COVID-19: Problemas no Excel “esconde” e não notifica 16 mil infetados
A maioria dos países informa diariamente sobre os "números da COVID-19". Os dados devem ser fidedignos e reais, para que se possa controlar melhor a pandemia. Mas a verdade é que existem muitas pessoas que colocam em causa essa informação.
No Reino Unido, uma falha técnica terá levado à não notificação de 16 mil casos COVID-19. O problema parece estar no Excel e já foi resolvido.
O Reino Unido registou 12.594 novas infeções e 19 mortes de COVID-19 nas últimas 24 horas. No entanto, uma suposta "falha técnica" fez com que 15.841 casos do novo coronavírus não fossem notificados entre 25 de setembro e 2 de outubro nas estatísticas atualizadas diariamente pelo ministério da Saúde. Tal problema levou a que o número total de casos diários revelados na semana passada fosse inferior ao número real de casos positivos.
Afinal qual o problema do Excel com os números da COVID-19?
A agência de saúde pública Public Health England (PHE) não explicou a origem do erro. Mas várias fontes de notícias britânicas apontaram o dedo ao Microsoft Excel. De acordo com o The Guardian, o PHE é responsável por juntar os dados dos laboratórios privados e públicos. Um laboratório enviou essa informação num ficheiro CSV e, como este tipo de ficheiros apenas podem ter 1.048.576 linhas, as últimas foram ignoradas. Tal significa que, depois de o laboratório ter realizado mais de um milhão de testes, era apenas uma questão de tempo para que a informação desses relatórios não fossem lidos na "totalidade" pela PHE.
PHE was responsible for collating the test results from public and private labs, and publishing the daily updates on case count and tests performed.
In this case, the Guardian understands, one lab had sent its daily test report to PHE in the form of a CSV file – the simplest possible database format, just a list of values separated by commas. That report was then loaded into Microsoft Excel, and the new tests at the bottom were added to the main database.
But while CSV files can be any size, Microsoft Excel files can only be 1,048,576 rows long. When a CSV file longer than that is opened, the bottom rows get cut off and are no longer displayed. That means that, once the lab had performed more than a million tests, it was only a matter of time before its reports failed to be read by PHE.
Há outra explicação...
A BBC tem outra explicação. O PHE configurou um processo automático para reunir esses dados da COVID-19 em modelos do Excel para que pudessem ser carregados num sistema central e disponibilizados para a equipa de teste e rastreio do NHS, bem como para o próprio governo. O problema é que os programadores do PHE escolheram um formato de ficheiros antigo para fazer isso - conhecido como XLS. Como consequência, cada modelo poderia lidar com apenas cerca de 65.000 linhas de dados, em vez das mais de um milhão de linhas que o Excel realmente é capaz atualmente. Como cada resultado de teste cria várias linhas de dados, na prática, isso significa que cada modelo é limitado a cerca de 1.400 casos. Quando esse total foi alcançado, os outros casos foram simplesmente "ignorados.
PHE had set up an automatic process to pull this data together into Excel templates so that it could then be uploaded to a central system and made available to the NHS Test and Trace team as well as other government computer dashboards.
The problem is that the PHE developers picked an old file format to do this - known as XLS.
As a consequence, each template could handle only about 65,000 rows of data rather than the one million-plus rows that Excel is actually capable of.
And since each test result created several rows of data, in practice it meant that each template was limited to about 1,400 cases. When that total was reached, further cases were simply left off.
A PHE assegurou que o "problema técnico" foi resolvido e que todos os positivos já foram informados da situação, embora esse não seja o caso de outras pessoas que estiveram em contacto com os infetados.
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Este artigo tem mais de um ano
“no Excel”…
Têm que ter nova formação em Excel os operadores pois os sistemas informáticos e o software pagam sempre os erros dos humanos (problema técnico).
acho que ta mais que na hora do pessoal parar de usar excel pra esse tipo de coisa….
Porquê?
É uma excelente ferramenta, com provas dadas, seguro e muito eficaz
Alem disso, dá um jeitão nestes casos (if you know what i mean, wink wink)
Excelente ferramenta para umas tretas, não para servir l, entre outras coisas, como base de dados.
+1
O problema eh que eh muito facil fazer coisas boa e rapidas, ao mesmo tempo em que eh muito facil fazer coisas ruins e besteiras… vide por exemplo, conversao automatica de tipos de dados em colunas… nao eh contra a ferramenta, mas sim, para o que ela eh usada…
Segundo entendi, o problema não foi do excel mas sim dos “senhores doutores” que não o sabem usar. Ainda pensam que o excel é só uma calculadora.
Pouco mais que isso é.
