Cyberbullying passou a ser crime na Nova Zelândia
O Cyberbullying é uma das piores situações que os jovens, e não só, podem encontrar hoje em dia. Este sofrimento e esta pressão, muitas vezes vivido em silêncio, acaba por tomar proporções nefastas e levar à morte de muitos que não sabem lidar com o conflito.
Felizmente os países e os decisores começam finalmente a olhar para este problema com outros olhos e a condená-lo. A Nova Zelância aprovou, assim, uma lei que penaliza criminalmente quem praticar o cyberbullying.
Esta nova lei foi aprovada no final da semana passada e passa a penalizar com dois anos de prisão quem for culpabilizado de praticar o cyberbullying.
Em concreto passa a ser proibido enviar mensagens a outras pessoas de foro racista, sexista, que critiquem a sua religião, sexualidade ou deficiência. Para provar este crime terá de se comprovar que estas comunicações desenvolveram stress emocional elevado e, caso seja provada a culpa, o criminoso é condenado a uma pena de prisão de dois anos.
Para além da parte da culpabilização do cyberbullying, a nova lei agora aprovada tem ainda definido um novo crime. A incitação à prática do suicídio, resultado muitas vezes conseguido pelo cyberbullying, passa a ser punida com uma pena de três anos de prisão.
A aplicação desta lei estará a cargo de uma agência que deverá ainda ser criada ou indicada e que terá a responsabilidade de interagir com todos os provedores de conteúdos, em nome das vítimas. Caberá a esta agência garantir que todos os conteúdos que ofendam as vítimas sejam removidos, interagindo com ISPs, empresas de alojamento de sites e com as várias redes sociais.
Qualquer uma destas entidades poderá garantir a sua protecção se acordar em remover os conteúdos até um máximo de 48 horas após o pedido formal das autoridades.
A aprovação desta lei pelo parlamento Neozelandês foi praticamente unânime, apesar de ainda assim terem existidos alguns votos contra. Ao todo foram 116 votos a favor e 5 contra.
As críticas dos que votaram contra, recaem sobre a possibilidade de criminalização de menores e pela perda da liberdade de expressão.
A verdade é que o cyberbullying é um dos crimes mais vezes praticados na Internet, que se desenvolve de uma forma silenciosa, o que promove que as vítimas sofram sem que muitas vezes se dê por isso.
Esta tomada de posição e de criminalização do cyberbullying poderá abrir as portas a que outros países tomem posições semelhantes e que ajudem a diminuir a sua incidência.
Saiba mais sobre o cyberbullying neste extenso e elucidativo artigo do Pplware:
Este artigo tem mais de um ano
“As críticas dos que votaram contra, recaem sobre a possibilidade de criminalização de menores e pela perda da liberdade de expressão.”
pois claro, isto é uma farsa…
Perda de liberdade de expressão? Será que esses 5 deputados conhecem a diferença entre liberdade e libertinice?
E apesar de serem menores, estes sabem muito bem o que estão a fazer – ser-se menor não é sinónimo de se ser inconsciente.
Óptima iniciativa!
CUCK!
Ou és pela liberdade de expressão ou não és. Liberdade condicionada não o devia ser pelos sentimentos dos outros. O único limite que deveria haver é o corpo.
Ninguém te dá o direito de decidires o que é bom ou mau dizer, visto não seres o último detentor da verdade.
“És um porco estúpido idiota, devias desaparecer deste mundo, só fazias um favor à humanidade.”
Isto só para aperitivos, porque no cyberbullying a sério isto não é nada.
Isto não é liberdade de expressão nem coisa que se pareça.
E, segundo a tua opinião, ninguém pode dizer se isto é correcto ou não. Portanto, a juventude tem toda a liberdade de incentivar o suicídio de certos colegas.
A sério, muito bom.
Mantenho o que disse: liberdade não é libertinice. Liberdade implica deveres, não apenas direitos. Um dos deveres é o respeito pela vida – incentivar o suicídio é o quê? Incentivo à vida depois da morte?
Tens noção que já foi ‘doxed’, e vítima de ‘cyberbullying’? Não muda absolutamente nada e podes simplesmente desligar o teu PC ou tomares medidas para protegeres a tua identidade online.
Eu sou da opinião que o Barroso devia ser enforcado, portanto o teu exemplo aplicar-se-ia nesse caso, e não seria cyberbullying. Tenho honestamente vergonha dos covardes excessivamente sensíveis da minha geração.
A tua liberdade acaba onde a dos outros começa. Liberdade não é sinónimo de desrespeito, de anarquia, de loucura ou “fazer o que me apetece”. Há limites para tudo, estejam eles legislados ou apenas na conciência de cada um. Vivemos em sociedade! o problema é passarem mais tempo atrás de um teclado do que na rua a socializar.
Não existe liberdade de expressão. Nunca existiu. Tal como não existe liberdade em termos abstratos. Há um estado, há leis. Podemos dizer o que quisermos a respeito de outros desde que estejamos dispostos a pagar a fatura de uma queixa criminal por difamação. E é assim que tem de ser. O contrário significa irresponsabilidade e selvageria. Não confundir com liberdade de opinião, que ao ser expressa deve sempre respeitar as condições anteriores. Parece-me simples.