Estudantes fabricam cadeira de rodas que sabe subir escadas
A inovação tecnológica chega ao mais precioso bem do ser humano: a locomoção.
Não é propriamente uma novidade, mas um grupo de estudantes Suíços desenvolveu agora uma cadeira de rodas especial capaz de ajudar no dia a dia muitos seres humanos com dificuldades de locomoção.
Chama-se Scalevo, sobe e desce escadas a 1 segundo por degrau e destrói qualquer barreira arquitectónica que impeçam a entrada de pessoas com deficiência física.
10 alunos da Swiss Federal Institute of Technology (ETH Zurich) e também da Zurich University of the Arts juntaram esforços e conceberam um equipamento muito especial, uma cadeira de rodas eléctrica que traz inovação na conquista dos obstáculos arquitectónicos.
A cadeira de rodas Scalevo foi concebida para trazer mais mobilidade a quem tem uma deficiência física e necessite de um equipamento destes. A cadeira é especial pela tecnologia que incorpora pois dá uma "liberdade" de movimentos substancialmente superior a tudo o que existe no mercado.
Usada de forma "normal" em planos horizontais, a cadeira está assente em duas rodas, tal como se fosse um Segway e permite aos utilizadores movimentos rápidos de mudança direcção e com a facilidade de o fazer em rotação. Duas lagartas de borracha colocadas por baixo da cadeira podem ser activadas, quando o utilizador pressiona um botão para a cadeira de rodas subir as escadas.
Temos duas rodas principais para circular em pavimentos planos o que permite uma mobilidade tal como se fosse um Segway. Além disso temos duas lagartas de borracha que podemos estender ao ângulo das escadas e deixar a cadeira subir direita em qualquer inclinação.
Referiu Carlos Gomes, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH Zurich).
Outro estudante, Miro Voellmy, referiu que o sistema de lagartas de borracha foi desenvolvido para dar total segurança à cadeira de rodas, mesmo se as escadas estiverem em mau estado e até mesmo partidas.
As lagartas são excelentes pois são suaves e a aderência é total, o rastro é largo e seguro, permitindo um conforto quando se sobre, nem dão a percepção que a cadeira está a subir escadas, parece que está a subir uma rampa. Assim, não importa se está a subir escadas de madeira, metal ou vidro, as lagartas aderem e não há o perigo de escorregar.
Referiu Voellmy.
Scalevo sobe as escadas de costas
Quando a cadeira chega junto de uma escada, o utilizador pressiona um botão para baixar as lagartas até ao solo. Depois, a base traseira da lagarta de borracha coloca-se nas escadas e a restante base das lagartas arrasta-se até aos primeiros degraus para erguer a cadeira de rodas eléctrica.
Estas erguem a cadeira por forma a manter o equilíbrio suportado pelas duas lagartas. Depois a um segundo por degrau, a cadeira viaja até ao topo das escadas. Nessa altura sai um par de pequenas rodas que impede que a cadeira tombe para a frente.
Ao viajar de costas para a subida, o utilizador pode ver o que está abaixo dele, enquanto um pequeno dispositivo de vídeo semelhante que que se usam nos carros para estacionar, equipa o braço da cadeira para o utilizador ver quando chega ao cima.
Depois de 10 meses de construção deste protótipo, com intenção de o colocar no mercado, o grupo de estudantes acredita que a mais valia desta inovação é mesmo a tecnologia estar totalmente posicionada a ajudar de forma prática e segura quem está agarrado a uma cadeira de rodas, tonando o utilizador muito mais autónomo em qualquer rua, edifício ou zona de uma qualquer cidade.
A cadeira foi testada em vários tipos de escadas, até mesmo nas escadas em espiral ou caracol e todas elas foram subidas com sucesso.
Há alguns projectos no passado que tiveram esta visão e nunca saíram da gaveta porque o material e a tecnologia empregue tornavam a cadeira muito cara. Agora, a equipa responsável pela Scalevo acredita que quando esta finalmente chegar ao mercado, em breve, o preço não será muito mais caro que uma cadeira de rodas tradicional.
Este artigo tem mais de um ano
Sou portador de uma deficiencia fisica isto era mesmo o ideal para mim para me tornar mais independente visto que a nossa cidade da Guarda tem muitas escadas os edificios
Não é para admirar vindo da ETH, é só uma das melhores Universidades de Tecnologia do mundo.
Não parece ser muito seguro. Mas é uma óptima ideia
Tenho minhas dúvidas sobre a segurança de tal projeto. Não tem como prever a resistência e estado dos diversos tipos de materiais usados nas escadas, também o peso do cadeirante… O apoio me parece ser na extremidade do degrau, seria o cadeirante capacitado para avaliar a resistência do degrau? Devido a deficiência o cadeirante terá sérios traumas se houver um acidente. Seria então para algumas escadas específicas? Acho muito alto o risco.
