Câmara Municipal da Moita alvo de ataque informático com ransomware
Há mais um ataque informático com recurso a ransomware em Portugal. Nas últimas semanas há registo de vários ataques informáticos, com especial destaque para o ataque que teve como alvo o Hospital Garcia de Orta.
O mais recente foi à Câmara Municipal da Moita, distrito de Setúbal, que sofreu "um ataque ransomware" que afetou todo o sistema informático do município, segundo anunciou a autarquia.
Ransomware consegue criptografar dados e piratas pedem resgate
O ransomware é um tipo de ameaça relativamente nova. Apesar do primeiro exemplo deste malware datar já do final dos anos 80, foi preciso esperar por 2013 para termos um exemplo cabal do que este novo tipo de ameaça é capaz. Foi neste ano que surgiu o Cryptolocker. Um ransomware tem o seguinte modus operandi...
- O malware é executado no computador hospedeiro, em segundo plano, sem afetar inicialmente o funcionamento da máquina;
- Os ficheiros de dados do computador e/ou de quaisquer discos a ele ligado, são criptografados em segundo plano, ficando ilegíveis, usando criptografia de chave pública;
- Após a encriptação de um número significativo de ficheiros de dados – ou de todos! – é exibida uma mensagem ao utilizador indicando o que se passa e exigindo (esta é a parte do resgate/ramsom propriamente dito) o pagamento de uma quantia, através de Bitcoin ou outra criptomoeda semelhante, não rastreável, para desencriptar os ficheiros através do fornecimento da chave - saber mais aqui.
Num comunicado divulgado na sua página no Facebook, a autarquia explica que após o ataque registado na manhã de ontem foram acionados de imediato os meios para averiguar o problema, estando já a trabalhar em conjunto com o Centro Nacional de Cibersegurança e a Polícia Judiciária.
Tendo em conta esta situação, a Câmara Municipal da Moita referiu que está limitada nos serviços a prestar à população estando, contudo, alguns destes a funcionar condicionados à situação existente.
Na terça-feira foram registados ataques semelhantes ao hospital Garcia de Orta, em Almada, ao Jornal Económico e à Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA).
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Este artigo tem mais de um ano
Quanto será aumentado os impostos locais, para pagar aos sequestradores?
Mas é bom ver que Portugal finalmente começa a ser invadido com sequestro, divulgação & destruição de dados também nas empresas, autarquias, e outras organizações.
Eram só os estrangeiros que pareciam ter essas coisas, e assim podemos juntar-nos aos grandes, na grande borrada que é esta selvajaria de fazer o que bem se quiser com poucas probabilidades de sofrer sérias consequências pelos actos, em especial se forem de um país com armas nucleares e dispostos a usá-las que veja em Portugal um país legítimo a atacar.
Não creio que os “hackers” tenham escolhido particularmente esta Camara Municipal ou Hospital Garcia de Horta ou qualquer outra instituição. limitam-se a enviar emails maliciosos para contas de email, muitas vezes de utilizadores que as usam em sites “manhosos”, com mais probabilidade destes utilizadores clicarem em links maliciosos e instalarem” cenas” nos seus postos de trabalho, a partir daí, dependendo dos privilégios desses utilizadores o virus espalha-se, e informa a “casa mãe” que já “tomou conta do sistema”.
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Caso não saiba, o estado não pode, de forma alguma, pagar a “sequestradores”.
Caso não saiba, o estado não pode, de forma alguma, pagar a “sequestradores”.
Isso é teoria.
Utilizadores sem formação é o que dá
Para muitos dos trabalhadores publicos saber o que é ransomware e como prevenir é pedir demasiado, não são capazes nem querem saber.
Até parece que a grande maioria dos ataques não têm sido feitos a empresas privadas e utilizadores individuais.
Não tem nada a ver se é público ou privado, se é individual ou coletivo! Estes ataques podem acontecer a qualquer organização ou individuo.
Comentário bacôco…
Se calhar até foi alguém que sabia muito bem o que estava a fazer
Isto agora é todos os dias…
Agora vem nas noticias todos os dias, mas pode estar certo que existem vários ataques de Ransomware por hora, em Portugal.
“Portugal teve mais 100 mil ameaças de cibersegurança no último quadrimestre de 2021”
https://www.eset.com/pt/about/imprensa/artigos/portugal-teve-mais-100-mil-ameacas-de-ciberseguranca-no-ultimo-quadrimestre-de-2021/
Continua se a investir o dinheiro de fundos as estás organizações govermentais para criarem projetos que não passam dos papéis e ficam com os investimentos.
Investir na segurança na estrutura de empresa continua a ser um mau investimento internamente, e que pouca utilidade tem ! Depois gastam o orçamento do IT de 20 anos se for preciso para pagarem resgates e a empresas externas para realizarem um audit. E depois não orçamento não existe dinheiro para investimento para a área e de repente aparece….
Continuam achar que antivírus por si mesmo faz milagres e garante uma infraestrutura, enfim …. Depois esperam milagres ! As nossas organizações governamentais em Portugal não aprendem.
Provavelmente têm algum income da Norton por essa notícia, mas está comprovado tanto na estatística como na vida real =todas-as-semanas= que Norton, Macfee, Kaspersky, panda e os outros suspeitos do costume não têm valido um chavo versus ransomware. Porque continuar a debitar essa informação se sabemos que o resultado é o mesmo???
Não costumo comentar mas de facto acho que já chega de oportunismos para ganhar tostões, ok 😉
A camara em casa como maioria delas não têm políticas anti-ransomware nem formações para sensibilizar os operadores desinformados da “engenharia social” que de tanto ransomware prevalece, quanto mais falarem e publicitarem software que comprovadamente nada serve contra isso 😉