Gabinete de Boris Johnson alvo do software espião Pegasus
O programa informático Pegasus, da NSO, tem sido usado em todo o mundo para espiar telefones e computadores de políticos, defensores de direitos humanos, jornalistas e até membros da Igreja católica.
Desta vez o alvo foram os membros do gabinete de Boris Johnson. Há informações que independentistas catalães foram também espiados.
Apoiantes da independência da Catalunha também espiados com o Pegasus
De acordo com o grupo Citizen Lab, alguns membros do gabinete de Boris Johnson e do Ministério dos Negócios Estrangeiros foram alvos do spyware Pegasus.
Segundo o grupo...
Confirmamos que em 2020 e 2021 observámos e notificámos o governo do Reino Unido de múltiplas suspeitas de infeções com o spyware Pegasus dentro de redes governamentais do Reino Unido
O Citizen Lab acredita que o spyware disponibilizado nos dispositivos móveis dos membros do gabinete de Boris Johnson terá sido introduzido por alguém dos Emirados Árabes Unidos.
Além deste caso, sabe-se também que os telefones de vários apoiantes da independência da Catalunha, incluindo o do chefe do governo autónomo e outros dirigentes eleitos, foram espiados com um programa acessível apenas a governos, assegurou hoje uma organização de direitos cívicos na cibersegurança.
O grupo Citizens Lab, relacionado com a Universidade de Toronto, revelou que tem sido feita uma investigação em grande escala, em colaboração com grupos da sociedade civil catalã, que apurou que pelo menos 65 pessoas foram atingidas pelo que designou de ‘spyware mercenário”, vendido por duas empresas israelitas, a NSO Group e a Candiru.
A Citizens Lab especificou que a sua investigação ao uso em Espanha do Pegasus e de programas informáticos desenvolvidos pela Candiru — outra empresa israelita, fundada por antigos empregados da NSO – começou em meados de 2020, depois de vários casos de espionagem aos principais defensores da independência catalã terem sido revelados.
O atual presidente da Generalitat, Pere Aragonès, cujo telefone também foi pirateado, segundo o Citizens Lab, quando era vice de Torra, no mandato 2018-2020, disse que “a operação de espionagem massiva contra os independentistas catalães era uma vergonha sem justificação, um ataque à democracia e aos direitos fundamentais”.
Este artigo tem mais de um ano
Já fechavam a empresa que produz isso não? Qual a diferença entre ela e um a team de hackers? É por pagar impostos é?
Interesses de segurança nacionais… e nós comuns mortais sem privacidade
Essa empresa é Israelita e também trabalha com o governo Israelita e so pode vender os seus produtos com a permissão do governo Israelita.
Em relação entra ela e uma equipa de hackers é que é uma empresa legitima que fornece produtos legítimos de espionagem, mas so para países com governos ou regimes corruptos e depois a partir dai cada governo/regime ataque as pessoas nos seus interesses, mas quem faz os ataques não é a empresa (NSO) mas sim os países, dai não estar fechada a empresa.
Os seus alvos são jornalistas e pessoas do governo como aconteceu agora e no passado.
E concordas com isso? Legalizar software de espionagem? Nessa analogia fazemos o seguinte. Criar uma empresa de nome :Matar por encomenda. Mete se o anúncio no Correio da manhã. Alguém responde ao anúncio. Mata se visto que foi assinado um contrato. Tudo legal. Na dúvida do que estamos a matar devo dizer que estou a falar de baratas. Porque o Pegasus pode estar a ver isto e o governo de Portugal, legalmente,pode ter comprado o Pegaus.
Era só para saber onde é a próxima Party 🙂
A internet ( grandes tecnológicas e sites em geral ) já o fazem de forma massiva ao comum dos mortais com os Estados como cúmplices, daí ” uma vergonha sem justificação, um ataque à democracia e aos direitos fundamentais”.
Violação de correspondência, vigilância massiva, etc, etc….
A internet ( as grandes tecnológicas e sites em geral ) com a cumplicidade dos Estados já o fazem ao comum dos mortais, dai ” uma vergonha sem justificação, um ataque à democracia e aos direitos fundamentais”.
Violação de correspondência, vigilância massiva, etc, etc…. logo nenhum deles pode dizer que defendem a liberdade ou a justica ou ainda a democracia, embora o digam ( a começar nos U.S.A, pssando pela U.E. e acabando em Israel ) …
reclaimyourface.eu/portugal-proposed-law-tries-to-sneak-in-biometric-mass-surveillance/
Ha tanta coisa que desconhecemos no mundo da espionagem. Eu recordo-me quando aconteceu a guerra do Iraque, tinha saido uma noticia que os EUA conseguiu desligar as impressoras desse pais. Se isso e verdade ou nao, nao sei, apenas ha muito secretismo que nao estamos habituados a ouvir, mas desenganem-se que mesmo vindo de empresas estatais, que eles seguem as regras. Abusos vai haver sempre infelizmente, e ninguem pode fazer nada contra isso porque nao interessa nem da jeito terminar com estas constantes violacoes.
Na verdade há algo que se pode fazer: ter pensamento crítico. Referiu isso do Iraque. Em 2003 demos o aval para uma invasão ilegal. Aquela reunião nos Açores. E mesmo depois de sabermos que era ilegal e as provas eram falsas nem uma manifestação houve. 20 anos depois temos a Rússia a invadir a Ucrânia. Foram criados fundos, campanhas para denegrir a Rússia, etc. E nem um pensamento crítico houve do tipo: Epa! Já tínhamos sido enganados no passado com falsas provas e agora pode não ser o mesmo?
Pensamento crítico. É a forma de mudar tudo.
Será que o político brasileiro Arthur do Val, “Mamãe Falei”, foi vítima do Pegasus?