Amanhã, 2 de agosto, esgotam-se os recursos naturais do Planeta
Não, não é propriamente um artigo sobre tecnologia mas a notícia que damos hoje pode influenciar e condicionar em muito o mundo da tecnologia e outras áreas da sociedade no futuro.
Todos os anos é apresentada uma estimativa sobre o dia em que a Humanidade atinge o limite do uso sustentável de recursos naturais disponíveis para esse ano, ou seja, o orçamento natural, habitualmente designado como Overshoot Day. Este ano o limite será atingido já amanhã, a 2 de agosto.
Portugal é um contribuinte ativo para esta situação, uma vez que se todos os países tivessem a mesma pegada ecológica que nós, seriam necessários 2,3 planetas. O consumo de alimentos (32% da pegada global do país) e a mobilidade (18%) encontram-se entre as atividades humanas diárias que mais contribuem para a Pegada Ecológica de Portugal e constituem assim pontos críticos para intervenções de mitigação da Pegada, revela a associação ambientalista Zero em comunicado esta terça-feira.
O Overshoot Day indica-nos que estamos a forçar os limites do planeta cada vez com maior intensidade, uma tendência que é urgente mudar para bem da Humanidade e da sua qualidade de vida.
Para ajudar a resolver este problema, a associação ambientalista Zero deixa algumas propostas para para reduzir o défice ambiental.
A ZERO considera que a aposta numa Economia Circular, onde efetivamente a utilização e reutilização de recursos é maximizada, deverá ser uma prioridade transversal a todas as políticas públicas.
O ponto fulcral deverá ser a redução no uso de materiais, a promoção da reutilização e a extensão dos tempos de vida dos bens e equipamentos. Para ser eficaz, teremos que mudar o paradigma de “usar e deitar fora”, muito assente na reciclagem, incineração e deposição em aterro, para um paradigma de “ter menos, mas de melhor qualidade”, com um forte enfoque na redução, reutilização e reparação e na procura de oferecer serviços em alternativa à venda de bens.
A promoção da mobilidade sustentável assente em diferentes estratégias, pode dar um contributo muito importante, nomeadamente através da:
- Melhoria do acesso e das condições de operação dos transportes públicos (por exemplo, privilegiando os corredores específicos e melhorando a articulação entre diferentes meios de transporte, ao nível dos interfaces, horários e bilhética);
- Disponibilização de infraestruturas e condições que estimulem a mobilidade suave (andar a pé, utilização da bicicleta);
- Partilha do transporte (car-sharing) ou mesmo a transição para a mobilidade elétrica
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Saber mais aqui.
Este artigo tem mais de um ano
Um aspecto que não é referido é que se não o fizermos voluntária e controladamente, um dia vamos ter de o fazer à força e de um momento para o outro.
Espero que seja sem guerra mas o Norte de África diz-nos o contrário.
Tocaste num ponto muito importante e sendo o ser humano é estupidamente estupido qual vai ser a opção que vai ser escolhida quando os recursos escassearem? Gostava que não fosse no meu tempo de vida…
Guerra!
Não vou armar em moralista porque tenho a minha quota parte nesta pegada… Mas daqui a não muito tempo o acesso a recursos que hoje são dados como garantidos vão estar apenas acessíveis apenas a quem tem muito dinheiro. Muitos de nós deitamos para trás das costas mas vamos pagar cara a fatura
Isso é possível ver no filme 2012.
Esse filme é sobre os efeitos sobre a Terra de radiações de tempestades solares sem precedentes e que começam a aquecer o núcleo da Terra.
Se for no filme “O dia depois de amanhã”, ainda serve de exemplo para este assunto, o 2012 não tem nada em comum com este tema.
Hummm… talvez tenham algo em comum: We are all FKD!!! :S
E a maior parte de nós (99%) não quer saber e nem se preocupa!
Pois, mas, quando o rebanho dos 99% tiver de ser “desbastado” já se vão preocupar… já vimos este filme…
E quem diz que se preocupa passa horas no banho quente, a viajar de avião, a andar de SUV, a comprar gadgets
Se há uma suposta limitação dos recursos naturais é sobretudo devido aos alarmistas. Os recursos dependem da energia disponível e essa há com fartura. Se é actualmente limitada é porque tudo se fez para que assim seja, sendo os alarmistas grandemente responsáveis pela situação actual.
Basta por exemplo ler o que diz o Patrick Moore, fundador da greenpeace, sobre a organização da qual saiu para se ter uma ideia de como funciona hoje em dia a sua ex organização:
https://www.thegwpf.org/patrick-moore-should-we-celebrate-carbon-dioxide/
Até o James Lovelock, guru do movimento ecologista, acha que o aquecimento global é a nova religião do século XXI:
http://www.torontosun.com/2012/06/22/green-drivel
““It just so happens that the green religion is now taking over from the Christian religion,” Lovelock observed. “I don’t think people have noticed that, but it’s got all the sort of terms that religions use … The greens use guilt. That just shows how religious greens are. You can’t win people round by saying they are guilty for putting (carbon dioxide) in the air.”
