Governo desiste da Critical e perde meio milhão
O Ministério da Justiça havia contratado em 2010 a Critical Software para um projecto de 1 milhão de euros, para criar funcionalidades e tornar mais seguro o sistema informático dos tribunais, que apoiaria o novo Código de Processo Civil.
O ministério tinha já entrado com 50%, cerca de meio milhão de euros, mas o acordo não foi cumprido.
A Critical Software já tinha sido contratada pelo Governo anterior em 2010, mas o acordo de 1 milhão de euros não foi cumprido, pelo que o Ministério da Justiça (MJ) preferiu utilizar uma equipa interna para desenvolver funcionalidades extra e de segurança no seu sistema informático, relata o DN. No entanto, esta equipa interna demitiu-se no início deste ano.
O MJ garante que "a empresa Critical não teve qualquer participação neste projecto". Este resolveu o assunto instalando uma nova versão do sistema informático em todos os tribunais, esta 3ª feira, pela equipa de Coimbra. Garante ainda que, após "análise técnica", foi desenvolvida esta nova versão, melhorada, com recursos internos do MJ e suporta o novo Código de Processo Civil.
Essa dita análise confirmou as conclusões de outra análise anterior, realizada pelo Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça (ITIJ) em 2011. Em linhas gerais, considerava que a proposta da Critical Software não fornecia as funcionalidades e segurança necessárias e afirmava que a migração para .NET era por puro comodismo.
O Citius Plus, nome do dito sistema de 1 milhão de euros, "ficou parado no tempo, com desenvolvimento incompleto, em meados de 2011", relata o MJ.
No entanto, no site dos contratos públicos online, é possível encontrar a publicação de um contrato de 16-10-2012 por 70.000€, com a seguinte descrição "serviços informáticos de apoio ao roll-out, manutenção correctiva e manutenção evolutiva do sistema CITIUS Plus".´Ou seja, a instalação da aplicação noutros tribunais - este contrato já foi adjudicado.
A Lusa questionou o MJ para perceber o intuito desta adjudicação, considerando que o desenvolvimento do Citius Plus estava incompleto, mas não obteve qualquer esclarecimento.
Em tempo de crise, meio milhão de euros "desperdiçados", mais 70.000€ não se sabe bem para quê... E vão surgindo sites como o H@bilus & Citius Leak relatando todos os factos e questionando muitas destas "trocas e baldrocas" no que toca dinheiros públicos.
Este artigo tem mais de um ano
Era preciso conhecer mais pormenores para ter uma opinião formada sobre este assunto, mas parece-me que se vai poupar onde não se deve… Se a equipa interna está demissionária, não estou a ver como vão proceder a melhorias de segurança.
Em todos os governos…é so FILMES e mais FILMES…
era demiti-los a todos…e mais nao digo senão tou feito 😛 heheheh 😉
A critical tem muito o habito de substituir sistemas completos em vez de os melhorar e adicionar funcionalidades. Há que reutilizar o software que já está desenvolvido. Sei que por vezes é difícil, mas tratando-se de grandes aplicações, alguma estrutura lógica devem ter.
Tenho conhecimento que já não é a primeira nem segunda vez que a Critical toma esta decisão (substituir o sistema completo por uma nova aplicação) para com grandes empresas. De certo modo é uma técnica para fidelizar clientes. No entanto desta vez do meu ponto de vista o gasto de meio milhão, vai poupar outro meio milhão ao estado e mais um tanto em futuras correcções, implementações e formação de funcionários.
Se existe uma equipa interna para desenvolver software, há que a por a gerir bem e por a funcionar correctamente e com eficiência, em vez de estarem apenas a observar o que os outros fazem. Se o privado consegue o estado também o tem de conseguir.
Para quem não sabe…. este tipo de problemas contribuem para o atraso da tramitação de processos em tribunais, que somado à fraca formação das pessoas que trabalham com este programa, resulta no caos e desordem que reina em certos tribunais. Acompanhado esta situação do lado de fora já não me surpreende nada as atitudes tomadas pela ITIJ. Depois da Sra. Ministra da justiça já ter atacado os advogados; os Agentes de execução; e os juízes, acho que está na hora desta Sra. olhar para dentro da casa, e correr com algumas “jarras da china”, e de uma vez por todas colocar todos os intervenientes da justiça (advogados, tribunais e agentes de execução), a “falar a mesma língua”…. ou seja, partilharem a mesma plataforma.
Nem mais.
A mim parece-me é que se distribui muito dinheiro de formas pouco claras.. Nisto tudo uma coisa é certa não há dúvida, alguém/alguns ficam com os bolsos bem cheios e quem paga isso somos nós..
Cito:
“era demiti-los a todos… e mais nao digo senão tou feito”
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Deviam-se demitir era os eleitores que votaram neles!!!!
Seria giro, vir a saber qual seria a percentagem dos “não votantes” que estão atualmente a fazer parte dos descontentes deste país.
Ainda não aprenderam que estes senhores só lá estão porque os verdadeiramente descontentes só se apercebem da sua real situação quando esses galos caem no poleiro legislatura após legislatura.
O povo é que tem a culpa, não são eles.
