E Porque Hoje é Sexta
MusicóMania Porque Hoje é Sexta
A música terá a sua génese, provavelmente na pré-historia ! Originalmente através de onomatopeias, evoluindo paralelamente ao desenvolvimento da espécie humana. Hoje, será algo imprescindível no nosso dia a dia, arte sensorial, étnica e idiossincrásica. Aqui, combateremos as migraneas, com algumas sugestões, novidades, tesouros esquecidos, lançando-vos o repto, porque para os verdadeiros melómanos, o prazer não se deve procrastinar.
Esta semana em destaque:
1 – John Lee Hooker
Um dos Avós do blues. Está no Hollywood Walk of Fame, no Rock and Roll Hall of Fame, tem músicas na lista das melhores do século, uma voz única e apesar de originalmente analfabeto, foi um excelente compositor. Nasceu no Mississippi e pereceu em 2001.
Recuperamos aqui, o álbum de 1989 “ The Healer”, em forma de duetos com convidados como, Carlos Santana, Bonnie Raitt, Robert Cray, Canned Heat, Los Lobos, George Thorogood, Charlie Musselwhite, que lhe relançou a carreira e mediatizou o seu nome, por além do circuito Norte-Americano e do mundo do bleus.
2 – Bebo Valdez & Diego El Cigala
Quando se junta um veterano e fabuloso pianista cubano, com uma das grandes vozes do flamenco Espanhol, o resultado é uma obra prima!
Bebo Valdez tinha já 85 anos em 2003 ( entretanto já falecido em 2013 ), o live foi gravado a preto e branco, o que lhe dá um toque reverencial e metafísico, só ao alcance de um qualquer olimpo de Hollywood. Quanto mais se ouve…mais apetece repetir.
3 – Buena Vista Social Clube
Bolero, Salsa, Rumba, Guajira…música, animação, calor, ritmo, sensualidade… Cuba!
Tudo isto acontecia neste clube de dança e atividades musicais, situado em Havana, durante as décadas de 40 e 50, quando foi fechado.
Nos anos 90, o guitarrista Norte-Americano Ry Cooder, ache que já é altura do mundo despertar de uma vez para a excelência da música Cubana e o virtuosismo de um naipe de músicos presos na cortina de fumo invisível, que envolve a pequena ilha, dos charutos feitos a mão e do sumptuoso Run. Nomes como, Compay Segundo, Omara, Portuondo, Anga Díaz, Ibrahim Ferrer, Rubén Gonzalez, Pio Leyva, tornaram-se familiares.
Através de uma parceria com outro músico Cubano, Juan de Marcos González, associaram-se com alguns dos mais afamados músicos tradicionais…e o mundo inteiro, corou de espanto, acordando num maremoto de emoções e descoberta sensorial, que nunca mais haveria de esquecer!
O realizador Teutónico, Wim Wenders, registou as suas atuações na Holanda e em Nova Iorque, acoplou entrevistas realizadas em Havana…e deu-lhes a vida eterna…mesmo antes da morte!
Começou em disco, continuou com um live e acabou num filme documentário..
Em 2006, ouve um remake, com o lançamento de um novo trabalho “ Rhythms Del Mundo”, em que participaram para além das estrelas cubanas, artistas como, U2, Coldpaly, Sting, Marron 5, Arctic Monkeys, Franz Ferdinand.
Entretanto, com uma formação renovada, continuam a apresentar-se ao vivo, como Orquesta Buena Vista Social Clube. Alguns dos músicos do projeto original, já nos deixaram. Ibrahim Ferrer em 2005, Pio Leyva em 2006, Rubne Gonzalez e Compay Segundo em 2003.
4 – Beirut
Acabadinho de sair do forno hoje, ainda quentinho, apresentamos o novo trabalho de originais dos Norte-Americanos de Santa Fé, “ No No No”.
5 – André Indiana (PT)
Tripeiro de gema, multi-instrumentista, produtor, cantor, compositor e um exímio guitarrista, ao estilo do blues, rock e funk, Americanos da década de 70. Som poderoso, ritmado, com riffs a rasgar a alma e que incendeiam as veias. As suas baladas conseguem penetrar quaisquer corações de pedra. Infelizmente, vai ficando escondido no manto de nevoeiro da cacofonia lusitana, que povoa os media enfermos e contaminados, que gastam o tempo a divulgar autênticos tratados escatológicos que nos provocam acessos agoniantes!
Lançou o 1º trabalho em 2003 “Music For Nations” e o último em 2013 “André Indiana”, pelo meio tem mais dois.
6 – Beto Kaiser (BR)
Mais um diamante que vem de Pernambuco, na linha de outros como, Chico Science, Ebel Perreli, Siba, Nando Barreto, Alexandre Bicudo ou Cláudio Munheca. Passou pelo Rio de Janeiro e voltou ao Recife. Em 2004 lança o seu primeiro trabalho “Mensageiro ao Vento” e o segundo em 2012 “ Seu Serafim, profissão herói”.
O seu pop contemporâneo, rock ( ás vezes progressivo) e blues é melodioso, mas inebriante.
Descobri por acaso, num salto a Porto Galinhas, há uma dezena de anos, onde numa lojinha pequena, despercebida, que vendia música e uns artigos de artesanato autóctone afro indígena, pedi para me mostrarem alguém local e pouco conhecido, mas que surpreendesse. Pena que seja quase desconhecido fora do Brasil e mesmo internamente, passa muitas vezes no intervalo dos pingos da chuva.
Aproveitem para o descobrir, porque é um achado, aqui e aqui podem ouvir os seus dois álbuns na integra.
Esta rubrica teve o apoio do nosso leitor André Pinto
Bom fim de semana
Este artigo tem mais de um ano
Bom fim de semana!!
+1
Bom fim de semana!
Bom fim de semana Pessoal.
PPLWARE, o Ficheiro das imagens não estava protegido com password LOL 😉
Muito boa a imagem que ilustra o artigo! LOL 😀
bom fim de xemana
“Pessoal! Resolvi dar um tempo no WhatsApp, Facebook, Twitter e demais redes sociais para me dedicar mais ao meu trabalho e minha família, espero a compreensão de todos pois temos que viver em paz com a sociedade e conhecer o mundo fora da tecnologia de um celular ou computador, acredito que se tudo der certo voltarei dentro de cinco minutos.”
Hahaha tá certo…. 😀
https://pplware.sapo.pt/humor/e-porque-hoje-e-sexta-397/
Tudo começou porque sou adepto do arsenal e achei curioso a imagem de abertura ser um funcionário do aeroporto a arranjar o avião do arsenal. Epá, por esta altura diria, “da para arranjar também uma equipa para lutar pelo titulo de campeão?” Já la vão uns aninhos que não vejo os gunners a erguer um troféu prestigiante, infelizmente!