É… os alarmistas, essa raça incómoda, essa pedra no sapato, que tirou à humanidade o quimico DDT (que matava tudo e mais alguma coisa, até nós), que alertou para os maleficios do tabaco, que alertou para a crise de 2008, etc, etc… A sério @JM??? No fundo, no fundo acreditas mesmo que não está a acontecer nada de anormal? Que há cada vez mais espécies extintas ou em vias de extinsão? O estado de negação não evita que as coisas não aconteçam, simplesmente, é-se apanhado de surpresa quando a evidência for irreversível.
Que belo exemplo o DDT, só não fala é dos milhões de vitimas que a sua interdição, ou suposta interdição, provocou e ainda provoca:
http://www.nytimes.com/2004/04/11/magazine/what-the-world-needs-now-is-ddt.html
https://wattsupwiththat.com/2015/08/17/the-recurrent-problem-of-green-scares-that-dont-live-up-to-the-hype/
Pelos estudos e artigos que tenho lido/visto algumas espécies estão ou estiveram em perigo de extinção, umas devida à ação humana outras não. Mas por acaso sabe que o aumento do CO2 tem provocado um aumento da vegetação no planeta e todos os benefícios que isso acarreta?
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=S-nsU_DaIZE#!
E outro com o Patrick Moore, fundador da greenpeace:
https://www.youtube.com/watch?v=5Smhn1gL6Xg
E sobre a suposta extinção em massa, neste momento até são os ecologistas os que ocasionam mais dano, já que com as suas políticas o que provocam é a destruição da floresta tropical virgem, plantando palmeiras para a obtenção de biofuel (a partir do famoso óleo de palma). Ou a aberração que é transformar milho em etanol, 40% da produção dos EUA. Política essa que provocou a crise de alimentos que foi o rastilho das revoluções árabes. O que os ecologistas/alarmistas não percebem é que é falta de energia (=pobreza) a real responsável da destruição dos ecossistemas.
Vai ser tudo bom e belo! Ok, vamos esperar para ver…
It’s evolution baby……
É muito triste e lamentável, que tudo isto esteja a acontecer no nosso Planeta… preocupa-me imenso, não propriamente por mim mas pelas gerações Futuras. O que será da Humanidade? Há que agir o quando antes… Sem demora. Mas se pensarmos, bem tudo que eu possa fazer será uma gota no Oceano… Sim defacto será, mas se formos todos junto em prol de uma causa, nós seremos o Oceano! Não deixemos de fazer hoje, aquilo que pode ser tarde amanhã…!
É verdade, mas, o que tem de ser feito passa pelas pessoas comuns terem disciplina, fazerem escolhas no momento de comprar, restrições e sair da zona de conforto… hummm, o rebanho não vai aderirir, pelo menos às boas… só muda à “bruta”, infelizmente!
Sim… Só mudam quando a desgraça lhes chegar á porta… Tenho penas que nos dias de hoje ainda aja tanto obtuso por aí.
Isto também mais dia menos dias acaba portanto.. who cares
Essa é que é essa!
Ainda no sec. XVIII, em 1798, Thomas Malthus, clérigo britânico, um dos pais fundadores da Economia moderna, seguramente o pai da Demografia, assegurava em “An Essay on the Principle of Population”, que a população crescia em progressão geométrica, ao contrário da produção de alimentos que crescia em progressão aritmética, tendo por consequência inevitável a escassez de bens alimentares e a fome dela decorrente.
Note-se que Thomas Malthus viveu no decurso da primeira Revolução Industrial quando a população duplicou por ter acesso a mais recursos e não obstante previu aquilo que aparenta ser inevitável nos dias de hoje.
Já que se falou em filmes, sobre esta temática existe o “Soylent Green” de 1973, que em Portugal teve o título de “À beira do Fim” uma ficção sobre uma sobrepopulação que obriga a que a comida consista num solvente verde ( a tradução literal do título original do filme ) cuja composição a população desconhece mas no fim do filme é revelado consistir num composto produzido à base de cadáveres humanos, um canibalismo secretamente instituído. Neste filme a sobrepopulação obriga também a uma nova modalidade de escravatura onde certas pessoas têm o estatuto de mobiliário, ou seja , fazem parte da mobília da casa como serviçais ou decoração domésticas, sucedâneos das “pets” caninas, felinas, ou peixes de aquário, alimentados pelos donos.