Há já muito tempo que me “demiti”
A tal equipa que se demitiu foi a que criou o CITIUS e o Habilus e que já lá estava há muitos anos, por isso, nada de novo.
Mas que o sistema não presta isso não é nenhuma novidade, basta dizer que não existe largura de banda suficiente, os computadores são velhos e andam a pedal, e mais não digo, porque muito mais há para dizer, mas podem publicar com o meu nome pode ser que me mandem embora que estou farto da m###a dos tribunais, juízes, procuradores (estes dois últimos com 2 meses de férias e nada fazem, a não ser andarem ás turras uns com os outros e só pensarem neles).
Adeus
K ñ se pode comentar e o meu post??
Mas há aqui algo que não ficou bem esclarecido, por isso só posso conjecturar!
Mas se a empresa não cumpriu como é que o Estado, ou melhor, todos nós, perde dinheiro?
Então o Estado não acautelou o dinheiro dos contribuintes com cláusulas que contemplassem o incumprimento?
E se foi o Estado que não cumpriu e então perderá o dinheiro mais eventuais indemnizações, como é que o Estado, mais uma vez, antes de contratar não mediu os prós e os contras.
É que assim, se nada é acautelado pelos srs. que nos (des)governam, bem podem chover euros e retenções em salários, reformas e pensões.
Se não pusermos um fim a isto, esta situação não tem fim!
Em qualquer dos caso é uma vergonha!
Que feio.É muito feio um ministério,seja ele qual for,prescindir dos préstimos de uma empresa do seu próprio país.Que vergonha de governo!!Em vez de se chegar a uma solução vai-se logo à demissão e cessação imediata das funções!!Cambada de deputados inúteis.Anda toda a gente a trabalhar como escrava,como um negro,para ao fim do mês encher o bandulho de cada um deles!!E de tipos que muitas vezes só vão ao Parlamento da parte da tarde porque de manhã dedicam-se à caminha.Ou a negócios que mais lhes convém a eles.Corja de gatunos.
1 Milhão por software?!?! (tb tirava cafés?!?)
500 mil deitados ao lixo assim…(@!?#:(@@!) …sim, euros
Já me foram ao bolso… outravez e outravez. Entrada a pés juntos, sem cartão.
Por 50 Milhões faço um programa em excel para somar despesas. Será que me avançam, pelo menos, uns 25 Milhões??
Enfim, podia ser pior… podiam ter entrado com 100%.
Que comentário mais ignorante!
Porque achas que estas empresas são grandes (…e pagam mal a quem lá trabalha), se não fosse o “pai” “estado”, não eram nada. Arranjinhos. É um filme que esta sempre em loop, este foi apenas um caso a juntar a tantos outros.
Usando o excel estás a pagar à M$…
Para quando a mudança para Linux?? Por 1 milhão fazia-se em qualquer plataforma com a diferença do preço das licenças!
Também já reparei que o software do estado é um bocado caótico usando cada um o que lhe apetece.
Conheci a realidade dos tribunais no que se refere ás TI e o Habilus foi um sistema que saiu da corolice e engenho de um funcionário. Creio que isso é de louvar, mas neste meio não se pode parar no tempo e creio ser esse o verdadeiro problema do Ministério da Justiça. Os equipamentos e os sistemas já estiveram no topo, tendo em conta o que existia em Portugal no sector publico, mas não souberam adaptar-se…e os resultados actuais derivam dessa mesma falha.
Caro “Outsider”, eu também conheço a realidade dos sistemas de informação dos tribunais e garanto-lhe que, de entre os gestores de projeto (internos e externos) que alguma vez passaram pelo Ministério da Justiça, o “carola” de que fala é de longe o melhor. Não é por acaso que agora escolheram o legado que ele deixou e também não foi por acaso que a equipa dele se demitiu em bloco no início do ano.
Já tive a necessidade de estar dos dois lados da barricada, na escolha e implementação de sistemas, e por outro lado como utilizador, já vi de tudo um pouco
Empresas a propôr sistemas maravilha que iam “resolver tudo”, em que o unico contacto tido com a mesma foi mandar alguém lá entregar a proposta, até trabalhos feitos com pés e cabeça onde a análise funcional era determinante para a construção da proposta base
Também por experiência há sempre 2 lados determinantes, a concepção e instalação e na outra ponta implicar os utilizadores no assunto com o mais simples e funcional que os mesmos possam desejar
Um utilizador quanto mais complexo for o sistema, menos tralha quer ter à sua frente, como usam perguntar, “em que teclas mexo”, não quer saber o resto, a Srª. que me tira o Registo Criminal na Loja do Cidadão só quer é mesmo que aquilo se despache porque tem à sua frente mais 50 ou 100 senhas para atender
Notável ser referido que um “carola” iniciou o sistema e de dentro do próprio ministério apareceram as soluções, afinal era simples o conhecimento do dia a dia facilita sempre tudo
Claro que depois o chamado “outsorcing” fica a perder, mas com jeitinho ainda vai mesmo facturar mais algum
Entretanto também faz parta de certas estratégias, dizer que são uma cambada de calões e arranjar forma de os tais “carolas” irem andando