podem agora vender os seus bilhetes a preços premium. Certamente eles agradeceram o negócio.
eu sei que não vou voar nessas coisas mal feitas