Tempo de espera para consultas de saúde mental motiva a procura de ajuda em chatbots
Os sistemas baseados em Inteligência Artificial (IA) tem uma vasta lista de potencialidades, mas nem sempre correspondem àquilo de que precisamos. Um exemplo claro disso são as pessoas que, devido ao atraso na marcação de consultas relacionadas com a saúde mental, no Reino Unido, recorrem a chatbots para procurar ajuda.
Segundo as conclusões que a Future Care Capital (FCC) retirou de uma análise ao United Kingdom National Health Service (NHS), um em cada quatro pacientes espera mais de 90 dias entre a primeira e a segunda consulta para a resolução de problemas de saúde mental.
No Reino Unido, as sessões de terapia psicológica são realizadas por profissionais plenamente formados e acreditados e destinam-se a apoiar aqueles que sofrem de condições como ansiedade e depressão.
Contudo, e embora sejam disponibilizadas de forma gratuita, os pacientes são obrigados a esperar meses a fio pelas consultas, acabando por procurar alternativas. De acordo com um inquérito da FCC, 87% das pessoas com problemas de saúde mental estão, agora, a utilizar aplicações para obter ajuda.
Embora os chatbots tenham sido utilizados durante algum tempo para dirigir inquéritos telefónicos ou fornecer informações básicas, é um esforço totalmente diferente avaliar não só o que alguém está a dizer, mas também a forma como o estão a dizer e o que isso pode implicar.
Alertou Lauren Evans, diretora de investigação e inovação da FCC, explicando que, apesar de terem um papel relevante, em determinados contextos, a utilização de chatbots, que têm sido apontados como uma alternativa aos motores de pesquisa, não é aconselhada.
Ainda de acordo com o inquérito da FCC, as pessoas têm mais do dobro da probabilidade de encontrar uma ferramenta digital de saúde mental nas redes sociais do que através do seu médico de família.
Aliás, a par da Google - que relatou um aumento no número de pesquisas relacionadas com a saúde mental, nomeadamente depressão e ansiedade, desde a pandemia -, uma investigação levada a cabo pela Luna, uma aplicação concebida para ajudar os adolescentes com a sua saúde mental, concluiu que oito em cada 10 jovens utilizam o TikTok para diagnosticar os seus problemas.
IA moderna não está pronta para ajudar em questões de saúde mental
Conforme menciona o Sky News, os chatbots especificamente desenvolvidos para serem terapeutas digitais têm crescido em popularidade nos últimos anos. Contudo, novos modelos linguísticos baseados em IA não foram criados para esse fim e, apesar disso, se forem questionados sobre o assunto, vão responder e levar a pessoas a crer que é uma resposta válida.
Qualquer tecnologia deste tipo precisa de ser submetida a testes rigorosos com padrões elevados - e pode revelar-se revolucionária. Mas não deve ser implementada em vez de um tratamento presencial com um profissional médico. As pessoas querem o toque humano.
Esclareceu Lauren Evans, acrescentando que, apesar de as ferramentas digitais não serem um substituto para o tratamento da saúde mental pessoalmente, "podem ser utilizadas em conjunto com apoio profissional e podem ajudar as pessoas que aguardam entre sessões de tratamento".
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Este artigo tem mais de um ano
Uma boa aplicação nacional 29K https://play.google.com/store/apps/details?id=org.twentyninek.app&hl=pt_PT&gl=PT
DIY para a saúde mental, só pode correr bem…
seguro de saúde e consultórios privados, não só têm melhor acompanhamento e melhores profissionais como conseguem marcações com 1-2 semanas de antecedência, até para quem faz apenas terapia já encontra seguros que comparticipem.
Como,mas isto é real ?? As pessoas recorrem a chatbots para procurar ajuda mental ?? 😐
Sim recorrem. Não leste o artigo? Ou achas que iam inventar tudo? E tu, és real?
Os médicos cuja especialidade é do foro mental são essenciais para tratar este problema. Não são apps ou IAs que vai resolver o problema.
A quem possa interessar: https://www.p5.pt/, um projeto de investigadores da UMinho
https://www.p5.pt/p5-saude-mental/
A aplicação P5 Saúde Mental permite a auto-avaliação de sintomas ansiosos e depressivos bem como o acesso a ferramentas de gestão emocional, melhoria do sono e adopção de estilos de vida saudável.
A autoavaliação dos sintomas é efetuada através da utilização de dois instrumentos frequentemente utilizados na prática clínica: o PHQ-9 para pesquisar a presença de sintomas depressivos e o GAD-7 para pesquisar a presença de sintomas ansiosos. Embora estas ferramentas tenham um valor informativo relevante, não efetuam o diagnóstico nem substituem a avaliação personalizada efetuada por um profissional de saúde.
Esta aplicação foi desenvolvida no âmbito do projeto “Promoting Mental Health During Pandemic” liderado pelo Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da Universidade do Minho, sob coordenação de Pedro Morgado.
Alem desta aplicação, as consultas online do P5 aproximam os cuidados de saúde das pessoas.
O utente tem acesso a consultas das mais variadas especialidades, com os melhores médicos e psicólogos, no local e horário que for mais confortável para si.
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