+1
a solução é simples, ponha este trabalho nas mão de GENTE COMPETENTE e acabem com os “tachos” para amigos e “familiares” e “favores a terceiros como pagamento de favores recebidos anteriormente”. Mérito avança e beneficia o povo, cunhas e compadrio acaba sempre mal…. ai ai…..nem trabalhar no Excel são bons quanto mais terem nas mãos uma grande responsabilidade da qual é saúde publica da qual os resultados podem influenciar as decisões dos governos nas medidas seguintes….
nao sabes do que falas… a noticia é sobre algo que se passou no UK e nao em Portugal…
No UK não há nada disso é só gente séria. Só a Amália é que é p…
Destaco o seguinte ” O problema é que os programadores do PHE escolheram um formato de ficheiros antigo para fazer isso – conhecido como XLS. ”
Mas qual é o “programador” que vai escolher como formato de ficheiro, e por conseguinte software, o Excel, isto para servir de base de dados?
Isto não é verdade, nenhum profissional, que é quem lá também trata desses assuntos, iria usar o Excel como base de dados, nem por sombras, é até ridículo pensar em tal coisa.
É totalmente descabida esta explicação.
Haverá provavelmente outra explicação, mas essa depois mete em trabalhos alguém, portanto, foi o programador que errou e escolheu um formato de ficheiros do Excel antigo para usar como base de dados.
a explicacao ali diz que os dados foram exportados para CSV (corretamente), mas os cdc que reuniram os dados para estatistica, usaram o excel, caindo entao nao limitacao da ferramenta. o programador eh o menos errado na historia kkk
Eu trabalho aqui no uk faço it support 2/3 linha ha muitos anos e nos mes passado fui empregado do mes, ate ai tufo bem nao fosse o facto de ir Correr todos os dias d manha e ver os filmes todos da netflix…. agora pensem LOL
o que? só te teem a ti como empregado?
Já te deves ter esquecido como escrever em português suponho
Nao ainda nao me esqueci nem nunca me vou esquecer.
Mas de tanta coisa foi so isso que apanhas te lol
otimo relato de superacao kkk
No excel? Acho que a palavra que procuram é “Incompetência”
Que pergunta parva… mas se nao t deste ao trabalho de por algo melhor que Rrrrr tbm nao se pode pedir mais
Atenção à redação “Um laboratório enviou essa informação num ficheiro CSV e, como este tipo de ficheiros apenas podem ter 1.048.576 linhas, as últimas foram ignoradas.”
“este tipo de ficheiros”? Este qual, o CSV ou o XLS/XLSX?
Além de estar um pouco mal traduzido – no texto em Inglês percebe-se bem – quem não tiver bons conhecimentos de Excel irá entender que é o formato CSV o que tem limite de linhas.
Na realidade é o Excel que tem esse limite de 1.048.576 linhas , salvo erro por cada folha e não na totalidade, no formato XLSX.
No formato XLS o limite de linhas por folha é pouco mais do que 65000 linhas.
+1
Não se pode dizer que é um problema no Excel, porque na realidade não é um problema. A especificação dos ficheiros Office Open XML para o Excel determina 2^20 (1048576) como sendo o número máximo de linhas.
Se tiverem usado o formato antigo, XLS, como sugere um dos textos, o limite de linhas é de cerca de 65000 linhas por folha.
É no excel e na app com notificações falsas do API da google e da apple que notificam os utilizadores que estiveram em contacto com infetados e depois vão há app e nada.
É só o típico problema entre a cadeira e o monitor.
Tratamento de dados sensíveis com recurso ao Excel.
Não tenho dúvidas que nenhum verdadeiro técnico de informática foi envolvido. É o que dá pôr curiosos a tratar de assuntos sérios.
Também não deixa de ser curiosa a forma como os metecaptos ignorantes transferiram a responsabilidade dos problemas para o Excel.
Dèjá vu de outras situações em território nacional.
“Não tenho dúvidas que nenhum verdadeiro técnico de informática foi envolvido.”
Pode estar enganado. Tantas vezes que, contra a minha vontade e contra a vontade das minhas chefias, por ordem do cliente, tivemos de importar e/ou exportar de/para Excel .
Ou porque o cliente queria ter uma visualização dos dados importados/exportados mas não queria pagar o desenvolvimento de uma solução de consulta dos mesmos, ou porque os dados iriam ser importados de outra instituição que não dispunha de um webservice ou api para integração directa e só os conseguia fornecer em Excel ou ainda porque os dados iriam destinar-se a outra instituição que não tinha outra forma de os receber e importar que não o Excel.
Caso tenha existido intervenção de pessoal informático poderá ter existido aqui uma de várias falhas. Não testaram o Excel para aferir se o resultado final estava correcto, testaram mal, testaram bem mas não informaram atempadamente ou fizeram tudo bem e alguém decidiu, talvez por urgência de apresentar resultados, ignorar os avisos.
Ontem na sic noticias deu uma noticia de quem fazia os boletins para a DGS não era a própria mas uma empresa privada e cada dia custa 400euros
É triste e vergonhoso mas é verdade! As academias têm todos os recursos e conhecimento necessários para tratamento de dados mas é melhor pagar a externos… tá certo!