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Amazon: O que acontece aos milhares de produtos que não são vendidos?

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Maria Inês Coelho


  1. Vasco says:

    Das notícias mais tristes que li hoje. Não aprendemos quase nada e assim não vamos lá…

    • Vítor M. says:

      Consumo consumo consumo lucro lucro lucro… porque achas que a Amazon é das empresas mais ricas do mundo e fatura milhões de dólares por dia? Dou-te razão.

      • Hélio Musco says:

        De certeza que é a deitar produtos para o lixo que chega ao lucro.

        • Vítor M. says:

          Perder não perde de certeza, isso é garantido 😉

          • David Guerreiro says:

            Como é que não perde? Claro que perde. Mas todos os negócios têm quebras, é um risco do negócio. A questão é que o lucro acaba por superar essas perdas.

          • Pedro says:

            A Amazon tem tanto dinheiro que outro dia comprei um produto “Amazon Basics” que não serviu o propósito (neste caso um difusor para secador de cabelo) que eles deram o reembolso e não exigiram a devolução do produto. É pornográfico.

          • David Guerreiro says:

            @Pedro: Também já me aconteceu diversas vezes, e isso tem uma razão simples. Os custos de devolução e de logística são superiores ao valor do produto. Mas eles dão sempre a possibilidade de se devolver mesmo assim. Ou fica-se com aquilo e reembolsam em saldo Amazon, ou devolve-se e reembolsam pelo método de pagamento original.

        • Zé Fonseca A. says:

          Claro que chega, ter as coisas em armazem tem o seu custo e shipping também.
          Quando um produto atinge determinado periodo em prateleira fica menos dispendioso abatar esse produto que continuar a armazena-lo ou enviá-lo para algum lado.

      • Vasco says:

        Temos de encontrar, de pensar, de encontrar as causas fundamentais dos nossos comportamentos, para nos podermos corrigir. Existe um trabalho imenso a ser feito nessa área e temos de conseguir criar modelar os nossos comportamentos de forma a podermos depois criar alternativas viáveis, que garantam o mesmo grau de satisfação. É que no fundo só existem dois estímulos que o cérebro humano reconhece instintivamente: o prazer e a dor. Se não conseguirmos levar por diante essa tarefa, e a bom termo, não teremos qualquer hipótese de sobrevivência enquanto civilização. Estamos a “esvaziar” o armazém terra… e no processo a reconverter vida num gigantesco aterro!

    • Zé Fonseca A. says:

      Isto é triste?
      A mim nada disto me entristece, nem os restaurantes deitarem comida para o lixo em barda.
      Entristece-me sim ver animais mal tratados e abandonados, tudo o resto faz parte da sociedade onde vivemos, muitos de nós que não vivemos com palas já conhecemos as práticas de consumismo.

      • Tiago Alves says:

        Bravo!

      • Vasco says:

        Temos de conseguir mudar isto tudo e em pouco tempo. Temos de arranjar um sistema que premeie o mérito individual, que ofereça o reconhecimento que tanta gente procura perante terceiros, mas de uma forma imaterial e que cause os menores danos possíveis ao planeta. Se não o fizermos, se não dermos esse salto evolutivo, estamos tramados, em processo suicida e tudo irá acabar mal.

    • José Fonseca Galhão says:

      Eu podia apresetntar-vos este tema das mais diversas formas.
      há ums anos fui voluntário numa associação de protecção animal, altamente carenciada, como qualquer outra. Tinhamos um acordo com uma grande superficie onde nos doavam as quebras da racção até que deixaram de dar e começaram a destruir. Como havia um bom relacionamento com as pessoas de lá, questionamos o porquê. Simples, porque verificaram pelos CCTV pessoas a rasgar sacas das marcas premium para que estas fossem consideradas Quebra e posteriormente, doadas.

      Outro exemplo, trabalhei durante vários anos numa empresa de Logistica e Distribuição, lider de mercado. Ao inicio as coisas que se detrioravam, não eram entregues. etc… era doadas a instituições e algumas aos funcionários. Resultado, novamente o mesmo caso. Artigos de alto valor eram alvo de “ataque ” para que fossem rejeitados e mais tarde destribuídos pelos funcionários. Acabou-se com isso e as quebras diminuiram drasticamente.

      Por fim, como imaginam, o espaço de armazenamento não é infinito. Quantas vezes estiveram Rack e Rack cheios de material, durante semanas, às vezes meses, à espera de serem recolhidos pelas IPSS porque não tinham, tempo, veículo ou espaço para receber?! A empresa não podia ficar com esses materiais indeterminadamente a ocupar esse espaço que fazia falta à operação diária.
      Qual é que foi o passo seguinte? Deixar de doar e começar a destruir.

      É lamentável mas existe sempre o outro lado da moeda.

      • David Guerreiro says:

        Exatamente, por exemplo nas empresas de venda de pizzas ao domicílio nunca dão aos funcionários pizzas que não são entregues, para evitar que funcionários combinem com amigos e façam falsos pedidos para depois poderem comer gratuitamente.
        O mesmo em hipermercados, já trabalhei num hipermercado há uns 20 anos atrás, e existiam alimentos como sumos naturais que iam para o lixo, não se podia consumir, para evitar que os funcionários dessem quebra de produtos ainda na validade, para os consumir.
        Muitas vezes, existindo boa vontade, existem também chicos-espertos e essas empresas já estão calejadas disso. É por isso que vai tudo para o lixo. Além disso, se doarem pagam impostos, se for dado como quebra não.

