750 milhões de telefones vulneráveis por insegurança do SIM
Está a ser reportada uma enorme falha de segurança agora nos cartões SIM. Segundo o jornal The New York Times, investigadores de segurança descobriram uma vulnerabilidade na encriptação dos cartões SIM, que permitem aos hackers terem acesso remoto a um telefone.
A falha de segurança é relativa aos cartões SIM que usam a tecnologia de encriptação DES (Data Encryption Standard), que, embora seja um standard antigo e já em fase de substituição por parte dos fabricantes, ainda é usado por milhões de cartões destes.
Karsten Nohl, o fundador da empresa de segurança alemã, Security Research Labs, descobriu que se enviasse uma SMS falsa a solicitar uma mensagem automática, 25% dos cartões DES revelavam a sua chave de segurança de 56 bits. Com essa chave nas mãos, Nohl tem a capacidade de enviar um vírus ao SIM com uma mensagem de texto.
O vírus permitiu fazer-se passar pelo proprietário do telefone, interceptar mensagens de texto e até fazer pagamentos. O The New York Times cita Nohl para afirmar que toda a operação necessita "cerca de dois minutos" e a utilização de um simples PC.
Ao longo dos últimos dois anos, Nohl testou o seu método em cerca de 1.000 cartões em toda a América do Norte e Europa. O DES é utilizado em cerca de três mil milhões de SIM's móveis em todo o mundo, dos quais Nohl estima que 750 milhões são vulneráveis ao ataque.
Muitas operadoras usam já um método mais forte de criptografia, o triple-DES, tecnologia que não sofre da vulnerabilidade que permite o método de Nohl. O DES, em geral, já foi descontinuado em favor da AES (Advanced Encryption Standard).
A falha foi divulgada ao GSMA, uma associação composta pelas operadoras de telefones móveis e outras empresas da área que supervisionam e implementam tecnologias nas redes GSM. A GSMA informou os fabricantes dos SIM e outras empresas directas e indirectamente envolvidas nesta situação, que devem analisar bem a situação para tomarem medidas e determinar como conseguir lidar com a falha.
Tendo feito o seu papel ao alertar a comunidade para este problema, Nohl pretende detalhar o seu método de ataque na conferência de segurança Black Hat, já no próximo dia 1 de Agosto. Planeia ainda publicar no final do ano, no mês de Dezembro, uma "lista comparativa" detalhando os níveis de segurança dos cartões SIM de cada operadora de telemóveis.
Com este nível de informação e com todo o detalhe que será mostrado, está nas mãos das operadoras a segurança dos seus clientes, como responsáveis pelos cartões SIM distribuídos.
Via | The Verge
Este artigo tem mais de um ano
não sera ao contrario , o telemóvel para ter este problema não ter de ser modificado, os hakers e piratas não terão a informar o contrario para não serem descobertos
Não há distinção entre o SIM e o USIM ou ambos sofrem da mesma vulnerabilidade?
quais hackers? os da NSA ou os outros?
A questão aqui é mesmo essa…
como é que agente não sabe que não és tu nsa
Já agora era informação saber em que ano é que o Triplo-DES passou a ser usado e quando é que o DES em geral deixou de ser usado. O meu SIM é do ano 2000…
o Vítor M pls não reporte + bus até 31 é que quero ir de ferias ty.
Bus? Fica tranquilo, até não me lembro de publicar os horários dos autocarros.
Vai lá de férias descansado.
E não há forma de saber se o nosso cartão é DES ou triple-DES?
Se for actual penso que não há possibilidade de ser DES.
Não percebo como eles leem o chip no pc
E a mensagem automatica é a mesma para todas as operadoras? As operadores portuguesas estão afetadas por isto?
Mas o SIM já é vuneravel a ataques desde ha muito tempo… pode ser atraves de tecnicas diferentes mas não é nenhuma novidade. E se não se mudou até agora, é porque convém.
Já se faziam clones de SIM à muitos anos, mas era necessário acesso físico ao cartão durante umas horitas.
Posso estar enganado mas tenho quase a certeza que ja era possivel mesmo sem acesso directo, com hardware especifico q simulava uma rede movel. Umas 8horas discontinuas creio que era suficiente mas tinha q pesquisar.
USRP + OpenBTS, etc, etc…
Estou ainda mais preocupado com o facto de muitos operadores desligarem a encriptação de rede nas novas redes… para ser mais rápido. E mesmo quando ligam a encriptação a mesma não ser lá muito segura, parece-me que “oferece” 64 bits de protecção, quando já deveria ser pelo menos 80 bits para oferecer protecção realista. Já para não falar que não encriptam/ autenticam do telemóvel até ao centro de dados, é só do telemóvel à estação mais próxima, e depois vai como calhar (ADSL, fibra ótica, micro-ondas, satélite…) se alguém colocar algum dispositivo de intercepção aí, vão apanhar tudo… ou colocar uma estação base falsa…