Robot humanóide da NASA é activado na EEI
O programa do robot humanóide da General Motors e da NASA assinala um marco científico e tecnológico único na Estação Espacial Internacional.
O Robonaut 2, ou R2 como é vulgarmente conhecido, um robot humanóide desenhado e construído pela GM para apoiar os astronautas, foi activado e iniciou a primeira série de experiências desde que foi entregue aos astronautas em Fevereiro numa missão do Space Shuttle Discovery.
Os operadores do R2 na Missão de Controlo em Houston activaram os computadores principais do robot – localizados no estômago do R2 – e os mais de 30 processadores incorporados nos braços dos R2 e articulações de controlo.
"Os electrões estão bons! Um pequeno passo para o homem, um salto gigante para os homens de metal” referiu o Robonaut no seu primeiro post no Twitter. "É claro que gostaria de poder girar a cabeça e olhar à volta” acrescentou o R2.
Controlo remoto na terra
No primeiro teste, que durou 2 horas, o astronauta norte-americano Michael Fossum e o japonês Satoshi Furukawa colocaram o R2 na sua base fixa na Estação Espacial Internacional e assistiram ao controlo do robot por parte dos operadores na Terra.
As quatro câmaras presentes na cabeça dourada que servem de olhos ao Robonaut foram igualmente ligadas, tal como a de infra-vermelhos, localizada na boca do robot, utilizada para calcular a percepção de profundidade.
O robot, que viajou no Space Shuttle Discovery para a Estação Espacial Internacional em Fevereiro, fará este mês os seus primeiros movimentos comandados pelos controladores na Terra, nomeadamente movimentos da cabeça, mãos, braços e articulações de modo a que os engenheiros possam calibrar e ajustar os sistemas de controlo e sensibilidade do R2.
"À semelhança de um membro da tripulação que precisa de se habituar à gravidade zero, o R2 precisa também de algo semelhante; de se mexer e aprender o que é preciso para se mover com gravidade zero” explicou o responsável de projecto Nicolaus Radford.
"O Robonaut portou-se bem" concluiu Radford. "Estamos muito emocionados já que demorou muito tempo até ser possível activarmos o R2."
O R2 está activo e presente no twitter através da sua conta @astrorobonaut onde responde às questões de mais de 40.000 seguidores.
Longa parceria entre a GM e a NASA
O Robonaut 2 foi desenhado e construído pela General Motors para apoiar os astronautas da Estação Espacial Internacional nas tarefas do dia a dia, ao mesmo tempo que ajuda a GM/Chevrolet a desenvolver a tecnologia de vanguarda de controlo, sensores e de visão utilizada para criar automóveis e locais de trabalho mais seguros.
A parceria da NASA com a GM para o R2 faz parte de uma longa linha de programas de ciência e tecnologia iniciada com as lendárias missões lunares Apollo dos anos 60.
Também foram os engenheiros da GM que conceberam e construíram a bateria em prata e zinco que alimentou o módulo de descida da Apollo, enquanto que um computador de orientação da GM e uma plataforma de instrumentos inerciais levou-a à Lua.
Além do programa lunar, a bateria solar do Lunar Rover, que transportou os astronautas até à Lua há 40 anos, levou ao desenvolvimento de veículos eléctricos como o Chevrolet Volt que podemos ver actualmente nas estradas.
Bateria do Volt usa ciência da engenharia espacial
Outra inovação chave da parceria GM-NASA está neste momento a ser aplicada no Chevrolet Volt 2011, que começará a ser comercializado no final do ano na Europa.
Em 2009, os engenheiros da Chevrolet que trabalhavam no programa Volt voltaram-se para a NASA em busca de uma solução de refrigeração que assegurasse que a bateria do veículo poderia funcionar todo o dia, evitando assim a ansiedade de falta de energia.
A bateria do Volt dispõe de uma cobertura térmica avançada, semelhante à cobertura especial do space shuttle, que aquece e arrefece a bateria do automóvel, assegurando aos proprietários a carga máxima de cada vez que ligam e carregam os seus carros eléctricos, seja Verão ou Inverno.
