Relatório do G7 levanta preocupações com a Libra, criptomoeda do Facebook
A Libra é a criptomoeda do Facebook. Desde a sua criação que está envolvida em problemas, que vêm de todas as direções. Inclusivamente do G7, que publicou recentemente um relatório em que constata as preocupações com esta divisa digital.
As preocupações passam sobretudo pela possibilidade de criptomoedas como a Libra terem o potencial de destruir o sistema monetário, destabilizando assim a estabilidade financeira global.
Os entraves ao desenvolvimento e implementação da Libra são vários! Alguns dos parceiros do consórcio de empresas que suportam o projeto já saíram. Para além disso, têm sido várias as críticas, proferidas pelo Congresso dos Estados Unidos da América e por Tim Cook, da Apple.
O mais recente ataque ao conceito de moeda global, idealizado pela maior rede social do mundo, vem do G7. Um relatório publicado dá a conhecer a sua posição perante este projeto... E as críticas não foram leves!
O documento afirma que as 'global stablecoins' - criptomoedas associadas a uma moeda estatal, como a Libra - são um autêntico risco para todo o mundo, podendo destruir o sistema monetário e desequilibrar a estabilidade financeira.
O relatório foi feito por um grupo do G7 presidido por Benoit Coeure, membro do Conselho de Administração do Banco Central Europeu. Ao longo das 37 páginas, as questões levantadas são várias! Desde a legitimidade de o Facebook criar uma moeda até à segurança e privacidade da rede Calibra.
O G7 acredita que nenhum projeto global de stablecoin deve começar a funcionar até que os desafios e riscos legais, regulamentares e de supervisão sejam adequadamente abordados, por meio de projetos adequados e aderindo a uma regulamentação clara e proporcional aos riscos
Não obstante, os hipotéticos problemas desta criptomoeda vão mais além. O G7 acredita que poderá facilitar a lavagem de dinheiro, como o financiamento de atividades terroristas. Outra preocupação está relacionada com a tributação de impostos, que poderia ser facilmente contornada.
O Facebook já reagiu a este relatório. Numa publicação, a Libra Association respondeu a todas as dúvidas que os governos dos sete países impuseram no documento.
A Libra ressalva a sua transparência e colaboração estreita com os países de todo o mundo, para além de ter esforços planeados para combater a lavagem de dinheiro e fraudes fiscais.
Visa, eBay, Stripe e Mastercard abandonam o consórcio de empresas da Libra do Facebook
Este artigo tem mais de um ano
Neste artigo: Criptomoedas, Facebook, fintech, g7, libra, moedas digitais
Bitcoin não pede autorizacao a nenhum governo ou banco central.
Bitcoin é selvagem, Bitcoin existe, Bitcoin é imparavel e não é de ninguém.
E é, a par de outras cripto-moedas, usado em ataques de ransomware. Q.E.D.
P.S. – Usado como meio de pagamento único, leia-se.
Fantástico parts traficantes e piratas
Quando sentimos o poder a fugir-nos das mãos…
..tal e qual
… acrescentaste um nhã ao nhã-nhã 😉
Qual poder? Achas que criptomoedas vão substituir o que quer que seja?
A Libra não foi concebida como mais uma criptomoeda, com o “câmbio” (o preço em moeda de verdade) a flutuar em função da especulação.
Pelo que diz o Banco Central Europeu, a Facebook pretende criar uma “global stablecoin” – com câmbio indexado a uma moeda real, neste caso a libra inglesa – e com empresas privadas a intervir no mercado para manter a estabilidade desse câmbio.
Que isso tem potencial para desastibilizar o sistema monetário mundial parte-me que sim. Os países/zonas económicas e monetárias intervêm para proteger o câmbio que lhes interessa das suas moedas de acordo com um racional de proteção dos interesses económicos e financeiros dos seus países.
As empresas privadas existem para ganhar dinheiro para os seus acionistas. Neste caso, para ganhar dinheiro com a especulação com a sua Libra.
Demasiado perigosos. A Visa, Mastercard, PayPal, Ebay e outros da associação fundadora da Libra já saíram.
Tanto coisa contra é sinal que será bom.
A primeira coisa a ser feita seria remover o Mark da equação. Que eu sabia apenas humanos podem ser donos de empresas.