Comprar casa em Portugal? Os municípios onde o preço mais subiu e desceu num ano
A habitação é, seguramente, um dos problemas mais complexos com que se debatem as famílias portuguesas. Saiba quais os municípios do país em que os preços das casas mais subiram, assim como os lugares onde mais baixaram. Quem sabe, não opta por uma mudança de vida... geográfica.
Casas em Portugal estão cada vez mais caras
O mercado imobiliário português apresentou, ao longo do último ano, tendências marcadamente distintas, com algumas regiões a registarem aumentos acentuados nos preços das casas, enquanto outras enfrentaram quedas significativas.
Os dados mostram que, entre os municípios com as maiores subidas anuais nos preços das casas, Alcoutim, no distrito de Faro, lidera com um aumento de 54,6%. Segue-se Vila Nova da Barquinha, em Santarém, com uma valorização de 36,5%, e Marco de Canaveses, no Porto, com uma subida de 34,8%.
Outras localidades que registaram crescimentos significativos incluem Amarante, com uma subida de 32,0%, e Covilhã, com um aumento de 29,8%. Também se destacam os municípios de Golegã, com um crescimento de 29,0%, Valença, com uma subida de 28,7%, e Lagoa (São Miguel), na ilha de São Miguel, Açores, com um aumento de 28,1%. Por fim, Constância (Santarém) e Ribeira Grande (São Miguel) também figuram no topo, com crescimentos de 27,1% e 26,1%, respetivamente.
Municípios com maior descida de preços
Por outro lado, os municípios com as maiores quedas anuais nos preços das casas apresentam um cenário oposto. Borba, no distrito de Évora, registou a maior descida, com uma redução de -29,6%. Em seguida, estão São João da Pesqueira (Viseu), com uma queda de -20,5%, e Mortágua (Viseu), com uma diminuição de -15,3%.
Outras reduções significativas foram observadas em Sabugal (Guarda), com -12,2%, e Proença-a-Nova (Castelo Branco), com -12,0%.
No distrito de Coimbra, Condeixa-a-Nova e Miranda do Corvo registaram descidas de -11,8% e -10,4%, respetivamente. Já em Aveiro, Murtosa apresentou uma redução de -10,1%. Por fim, os municípios de Mangualde e Nelas, ambos no distrito de Viseu, registaram quedas de -9,7% e -8,2%, respetivamente.
Esta análise baseia-se no relatório de preços de habitação de novembro de 2024, divulgado pelo portal INE.
Evolução dos preços das casas
Entre 2010 e o primeiro trimestre de 2022, os preços das casas em Portugal aumentaram cerca de 70%, superando a média da União Europeia, que foi de 45% no mesmo período.
Este crescimento foi impulsionado por diversos fatores, incluindo o aumento da procura por parte de investidores estrangeiros, políticas de incentivo ao investimento imobiliário e uma recuperação económica que estimulou o setor da construção.
No segundo trimestre de 2024, o preço médio de venda das habitações em Portugal situou-se em 1.736 euros por metro quadrado, representando um crescimento de aproximadamente 6,6% em relação ao mesmo período de 2023. Este aumento, embora significativo, indica uma desaceleração face aos crescimentos mais acentuados observados em anos anteriores, sugerindo uma possível estabilização do mercado.
Um dos melhores investimentos em Portugal, ainda se arranjam negócios bons.
Quem investiu a 10 anos neste sector foi bem compensado. 😉
Eu acho que o Estado deve fazer, pelo menos uma vez, as funções para o qual existe…e essa função é regular!!
O capitalismo selvagem a que o país está exposto, está a desctruir o tecido social português.
O português já não tem dinheiro para viver, muito menos para pagar a selvajaria de preços que se praticam.
O valor das casas não deve ultrapassar o valor da inflação.
E nunca deve estar acima dos 35% do esforço familiar, estas coisas são básicas.
Uma casa de habitação, não pode ser vista como um veiculo de lucro, pois alberga seres humanos.
Veiculos de lucro são hoteis, albergues,etc, esses sim são para turismo.