O principal problema é a sobrepopulação do planeta e a questão fundamental é a de como equilibrar a população aos recursos sustentáveis e renováveis. Dan Brown na sua última novela “Inferno” aborda o tema através de uma trama em que uma peste artificialmente espalhada iria esterilizar uma boa parte da população reduzindo-a a limites sustentáveis.
São questões muito problemáticas que se prendem com bioética e eugenia e a necessidade premente de um Governo Mundial efectivo, a única entidade que, enquanto não for tarde, pode pôr cobro aos abusos e diversas ameaças que colocam em perigo a sobrevivência humana, tendo em conta que as guerras futuras jamais serão como as guerras passadas, os falcões responsáveis pelos arsenais nucleares aguardam ansiosamente pela sua utilização, o “permafrost” espera pelo degelo dos polos, as bactérias multirresistentes vão marcando presença num hospital bem perto de si, e, mesmo tendo em conta estas realidades, os estado-nações continuam a olhar apenas para o seu umbigo no desconcerto geral do salve-se quem puder onde os ratos são os primeiros a sair do navio.
Concordo.
“It is all about, education!”
abraços!
o mundo de hoje só prova que Malthus estava errado lol
A produção de alimentos continua a aumentar e o que está mais do que provado é que os países industrializados têm tendência a estagnar ou até a diminuir a população. Não existe tal coisa de sobrepopulação em países de 1º mundo de características urbanas e de mercado aberto e sem imigração, nem tal está previsto nos próximos 100 anos. Aliás, a média global de fertilidade tem caído a pique nos últimos 50 anos e vai continuar a cair nos próximos 50 anos. A única coisa que tem aumentado exponencialmente é a esperança de vida.
Malthus fala do seu tempo – uma época muito longe de todos os avanços da medicina nos últimos 150 anos. Sem falar nos avanços de protecção social. Nem tão pouco a explosão de países não-industrializados em Africa e na Asia no seculo XX. A ideia que vem aí uma catástrofe malthusiana é a mesma conversa de sempre – um apocalipse religioso sem qualquer fundamento racional.
Alias, é um daqueles pontos que até Marx, astuto, percebeu que não tinha qualquer valor.
Quanto mais industrializado um país for, maior é a queda do seu indice de fertilidade, maior será a esperança de vida, maior será a probabilidade de estagnar ou diminuir a população. Em países com índices de imigração baixa, e com certa crise económica que provoque emigração, a tendência é que nos próximos 50 anos o país conheça uma diminuição da população – Portugal é um caso exemplar disto, mas há muitos outros, como o Japão. E nada tem a ver directamente com a alimentação.
A natalidade diminui, mas em contrapartida a esperança de vida também aumenta, se estes dois fatores nao estiverem em equilíbrio vai haver sobrepopulação na mesma, e está mais que provado que a população mundial está e vai continuar a aumentar.
Mas o problema é muito mais complexo do que apenas estes dois fatores, mesmo que haja uma baixa de natalidade em países industrializados, e com o modelo económico que temos hoje baseado no consumo o problema não será resolvido.
A população mundial está a aumentar por culpa de 5 ou 6 países muito específicos, e sobretudo numa área geográfica em particular, o sudeste asiático.
Não existe tal coisa de sobrepopulação mundial em mais de 90% dos países do mundo. Continuo sem perceber onde está o “problema”. A Europa vai perder população na próxima centúria. O Canadá idem, o Japão também. Portugal vai enfrentar um problema gravíssimo de quebra populacional, o que é exactamente o oposto que previa Malthus.
Ninguém hoje leva Malthus a sério. O problema do mundo não é o consumo, é o desperdício. Nunca irá haver quebras alimentares, tal como hoje se vê na União Europeia, que tem um problema grave de excesso de produção que até leva produtores de leite a despejar o dito pelo cano abaixo como forma de protesto.
Produzimos muito mais do que aumenta a população, e a tendência futura com o crescimento industrial será inevitavelmente, ao contrário do que pensamos hoje, uma curva-limite de população mundial.
A ideia completamente ficcional que em Portugal o consumo é gigantesco e e exagerado não passa de mais um daqueles mitos urbanos para assustar a população de vez em quando. Só em Portugal é que se recicla sem contrapartidas para quem recicla. Mas como somos toinos, acreditamos nisto tudo.
Que bom que é abrir o computador logo pela manhã, e reparar que ainda é possível discutir assuntos sérios num forum, sem recorrer a ofenças nem palavrões.
Quanto ao assunto em questão é caso para pergurtar-mos “What I’ve Done”
https://youtu.be/8sgycukafqQ?list=PLBiPNxqFKPZIWTooh9mCq3rIphK86Almm
Um bom dia a todos.
Ao escrever esta musica que fala sobre o nosso medo de enfrentarmos o mal que fazemos, Chester Bennington já estaria a adivinhar qualquer coisa até que finalmemte decidiu pirar-se daqui antes que fosse tarde demais…