“Cada bateria, seja ela de um portátil ou carro eléctrico, tem um ponto de temperatura óptimo em que oferece a mistura óptima de potência de saída, capacidade de energia e durabilidade. Por isso, foi dada muita atenção para se manter a bateria na temperatura correcta em todos os tipos de condições atmosféricas com base em tecnologia inspirada na NASA” acrescentou Jon Beresia, Director de engenharia da Chevrolet.
Da mesma forma que a cobertura protege o Space Shuttle do frio espacial e do calor na reentrada na atmosfera da terra, no Volt a cobertura hi-tech bombeia frio ou calor através da bateria, assegurando uma distribuição uniforme da temperatura para se obter o máximo alcance.
A parceria espacial tem uma continuidade que vai para além do R2. É visível também numa segunda geração do Lunar Rover, que a NASA prevê utilizar nas futuras missões de regresso à Lua, em que voltam a precisar de um veículo para percorrer as crateras. A equipa responsável pela bateria que alimentará o pequeno Rover pressurizado que a NASA espera utilizar numa nova missão à Lua em 2020 solicitou ajuda à GM para a apoiar no projecto que utiliza a tecnologia da bateria inspirada no Volt.
Homepage: Robonaut (R2B)
Homepage: Chevrolet
Este artigo tem mais de um ano
Artigo interessante!
Mas este R2 parece-se mais com o C-3PO 😀
Hahahaha xD
http://www.tomsguide.com/us/Patent-Infringement-Apple-TV-iPod-Touch-Delaware-floating-point,news-12629.html
Mais uma guerra contra a Apple por parte da VIA…
isso sao patentes a sério, não são patentes de quadrados com 1 butão…
a Apple na realidade é uma empresa com um portefólio de patentes relativamente pequeno, entre as grandes…
mas a Apple agora está a ser atacada por todos os lados, vamos esperar pelo proximo iphone… os analistas recomendam “strong buy” para as acçoes da apple, eu n sei 😉
In your face Apple and Apple fan boys
Eu só não percebi muito bem até que ponto este robot é autónomo.
“Um pequeno passo para o homem, um salto gigante para os homens de metal – referiu o Robonaut”, o que é que isto me fará lembrar?
Vamos lá ver. 🙂
so it begins
Skynet activate!
Podias era fazer um artigo sobre esse Volt.
Parece ser muito interessante 😀
A Apple ainda não tinha percebido que de patentes era muiiiiiito fraquinha e que processos de quadrados e outras besteiras que para aí foram ditas que violavam a propriedade intelectual , agora deparam-se com graves problemas de patentes que andaram a usufruir dos que de facto perderam tempo em propriedade intelectual e não me venham dizer que não entendem porque que é mais importante a violação de uma patente de hardware que uma patente de design , porque essa é mesmo para eu me rir .
Aceitem os meus sinceros cumprimentos
Serva
Interessante …
Com a sequência de posts acabei por não comentar esta maravilha tecnológica , já se fala há muito de robots domésticos que penso serão os Japoneses da Honda que estão mais avançados , mas este de facto é uma maravilha , se isto pega , menos unstantos postos de trabalho enfim …… já existem alguns em certas industrias como a automóvel , agora imaginem uma massificação de robots inteligentes que poderiam fazer as mais diversas tarefas e com capacidade de locomoção , será que estamos a beira de outra revolução tecnológica , tanto se fala dos bio processadores com capacidades de processamento enorme ???….não sei não .
Excelente artigo Pedro Simões .
Cumprimentos
Serva
Acho arriscado. Se trocarem mão-de-obra humana por robôs automatizados, vai gerar uma bela crise na economia no mundo. Sem contar que geraria milhares de desempregados.
Acho que robôs poderiam servir muito bem para estes tipos de tarefas, mas não espalhados por “todo canto”.
Honestamente não percebo esta obsessão de se gastarem milhões para fazer robots que sejam parecidos connosco. Mais facilmente faziam um robot com um design não humano e que provavelmente seria tão útil como este, não?
Cumps
Não, por diversas razões.
O ser humando interage melhor com um robot que tenha o mesmo aspecto.
É mais facil adaptar um robot as nossas coisas do que as nossas coisas ao robot.