  2. David Guerreiro says:

    A culpa também é dos clientes, que adoram pedir 1001 coisas para experimentar, sem ter intenções de as comprar, para depois devolver. E com embalagens abertas, depois se enviam aquilo para alguém, reclamam que a embalagem está aberta, e que já foi usado por alguém.
    Uma vez enviaram-me algo com a embalagem já aberta, e via-se que tinha sido mexido. Mas tudo funcionava, e tem a mesma garantia, como é óbvio não reclamei de nada.

    • Thomas says:

      Para isso que se vendem produtos recondicionados. Mais barato e sabemos o uso que teve. Exatamente produtos que sao devolvidos. Basta baixarem o preço.
      Se quiserem mais dinheiro reduzam o preço desses produtos e o stock voa.

      • David Guerreiro says:

        Recondicionado é outra coisa, são coisas que foram usadas. Falo de produtos que foram devolvidos logo porque a pessoa viu que não servia, algo assim. E há produtos devolvidos à venda, só que muitas vezes a diferença de preço é pouca. Uma vez comprei uma câmara fotográfica, e não trazia nem bateria, nem cabo, nada. Devolvi logo, porque lá no estado só dizia que não trazia a caixa e manuais.

  3. Daniel says:

    Não é só a Amazon, a empresa que trabalho também faz isso e pelo que sei a nossa concorrência também o faz. As grandes empresas industriais, quando tem um produto muito tempo em stock sem saída, opta por destruir o produto por diversos motivos, tais como desvalorização, garantias, etc.
    Eu próprio já propus que os equipamentos destinados a abate fossem doados ou até se fizesse um concurso para fins escolares, promovendo até os nossos produtos junto de universidades para que os alunos ficassem mais familiarizados, mas a nossa sede não autorizou. Logo continua tudo a seguir para abate.

  4. Unknown says:

    Preferem destruir do que dar a quem precisa.
    Perda por perda, acho que destruir seria o último caminho…
    Mas ya, estou a ser ingénuo

    • David Guerreiro says:

      É que ao doar, está sujeito a imposto, abater não.

      • Hugo says:

        Precisamente. Muita gente comenta sem conhecimento de causa. As burocracias não ajudam e as empresas fazem o que lhes sair mais barato. Qualquer um faria o mesmo

        • Miguel says:

          Fazias o mesmo? Es miseravel!

          • Hugo says:

            Eu e 95%dos hipócritas como tu.

          • David Guerreiro says:

            Claro que faria, e eu também. Tens um negócio, com bens perecíveis. Se os mesmos forem para quebra, não é tributado. Se os doares a uma instituição o Estado tributa-te. Na primeira situação só perdes o valor do bem, na segunda juntas isso a mais impostos.
            A culpa é do Estado, não das empresas.

      • Str says:

        Também já ouvi essa explicação e não sei se será igual para todos. Na minha cidade há um supermercado que costuma por as quebras no contentor do lixo que está a porta, é uma rotina de alguns anos, tanto que algumas pessoas, sabendo vão a esse contentor apanhar esses mesmo alimentos e aos sacos cheios, e eu já vi. Aquilo é contabilizado como quebra ou doacção? Acha que o estado tem alguém em todas as lojas a contabilizar todas as batatas que vão para o lixo? E se a loja em vez de por os alimentos no lixo, numa atitude mais digna os pusesse em cestos ou sacos e os deixasse a porta? Penso que haverá outro motivo que não impostos

        • Matreco says:

          Claro que há, chama-se responsabilidade.
          Os produtos que os supermercados deitam fora já se encontram fora do prazo de validade. Imagina que os doavam e alguém adoece em virtude disso, adivinha o que acontecia em seguida…

          • Matreco says:

            Já para não mencionar que se os doassem apareciam logo os moralistas a dizer que só doavam o que já não está próprio para consumo: é preso por ter cão e preso por não ter. Infelizmente compreendo porque os destroem, sempre são menos chatices.

        • David Guerreiro says:

          Se está num contentor de lixo não são doações. Doações têm de cumprir condições de salubridade. Quem os for tirar do lixo, e os consumir e tiver problemas de saúde, o supermercado não terá nenhuma responsabilidade.

  5. LA says:

    Muito triste. As empresas deveriam ser penalizadas, por fazerem este tipo de coisas.

  6. ervilhoid says:

    o mundo só pode ir na direção da destruição. a economia está assente num ciclo de mais e mais consumo.. se o consumo desce estamos perdidos, se sobe perdidos estamos…
    temos que reciclar, aposto que nos produtos eletrónicos há montes de peças que dão para aproveitar mas como é mais barato fazer novo que reaproveitar…

    quando se vê os oceanos cheios de plástico e sabendo que a reciclagem é 80% treta ou vemos 11 mil campos de futebol de floresta selvagem abatida todos os dias só na indonésia.. animais selvagens a misturar com pessoas porque não têm espaço para eles…

    reparei que na maioria dos filmes quando se trata de aliens é representada só por uma espécie, acho que vai ser o nosso destino, uma única espécie

  7. Ruy Miguel says:

    Temos que encarar isto a destruição como normal, a morte faz parte da vida, os produtos mais cedo ou mais tarde vão ser destruídos.

    Se fosse eles fossem dar, como alguém aqui disse, provavelmente só iam ter chatices, assim recebem do seguro, recuperam o Iva dos produtos devolvidos, não fazem concorrência a eles próprios, alguns dos potenciais compradores a quem eles iam doar, irão comprar no futuro o bem.

  8. Luis Garcia says:

    As pessoas ainda não se deram conta, mas a espécie humana está em perigo de extinção.

  9. Nick says:

    E’ como os motoristas TIR, as multas são descontadas no ordenado, parece injusto, mas e’ eficaz. Nos meses seguintes já não há multas, tem mais cuidado.

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