Deve ser barato mesmo!!!
Vai provavelmente ser mais caro que uma Segway… mas a ideia é gira e se for rápida também deve ser divertido.
Quanto a subir ou descer escadas parece arriscado, o centro de gravidade fica muito mais alto e o apoio (as lagartas) mais estreito, ou seja, se alguma coisa corre mal ou o sujeito leva um “toque” de alguém no processo, não sei se o cinto de segurança ajuda ou prejudica no enorme malho…
Penso que seria preferível (e mais económico) não ter rodas e usar unicamente as lagartas aumentando a distância entre estas e mantendo na mesma o utilizador nivelado consoante a inclinação do piso ou escadas… Além disso avançava sempre e não tinha que ficar a preparar nada cada vez que encontrasse um simples degrau.
O futuro não me assusta… Envaidece-me!
Fantástico comentário. Muito bem visto.
Para uns pode ser brutal e inovador…
Para mim é mais um mono, que de prático não tem nada e serve unicamente para encher os bolsos de quem a inventou.
Agora perguntam-me o motivo de ser radical no comentário!
Resposta simples!
Como possuidor de mobilidade reduzida, a minha opinião é bem mais directa no que diz respeito a cadeiras eléctricas, que muitas vezes são quase impostas pelas casas de ortopedia.
Eu tenho cadeira eléctrica para me mover em casa e arredores, cadeira essa simples que pesa 70kg, o que a torna quase impossível de transportar com facilidade num carro a não ser que se tenha um furgão e alguém nos pegue a colo e sente num dos lugares.
Essa cadeira além de ser toda bonita e etc… Deve pesar à volta dos 150kg já para não falar em preços que deve rondar os 15.000€, o que impossibilita o transporte dela com facilidade e aqui esta o motivo de ser mais um mono no mercado que apenas serve para iludir mais alguns que por infelicidade se viram forçados a mover-se de cadeira de rodas.
Para mim utilidade no dia-a-dia é nulo e não ser que se tenha um motorista que a leve pra todo o lado num furgão.
Acho que deviam era investir todos os esforços em cumprir o Decreto-Lei n.º 123/97 de 22 de Maio e na investigação da recuperação das lesões medulares.
Por ultimo, já existe há bastantes anos cadeiras que sobem escadas e descem.
Exacto, não percebi mesmo a novidade. Sim a cadeira é gira, mas cadeiras que sobem e descem escadas já vi algumas ao vivo…. Espero que num futuro próximo a ciência lhe dê aquilo que precisa. Os exosqueletos são capazes de ser melhor investimento do que esta cadeira… Daqui a 5 anos os protótipos já devem andar à venda.
faz como eu catarina e investe nisto…http://www.wheelchairdriver.com/
acabei d mandar construir a 2ª
cumps
Já tenho carro e moto…
Quanto à mobilidade, existe milhentas alternativas pela net fora.
Só espero que a Wings for life world run comece a dar frutos na pesquisa de uma cura para as lesões medulares, o resto é paisagem.
Estou confiante que esta muito pra breve, mas se calhar vai demorar a chegar a todos.
Uma solução engraçada, o problema é o consumo da bateria após subir as escadas a autonomia para o resto do dia vai ficar com certeza comprometida
Vou só comentar esta tecnologia apesar de também ter opinião mais social mas enfim ficamos pela tecnologia. Penso, que a tecnologia faz muito lembrar tecnologia militar. Vejo que irá ter problemas de consumo de energia e desgaste em algumas partes que submetem muita pressão. Porém, é o primeiro passo para tornar a vida das pessoas com mobilidade reduzida um pouco melhor. Claro que nem todas as escadarias são tão compridas, estão em tão bom estado e têm aquela inclinação. É como disse, um primeiro passo muito positivo.
Vejo a tecnologia dos esqueletos mais vanguardista. É uma tecnologia que pode avançar com uma maior rapidez. Porque vamos ter um numero mais alargado da população a querer adquiri-la. Inclusive já existem indústrias de automóvel que usam parte desse conceito para facilitar o manuseamento de maquinaria pesada. Iremos ter os portadores de deficiência, os idosos, as empresas (porque do que vi essa tecnologia aumenta a força do homem incrivelmente).
Ambas são bem vindas. Não creio que o preço seja o que eles prometem. Penso que a tecnologia do esqueleto vai superar todas as promessas de ambos.
Teríamos que discutir é o respeito aos cadeirantes e acabar com escadas para eles e não ter cadeiras assim
Sinto uma grande tristeza por encontrarmos tantas barreiras que dificultam a vida de pessoas com mobilidade reduzida e não haver apoios para compensar um bocadinho o seu isolamento. Todos deviam ter direito a um bocadinho de ” liberdade”!…